Faz hoje uma semana que Nico Rosberg surpreendeu o mundo da Formula 1 ao anunciar a sua retirada, seis dias depois de ter alcançado o seu campeonato do mundo. A Mercedes, uma equipa de mentalidade muito... alemã, foi apanhada desprevenida neste campo, e agora tem de pensar no que fazer, sabendo que um dos seus lugares é o mais cobiçado da Formula 1. É claro que gozou com a situação, chegando a meter um anuncio nos classificados da Autosport britânica a pedir por um piloto, mas na realidade, a situação é demasiado séria, do qual tem de resolver o mais depressa possivel.
O problema é que eles não querem usar a solução mais óbvia, porque para eles... é demasiado "verde". E o próprio Toto Wolff sabe que está a fazer algo do qual os alemães odeiam fazer: arriscar. “Claramente o Nico tomou a decisão muito tarde e nós ficamos numa situação comprometedora, pois há três meses o mercado era bem diferente do que é agora. Havia muito mais gente livre! Tal agora tenhamos que tomar uma decisão corajosa, do mesmo modo que o Nico tomou essa mesmo decisão corajosa”, disse Wolff, ao abordar esta questão.
O candidato ao lugar é óbvio: o alemão Pascal Wehrlein. Piloto da Manor, com 22 anos (nasceu a 18 de outubro de 1994), teve uma temporada de estreia onde cumpriu, conseguindo um ponto no GP da Áustria. Contudo, se com o indonésio Rio Haryanto, ele fez o que esperava, quando na segunda metade da temporada, ele foi trocado por Esteban Ocon, outro protegido da Mercedes, ele foi superado por algumas vezes, de tal forma que no final do ano, o francês - dois anos mais novo do que o alemão - foi para a Force India, deixando Wehrlein, campeão do DTM em 2014, a ficar mais um ano na Manor. Ou pelo menos, era o que se pensava. A retirada de Rosberg baralhou tudo e deu a ele, que pensava ter sido deixado para trás, a chance da década.
Mas a Mercedes não lhe vai dar um "almoço grátis", e ele era uma espécie de terceira opção. Eles queriam Fernando Alonso, mas aparentemente, Lewis Hamilton vetou a ideia. E com razão, afinal de contas, não deve ter esquecido o que se passou em 2007, não é? Valtteri Bottas seria outra chance, mas quando começaram a ver as exigências que a Williams pediu à Mercedes, talvez eles devem ter pensado que para esta altura do campeonato, é demasiado caro. Logo, lá vão eles para a solução mais barata. Mas como disse, não vai ser um almoço grátis. O contrato deverá ser de um ano, ele vai ser o piloto numero dois da equipa, e vitórias, a ter será quando Hamilton já ter o título na mão. Isto... se o carro for tão bom como nos anos anteriores. E como é sabido, vai haver mudanças no regulamento que vão fazer os carros mais complicados de guiar.
E é por causa disso que eles tem receios de que Wehrlein possa ser "queimado" em 2017. Mas também há outra razão porque só lhe darão um ano ao alemão. É que a maior parte dos contratos entre os pilotos da frente terminam no final da próxima temporada, e claro, esse seria um lugar bem apetecível. Não só o dele, como provavelmente o do próprio Hamilton, pois ele já admitiu que não quer ficar na Formula 1 por muito mais tempo. A ideia de alcançar um quarto título mundial antes de se aposentar definitivamente poderá estar na sua cabeça, e ter duas vagas para que os Flechas de Prata possam escolher qual seria a dupla para 2018, é uma perspectiva muito interessante.
Vamos lá ver no que isto irá dar. Tudo indica que sobre este caso, eles decidirão antes do Natal.
1 comentário:
Então aquela cena de dizer que quer ficar na F1 por mais 10 anos era só pra provocar o Rosberg?
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