Francois Cevért durante as 24 Horas de Le Mans de 1972, numa paragem nas boxes. Foi um ano onde a equipa francesa apostou a fundo para vencer, depois de 22 anos sem um construtor francês no topo na catederal da Endurance.
Hoje, no dia em que faria 75 anos se estivesse vivo, falei logo no inicio de dia sobre a temporada de 1972 e a sua incursão na CanAm, e agora, mais ao final da noite, continuo nesse mesmo ano, mas para falar de quando correu na Matra, como piloto oficial, no Mundial de Endurance. E isso incluía as 24 Horas de Le Mans.
Naquele ano, de estreia dos motores de três litros, a Matra apostou forte: três carros e alguns dos melhores pilotos do momento: Chris Amon, Howden Ganley, Henri Pescarolo, Graham Hill e claro, Jean-Pierre Beltoise e Francois Cevért.
Beltoise e Cevért, os cunhados, não corriam juntos. Beltoise estava com Amon, Cevért com Ganley.
Georges Pompidou, o então presidente francês, foi convidado para dar a bandeira de largada... e por muito pouco, não ia ver desastre, quando o carro guiado por Amon desistiu na primeira volta, com um problema de motor. Ou seja, Beltoise nem sequer teve uma chance de guiar nesse ano. Mas os outros carros aguentaram bem.
No inicio da manhã, Cevért e Ganley iam bem destacados na frente e pareciam que iriam vencer a corrida, pois era esse o carro que a equipa tinha escolhido para liderar. Contudo, a duas horas do final da prova, começou a chover forte e Ganley levou um embate do Corvette da piloto Marie-Claude Beaumont e destruiu no lado traseiro direito do carro, furando um pneu, e arrastando-se até às boxes. Acabaram por perder onze voltas e entregaram a vitória a Henri Pescarolo e Grahan Hill, que se tornou no primeiro - e até agora o único - piloto a vencer no Mónaco, Indianápolis e em La Sarthe.
O objetivo estava alcançado: a primeira vitória francesa desde 1950, com o Talbot-Lago de Louis Rosier. Quanto a Cevért, continuou a correr pela Matra em 1973, e venceu corridas como as 1000 km de Nurburgring, mas o destino não lhe deu mais chances de conseguir algo relevante na carreira.
1 comentário:
"o carro guiado por Amon desistiu na primeira volta, com um problema de motor"
Claro. Ou não fosse conduzido por Chris Amon.
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