"Não sabemos o quanto o trem da nossa história vai deixar a estação novamente, mas o fato é que não teremos GP de Mônaco em 2020. Como não houve em 1954, ano anterior ao desta imagem. Desde então, todos os anos, o mais famoso circuito de rua do planeta permaneceu no calendário."
"O cancelamento - e não adiamento - de um evento tão tradicional como a prova monegasca dá o tom da gravidade do que vive o Planeta Terra em 2020. Vamos cuidar dele - e de nós. Somos uma coisa só."
Isto foi o que o Alexaner Grunwald, jornalista brasileiro, escreveu quando soube do cancelamento do GP do Mónaco, nesta quinta-feira. Pode se dizer cobras e lagartos da pista, da sua estreiteza, do aeu aborrecimento. Mas é a pista onde os VIP's se passeiam de um lado para o outro, e á pista mais carismática do campeonato e a única do qual a Formula 1 não pode dispensar. Todos os outros podem ir embora, mas Formula 1 sem a pista do Principado, perde muito da sua essência.
E é nestes tempos loucos que temos consciência do que estamos a passar. É uma vez por século, se calhar. Não é o apocalipse zombie, não é o fim do mundo, mas é como se fosse. Ao ver nos nossos desportos favoritos fecharem portas, e esperar para que o pior passe, ficamos com a sensação de que isto não pode estar a acontecer. Que é um pesadelo, Hollywood ou lá o que é. Mas não é. Está a acontecer, faz nos pensar que este ano acabou. E ainda estamos em março. Vamos ficar fechados por semanas, senão meses, por causa de um vírus nanoscópico do qual ainda não temos defesas.
Temos de ser fortes e aguentar. Esperar que tudo passe e volte ao normal, mas depois disto ainda teremos outras crises, tão fortes como esta. uma crise económica, uma crise do emprego e provavelmente, crises politicas que abalarão os nossos sistemas. Isto é só o principio, e estes tem de ser tempos de reflexão sobre o que deveremos fazer depois de tudo acabar.
O GP do Mónaco voltará, isso é verdade. Resta saber como voltaremos a isto, depois de tudo acabar.
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