sexta-feira, 8 de agosto de 2025

A imagem do dia


Nigel Mansell faz hoje 72 anos e viu-se por estes dias dele em Goodwood, bem disposto e a guiar os carros que ele mais gosta, ao lado de outros campeões do mundo, como Emerson Fittipaldi, Mário Andretti, Mika Hakkinen e até Bernie Ecclestone, que anda por aí, mesmo sabendo que está perto dos 95 anos. 

Numa altura em que se aproxima dos 45 anos da sua estreia na Formula 1, que aconteceu no GP da Áustria de 1980, correndo na terceira Lotus oficial, há uma estorieta na sua autobiografia que encontrei por estes dias, e tem a ver com 1985 e como ele acabou por vir para a Williams, depois de Peter Warr ter dito que queria fora da Lotus para poder meter Ayrton Senna

O contexto é o seguinte: no final de 1984, Frank Williams queria um substituto para Jacques Laffite, que iria regressar à Ligier, depois de duas temporadas junto da equipa, sem resultados de relevo. Contudo, tio Frank arrastava os pés, porque estava a ver outros pilotos, um deles era Derek Warwick, na altura na Renault. Contudo, enquanto ele fazia isso, Mansell impacientava-se, mesmo sabendo que ele até o queria. 

"Não foi difícil. [Frank] foi muito educado, na verdade.", começa a falar sobre este capitulo na sua autobiografia. "Eu estava numa lista de cinco ou seis pessoas — o que eu não pensava que fosse uma lista — e ou alguém quer que se conduza para eles ou não. Por isso, educadamente, pedi a um amigo, o jornalista Peter Windsor, para dizer ao Frank no fim de semana em Zandvoort: «Por favor, tira-me da lista. Prefiro conduzir para alguém que me queira.» Foram exatamente as palavras que usei. E depois fiquei em terceiro, atrás dos McLaren de Alain Prost e Niki Lauda e à frente de Elio, e depois [o responsável da equipa Williams] Peter Collins veio ver-me à noite no domingo e disse: 'Olha, o Frank já se decidiu. Ele gostaria que pilotasses para ele'.

"E o Peter simplesmente disse: 'Supera isso! Será uma grande mudança para ti.'" E ele tinha razão. Obviamente, foi uma grande coisa a fazer. 

E o resto, como se costuma afirmar, é história.   

Sem comentários: