O terceiro piloto desta história que decidiu abandonar no auge é considerado como um dos melhores da sua geração. O escocês Jackie Stewart venceu três titulos mundiais e mostrou ter sempre capacidade para vencer corridas ao longo da sua carreira, numa era onde a possibilidade de morte era bem grande. Contudo, em 1973, Stewart já queria ir embora, mas guardou segredo sobre essa decisão... até que o acidente mortal do seu companheiro, Francois Cevért, precipitou essa retirada.
Nascido a 13 de junho de 1939, na cidade escocesa de Milton, Stewart tinha talento para o automobilismo... e para o tiro aos pratos onde foi campeão e chegou a ser considerado para a equipa olímpica britânica para os Jogos Olímpicos de Roma em 1960. Contudo, o apelo do automobilismo falou mais alto e em 1964 chegou à Formula 3, pela Cooper, onde conheceu Ken Tyrrell. Mostrou logo o seu talento e no ano seguinte, estreou-se na Formula 1 pela BRM, onde pontuou na primeira corrida, na África do Sul. Em Monza, no final do ano, venceu a primeira das suas 27 corridas que alcançará na sua carreira.
Em 1966, Stewart venceu no Mónaco, antes de ter um grave acidente em Spa-Francochamps, que o fez mudar a perspectiva sobre a segurança no automobilismo. Continuou na BRM até ao final de 1967, passando para a Matra, que era comandada por Ken Tyrrell. Vice-campeão em 1968, venceu o campeonato no ano seguinte, antes de Stewart decidir seguir Tyrrell no seu próprio projeto em 1970. Começou com um chassis March, mas no final do ano, mostrou o seu chassis próprio, o 001.
Em 1971, Stewart venceu com facilidade o seu segundo campeonato do mundo, com cinco vitórias e 62 pontos, e dando o primeiro mundial de Construtores para a equipa. Contudo, o escocês foi batido por Emerson Fittipaldi, no seu Lotus, conseguindo quatro vitórias e 45 pontos.
Em 1973, Stewart tinha 35 anos e tinha em mãos um bom carro, o modelo 006 da Tyrrell. O ano foi de intensa luta contra os Lotus de Emerson Fittipaldi e Ronnie Peterson, com vitórias em lugares como Kyalami, Zandvoort e Nurburgring Nordschleife, nestas últimas duas em dobradinha com o seu companheiro de equipa. No final da temporada, Stewart era campeão com 71 pontos, e após o GP do Canadá, em Mosport, tinha disputado a sua 99ª corrida.
Mas o escocês tinha um segredo do qual só partilhou com Ken Tyrrell: ele decidira abandonar a Formula 1 no final do ano. A longa temporada - a primeira com 15 Grandes Prémios - e o acidente mortal de Roger Williamson na pista holandesa fizeram pesar na ideia de pendurar o capacete enquanto tivesse vivo. A ideia é que isso acontecesse em Watkins Glen, a última corrida do ano, e numa ocasião simbólica, pois iria fazer o seu centésimo Grande Prémio.
Contudo, a 6 de outubro de 1973, um sábado, e durante a qualificação do GP dos Estados Unidos, o seu companheiro de equipa sofre um acidente fatal, e a Tyrrell, em sinal de luto, decide abandonar a corrida. Stewart, ainda desgostoso com o que tinha acontecido com aquele que iria ser o seu sucessor, também decide anunciar o seu abandono, pendurando de vez o capacete.
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"Em 1971, Stewart venceu com facilidade o seu segundo campeonato do mundo, com cinco vitórias e 62 pontos, e dando o primeiro mundial de Construtores para a equipa. Contudo, o escocês foi batido por Emerson Fittipaldi, no seu Lotus, conseguindo quatro vitórias e 45 pontos."
Esse trecho não deixa claro que o ano onde foi batido por Emerson foi em 72.
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