Mas hoje queria recuar 30 anos para outra desclassificação belga. Uma de Michael Schumacher, ou como foi vitima das novas regras implementadas depois de Imola.
Num ano absolutamente anormal, a organização decidiu implementar as melhores medidas de segurança possíveis na altura, e uma delas foi apertar a chicane em Eau Rouge, fazendo com que os pilotos fossem mais lentos que o normal. E na pista, sempre que podiam, mensagens dos fãs lembrando de Senna, incluindo na própria Eau Rouge. Com os treinos marcados pela chuva, Eddie Jordan e Gary Anderson, patrão e diretor desportivo da equipa Jordan, decidiram aproveitar uma aberta para arriscar slicks. Resultou: Rubens Barrichello ficou com o melhor tempo, Eddie Irvine foi o quarto. No final de sábado, o piloto brasileiro tinha dado a primeira pole-position à Jordan e ele, com 22 anos, tornava-se no mais jovem "poleman" até então.
Schumacher não durou muito para chegar à liderança, e lá ficou até ao final, exceto quando foi às boxes para reabastecer, entregando a liderança para David Coulthard. Mas na volta 19, ele se despistou depois de ter passado por uma poça molhada com os seus pneus slicks. Voltou à pista e conseguiu controlar o carro. Contudo, esse despiste fez raspar o patim de madeira instalado por debaixo do seu carro.
No final, Schumacher triunfou na frente de Damon Hill e Mika Hakkinen, mas depois, os comissários foram verificar os carros e descobriram que a tábua do Benetton tinha 7,5 milímetros de espessura, bem abaixo dos 9 mm permitidos em desgaste, já que essa tábua tem 10 mm de espessura, quando montado nos carros.
Resultado? “Após as verificações técnicas e uma consulta ao representante da equipa Benetton, os comissários de pista decidiram remover o carro numero cinco do evento”. Em suma, Schumacher era desclassificado. E pela segunda vez na época, depois dos eventos na Grã-Bretanha. Eram os regulamentos a funcionar, é verdade, mas numa temporada onde tudo era anormal...
Sem comentários:
Enviar um comentário