Há precisamente 50 anos, acontecia a primeira corrida que acabou antes de tempo. Em Mosport, no Canadá, a tempestade que caiu ao longo do dia e da corrida, Jackie Stewart levava a melhor sobre a concorrência, mas a prova terminou na volta 64, das 80 previstas.
Contudo, no meio de uma corrida onde, em termos de campeonato, tudo já estava decidido desde há muito, a grande novidade foi um McLaren, e um piloto que, sendo novato na categoria máxima do automobilismo, mostrou-se e tornou-se no piloto do dia: Mark Donohue. E claro, foi também a primeira vez que a Formula 1 ouvia falar de Roger Penske.
Em 1971, ambos andavam em tudo que era carro. Desde a Can-Am, até à IndyCar, passando pela Trans-Am, faziam mais de três dezenas de corridas e mostrando que tinham sucesso. A meio de setembro, com um fim de semana vago, e depois de terem corrido contra boa parte do pelotão da Formula 1 no Questor Grand Prix, na California, viu-se que seria uma boa ideia se corressem nas provas americanas da Formula 1. Alugaram um McLaren M16 e conseguiu um digno oitavo posto na grelha de partida.
A corrida foi uma de sobrevivência, entre Stewart e Ronnie Peterson, no seu March. A chuva foi constante, mas o problema era a visibilidade, que era diminuta, ao ponto em que organização decidiu que o melhor era acabar a corrida por ali. Na volta 64, mostraram a bandeira vermelha e com mais de 75 por cento realizado, todos os pontos seriam atribuidos. Já Donohue, apesar de não estar habituado a estas condições, adaptou-se e subiu paulatinamente na classificação geral, e foi o último a ficar na mesma volta do vencedor, na frente até do McLaren oficial de Dennis Hulme. Um resultado que ninguém esperava, mas não era tão surpreendente, dada a grande experiência automobilística e grande capacidade de adaptação por parte do "Capitain Nice".
Contudo, havia outras prioridades. Por causa da Can-Am, somente três anos depois é que Donohue e Penske regressariam à Formula 1, numa aventura com final prematuro e trágico.
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