domingo, 3 de agosto de 2025

Formula 1 2025 - Ronda 13, Hungaroring (Corrida)


A Formula 1 está agora à beira da sua paragem de verão, numa altura em que cada vez mais se parece como uma luta a dois, numa equipa generosa em relação aos seus pilotos, porque eles sabem perfeitamente que, no mundo em que vivemos, queremos autenticidade e não um diretor de equipa que corte as asas de um em favor do outro. Então, imagine-se isso numa equipa como a McLaren, com um diretor americano, um piloto australiano e outro inglês. Se o americano favorecesse o australiano, num meio onde quase todas as equipas são inglesas e o meio de comunicação por excelência tem dois narradores britânicos, imaginem a agitação...

Depois de um GP da Bélgica chuvoso, mas maios aborrecido que se pensava, a Formula 1 chega à Hungria, num palco fortemente modificado em favor da confortabilidade dos espectadores. Aquela bancada central já era merecida desde há algum tempo, especialmente na parte do teto, e ainda por cima, dá um ar modernizador, nestes tempos em que tudo com mais de 20 anos já é velho... e ainda por cima, esta é a 40ª edição do GP húngaro. 

As expectativas da corrida? Sem chuva prevista, com calor e com Leclerc na frente dos McLaren e do resto da concorrência (Max chutado para baixo, por exemplo, Aston Martins na terceira fila da grelha. Um vislumbre do futuro?) as chances de ter uma boa corrida pareciam ser boas. Mas o contrário também poderia acontecer. 


Antes da partida, boa parte do pelotão tinha os médios calçados, excepto os pilotos da Williams e o Sauber de Hulkenberg, e quando as luzes foram apagadas, Leclerc manteve o primeiro posto, com Piastri em segundo e Norris a perder lugares, primeiro para Russell, e depois, para Alonso, nas duas primeiras curvas da corrida. Leclerc tentou afastar-se do piloto da McLaren, enquanto Norris pesoerou pela terceira volta e o ligar do DRS para ficar com a quarta posição. 

Depois disso, o passar das primeiras voltas mostrou uma certa previsibilidade: Leclerc liderava, com Piastri a observar, Russell e Norris a seguir, e Alonso a ficar atrás desta gente, com 12 segundos de diferença no final da 15ª volta. Bortoleto, agora sexto, aguentava Max e Stroll. 

A grande novidade foi a penalização de cinco segundos a Hulkenberg por ter saltado a partida. 

A partir da volta 13, primeiro com gente como Hulkenberg - que cumpriu a sua penalização - e depois, o Alpine de Colapinto, na volta 14, mostravam os limites dos pneus médios e a estratégia que tinham adotado. Ocon e Albon vieram a seguir, na volta 15. Sainz Jr na 16. Max fez a sua paragem na volta 18, tentando saber se conseguiria passar Bortoleto com essa tática Meteu duros. 


Na volta seguinte, foi a vez de Piastri fez a mesma coisa, para tentar passar Leclerc, e na 20, o piloto da Ferrari foi às boxes, para tentar a sua sorte, seguido por Russell. Ambos meteram duros, e no final, não houve alterações. Piastri ficou uma volta inteira atrás de Alonso, porque... estavam a lutar por posição - era terceiro. Quando o passou, tinha quase dois segundos de desvantagem sobre o monegasco. Aparentemente, o ritmo de Leclerc, nesta pista, parecia ser bem alta em relação aos McLaren, enquanto atrás, Max recuperava lugares, tentando chegar ao "top ten".

Por esta altura, algumas cabeças pensavam: uma paragem seria benéfica?

Norris só foi às boxes na volta 32, numa paragem que era esperada há muito. Leclerc voltou à liderança, mas 13 voltas depois dos pilotos na sua frente, mostrava que ele apostava numa única paragem. Piastri e Leclerc estavam com uma diferença relativamente estabilizada, a rodar o segundo e meio. Russell era o terceiro, mas a uns "distantes" oito segundos, na frente de Norris, Alonso e Bortoleto. Max já estava nos pontos, passando Hamilton, numa ultrapassagem que acabou por ser controverso. Resultado? O neerlandês foi investigado.

Alonso foi às boxes na volta 40, de quinto, colocou duros e regressou em oitavo, na frente de Max. E quase na volta 41, Leclerc foi também ás boxes, mantendo duros, e antes de Bortoleto, que era quinto quando foi trocar de pneus. Por esta altura, Norris e Russell lutaram pela terceira posição, com pessoal que começava a discutir a ideia de ficar mais tempo, porque a degradação dos duros era mais lenta que se pensava. Russell acabou por trocar pela segunda vez, numa altura em que Piastri estava agora na liderança. Ele foi às boxes na volta 45, quatro voltas antes de Max, que regressou à pista na volta 49  na nona posição e a ser ameaçado por Kimi Antonelli.


Na volta 51, Piastri estava na traseira de Leclerc e conseguiu passá-lo para ser segundo, continuando com o ritmo para ver para apanhar Norris. Por causa disso, começou a afastar de Leclerc, ficando com 2,5 segundos de diferença na volta 52. O monegasco, que estava a fazer uma excdelente corrida até então, começou a queixar-se da situação, falando para as boxes dizendo que "seria um milagre se acabaermos no pódio!". E era verdade: Russell aproximava-se, ao ritmo de um segundo por volta. 

E na luta pelo quinto lugar tínhamos Alonso a ser pressionado por... Bortoleto. Interessante! quem estava agora a ver a corrida das boxes era Oliver Bearman, que depois do toque nas primeiras voltas, o carro estava com danos irreversíveis. E tornou-se na primeira desistência da corrida. 

 A dez voltas do final, Russell estava na traseira de Leclerc, tentando a sua sorte, e no inicio da volta 62, tentou pela primeira vez, com o monegasco a defender-se agressivamente. E na volta seguinte, tentou de novo, com Leclerc a lutar pela posição no limite. O britânico passou-o, ficando com o terceiro lugar, mas estava zangado com as manobras do piloto da Ferrari, que achava serem dignas de penalização. 


Mas logo a seguir, Piastri já estava na traseira de Norris, e ao australiano convinha passá-lo, porque assim poderia alargar a sua liderança. A cinco voltas do final, houve um esboço, outro na volta 68, mas Norris fazia o seu melhor para aguentar o australiano. Na volta 69, Piastri tentou, queimou os pneus, mas não conseguiu passar. 

E foi assim que acabou a corrida: Dobradinha para a McLaren, a sua duocentésima vitória, numa corrida que Norris ganhou mais forna na sua luta pelo campeonato. Atrás, com Russell a ficar com o lugar mais baizxo do pódio, Leclerc ficou com uma penalização de cinco segundos, seguido por Fernando Alonso, a conseguir a sua melhor posição da temporada, na frente de Gabriel Bofrtoleto e Lance Stroll. E Max acaba em nono, provavelmente um vislumbre das coisas que estão para chegar...


E assim chegamos ao verão europeu. Serão quatro semanas até Zandvoort, até lá, apanhemos sol e apreciemos a paisagem.      

Sem comentários: