Na realidade, foi quase uma vitória herdada, porque boa parte da corrida foi um duelo entre o Williams de Keke Rosberg e o Lotus de Ayrton Senna. Ambos eram pilotos velozes e tinham carros velozes, e animaram a corrida por mais de 25 voltas, até que o piloto da Lotus desistiu com um problema na junta do motor, quando liderava. Rosberg herdou a liderança, mas os travões falharam-lhe na volta 45, e a liderança foi herdada por Alboreto, que foi até ao final.
Por essa altura, Alboreto - e o seu companheiro de equipa, o sueco Stefan Johansson - tinham entre mãos o Ferrari 156/85, a versão daquele ano do seu modelo com motor Turbo, que debitava 750 cavalos, e o mais interessante é que em termos de resultados, tinha conseguido seis até ali. E em Nurburgring, não era só o seu sétimo pódio, como era a sua segunda vitória. A sete corridas do final, parecia que a Ferrari tinha um bom carro, um bom motor e sobretudo, um bom piloto. Ainda por cima, italiano. Que naquela altura, parecia ser possível que a maldição - então com 32 anos - de ter um piloto para além de Alberto Ascari de ser campeão com as cores de Maranello.
No final, com aquela segunda vitória, todos poderiam pensar nessas coisas. E depois, na corrida seguinte, o terceiro lugar na Áustria, mesmo com a vitória de Prost, com eles empatados na tabela... naquele verão, Maranello sonhava. De verdade.
O que não sabiam era que, há 40 anos, tinham acabado de assistir à quinta e última vitória de "Il Marrochino" da sua carreira. E da próxima vez que veriam nova vitória só seria dali a ano e meio, em Suzuka, com Gerhard Berger. E também seria num outro circuito alemão, em Lausitz, que Alboreto iria conhecer o seu destino final, 15 anos e meio depois.






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