Calha também que em 2024 passam 60 anos sobre o título conquistado por John Surtees, alcançado no México, e cujos carros - ele e o seu companheiro, Lorenzo Bandini - usaram nas duas últimas corridas dessa temporada.
Segundo conta a Scuderia no comunicado oficial, ela descreve estas cores como "fazendo referência à rica herança da Ferrari e que se mantém na memória dos fãs".
Não foi a única vez que a Ferari participou na Formula 1 sob outras cores. Equipas-cliente de outros países correram com máquinas de Maranello. Um bom exemplo foi a Ecurie Francochamps, que pintou os seus carros de amarelo - as cores belgas - para pilotos como Paul Frére, Williy Mairesse ou Olivier Gendebien (na primeira foto, durante o GP da Bélgica de 1961)
O que poucos sabem é que estas cores existiram por causa de uma birra de Enzo Ferrari.
A história é simples: quando a FIA decidiu não homologar o seu modelo de Le Mans, o 250 LM, como um GT, o Commendatore decidiu que iria deixar de correr com o vermelho, símbolo de Itália, e iria correr com as cores americanas, através do seu importador, a NART, do seu ex-piloto e importador para os Estados Unidos, Luigi Chinetti. Isso porque a CSAI, a entidade automobilística italiana, não o apoiou nas suas pretensões de homologação do 250 LM.
A ameaça foi cumprida depois do GP de Itália, em setembro, onde John Surtees acabou por vencer, com os carros a serem pintados com as cores americanas nas corridas finais. Ali, o britânico conseguiu dois segundos lugares, garantido o título na ronda final, na pista mexicana. Pouco depois, Ferrari conseguiu o que queria e foi buscar a sua licença italiana para continuar a competir, pintando os seus carros de vermelho em 1965... e adiante.
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