A certa altura, este carro era o último classificado. Sim, leram bem: até o último dos carros dos GTE-Am estava na sua frente. As suas chances de vitória tinham-se reduzido ao ínfimo. Mas não a zero. E foi agarrando a esse ínfimo que começaram a subir na classificação. Um carro atrás do outro, ultrapassando toda a gente, e esperando que não tivessem qualquer avaria.
Quando o carro numero 2 de Timo Bernhard, Earl Bamber e Brendan Hartley teve problemas no seu motor elétrico, e do qual demoraram mais de uma hora para o substituir, parecia que, a chegar ao fim, poderiam ficar num lugar de honra, mas nunca ganhar. Pois bem... a hecatombe da Toyota, antes do meio da corrida, e os problemas da pressão de óleo do carro numero 1 fizeram pensar que provavelmente poderíamos assistir a uma "zebra", ainda por cima, um carro cuja equipa pertencia, em parte... a um ator de Hong Kong!
Mas eles conseguiram evitar tal coisa. Contudo, depois de os vermos no pódio, a comemorar uma vitória merecida e épica - pelo menos para eles - vamos a ver que depois deles, era o deserto. Somente o Toyota numero 8, que também teve um problema e ficou duas horas nas boxes, acabando no oitavo lugar da geral, é que chegou ao fim. Dos seis carros - ainda faltou o Kolles - quatro não acabaram. Daí o LMP2 que quase ganhou a corrida. E estava para ser um Rebellion-Vaillante, o que teria dado um final "real" aos livros de banda desenhada que andam a fazer!
Mas são destas coisas que fazem de Le Mans o que é. Disseram-me, algures na transmissão, que "é Le Mans que escolhe os seus vencedores". A ser verdade, parece que a Toyota tem de lhe dar algo mesmo irresistível para que eles lá cheguem. Hoje, foi mais uma vez a Porsche. Mas este... teve de ir ao inferno e voltar.
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