Há quem comece a afirmar que esta temporada já está feita para a McLaren, porque, afinal de contas, tem andado a triunfar desde que George Russell triunfou no Canadá - a última vez que um não-McLaren ficou no lugar mais alto do pódio - mas depois de Max Verstappen ter conseguido passar os McLaren na travagem para Les Combes, no inicio da primeira volta, se calhar descartar Max é prematuro, temos de contar com ele. Mesmo com ele a largar hoje de quarto.
Outro fator a ter em conta é o boletim meteorológico. O clima neste final de semana não anda estável, e as chances de chuva são grandes, mesmo hoje, a poucas horas da largada. Muitos ainda tem em mente o que aconteceu em 2021, quando o pelotão andou atrás do Safety Car por três voltas e parou, de forma definitiva, com os espectadores a reclamarem, não sem alguma razão, para que a corrida fosse cancelada. E ainda por cima, com aquilo que aconteceu no final daquela temporada, lembram-se?
Alguns tratores circulam pela pista para tentar acelerar a seca da pista, mas com a instabilidade meteorológica, começam a ter dúvidas se isso acontecerá num tempo proximo. Contudo, depois de uma hora de incerteza, o tempo amainou e pelas três da tarde, o sol abriu no meio das nuvens e a pista começou a secar. As coisas iriam recomeçar com algumas voltas atrás do Safety Car, e todos com intermédios. E a dúvida era saber se partiriam com "rolling start" ou com partida fica na grelha.
Com "rolling start" e o Safety Car recolhido, a corrida começou na quinta volta, com Norris na frente de Piastri em La Source, mas os pilotos mudaram de posição depois do Radillon, com o australiano na frente. Este começou a afastar-se, com Norris depois a cvomeçar a queixar-se do mau funcionamento da bateria, mas conseguiu manter o segundo posto perante Charles Leclerc e Max Verstappen. Atrás, Lewis Hamilton começava a recuperar lugares atrás de lugares, tentando chegar o mais cedo possível aos pontos.
Por alturas da décima volta, já havia uma linha seca na pista e os McLaren já tinham cinco segundos de vantagem sobre a concorrência, enquanto Max e Leclerc estavam a lutar por terceiro, com o piloto monegasco a aguentar os ataques do neerlandês. E com o passar das voltas, começava-se a falar sobre o primeiro a ir às boxes para trocar para secos. Hamilton, Hulkenberg, Gasly e Alonso foram os primeiros no inicio da 12ª volta. Piastri foi na volta seguinte, seguido por Leclerc, e ambos colocaram médios. Instantes depois, outros como Algon, Bortoleto, Ocon, Colapinto, Antonelli e outros, também foram às boxes, para colocarem médos.
Norris foi às boxes na volta 14, e colocou duros, regressando na segunda posição, a mais de 10 segundos da concorrência. Hamilton, com as paragens, subiu para sétimo, enquanto os Sauber Audi de Hulkenberg e Bortoleto eram nono e décimo, respectivamente.
A partir dali a estratégia vinda das boxes era esta: levar os pneus até ao fim, se calhar se justificaria a razão pelo qual Norris tenha colocado os duros. Com o passar das voltas, e a corrida a ficar calma em termos de ultrapassagens, excepto na volta 27, quando Norris fez um excesso em Pouhon e perdeu tempo, mais de 1,3 segundos.
Na parte final da prova, os céus escureceram de novo, mas parecia que não choveria a tempo. Norris aproximava-se de Piastri, chegando a 4,7 segundos a cinco voltas do final. Mas o australiano decidiu guardar até ao fim para poder acelerar e ganhar alguns segundos a Norris, e assim conseguiu o que mais queria: a vitória. Sim, foi uma dobradinha, é verdade, deixando longe o Ferrari de Charles Leclerc e o Red Bull de Max Verstappen.



Sem comentários:
Enviar um comentário