Flavio Briatore explicou a possibilidade de rotação: “Analisámos o início da temporada e decidimos testar o Franco nas próximas cinco corridas. Com o nível atual da competição e o progresso do carro, esta avaliação completa dos nossos pilotos é essencial para maximizar os nossos objetivos para 2026. Jack tem sido profissional e continuará a contar com o nosso apoio.”. Ou seja, em julho, por alturas do GP da Grã-Bretanha, a equipa irá reavaliar os pilotos, para saber se continuam com Colapinto ou regressam a Doohan.
“Quero agradecer à equipa por me dar esta oportunidade de competir nas próximas cinco corridas”, afirmou Colapinto. “Tenho trabalhado muito com o programa de testes e simulador em Enstone e farei o meu melhor para me adaptar rapidamente e obter bons resultados ao lado do Pierre. [Gasly]”, concluiu o argentino.
Já Jack Doohan reagiu com maturidade à decisão: “Orgulho-me de ter alcançado o sonho de ser piloto de Formula 1. Esta pausa é difícil de aceitar, claro, porque quero competir, mas respeito a decisão e continuarei a trabalhar para ajudar a equipa. Temos objetivos a longo prazo e estou focado em alcançá-los.”
Esta mudança ocorre após a saída inesperada do Oliver Oakes, chefe de equipa, cujas funções passam agora a ser temporariamente assumidas pelo conselheiro executivo Flavio Briatore. A equipa sublinhou que Doohan continua a ser parte integrante do projeto e assumirá o papel de piloto de reserva durante este período.
A posição de Doohan era incerta há meses, quando, no final da temporada passada, substituiu Esteban Ocon. Contudo, ao mesmo tempo que isso acontecia, a Williams tinha Franco Colapinto, que substituía o americano Logan Sargent, e durante oito corridas, conseguiu alguns resultados de relevo. Com ele relegado para a posição de reserva, passou a ser cobiçado por algumas equipas, e a Alpine sempre foi uma delas. Quando foi contratado por Briatore, todos sabiam que Doohan tinha as corridas contadas, com alguns até a afirmar que ele iria sair depois de Melbourne, a primeira corrida do ano. Afinal, acabou por acontecer após apenas seis corridas.
Para além disso, não é de excluir que a decisão deverá ter muito a ver com aspetos financeiros, pois os patrocínios de Colapinto, vindos da Argentina, devem ter dado bom empurrão. Agora tem seis corridas para mostrar o que vale, ainda mais depois do que fez na temporada passada.

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