Com o campeonato decidido, agora esta jornada dupla final serve para cumprir calendário. Para a Techeetah, campeã do mundo de pilotos pela terceira vez consecutiva, desta vez com Antóinio Félix da Costa, a tarefa agora é de assegurar o título de Construtores e o segundo lugar para Jean-Eric Vergne, que anda igualado nessa posição, pois a concorrência é forte. Ainda por cima, a organização modificou o circuito para uma versão mais complicada para os pilotos, no sentido de reservar energia até ao final da corrida.
Contudo, no Grupo 1, onde os pilotos da Techeetah estavam na companhia de Max Günther, Lucas Di Grassi, Sebastien Buemi e Mitch Evans, a desconcentração foi fatal. Primeiro, os três brigaram para ter a distância necessária para fazer uma volta limpa, sem verem que o tempo estava a esgotar para eles todos. No final, quatro pilotos não marcaram tempo, enquanto Gunther e Evans ficaram separados por um milésimo de segundo, desconhecendo se tinham tempo para a SuperPole.
No segundo grupo, com André Lotterer, Stoffel Vandoorne, Oliver Rowland, Sam Bird, Alexander Sims e Nyck De Vries, estes pilotos iam para a pista sabendo que haveria, pelo menos, quatro boas vagas para eles. Mas por pouco não iriam cometer os mesmos erros do primeiro grupo, quando andaram lentos para ter a chance de uma volta limpa. Felizmente, tiveram tempo.
Rowland começou com 1.16,191, com Lotterer a reagir, 50 centésimos mais lento. De resto, todos fizeram tempos mais lentos, com os Mercedes a levarem o pior.
Ou seja, para o Grupo 3 - que tinha Robin Frijns, Edoardo Mortara, Jerome D’Ambrosio, Daniel Abt, Felipe Massa e Alex Lynn - mais vagas que o normal estavam presentes. Alex Lynn fez 1.16,158, com Frijns a fazer 29 décimos pior, seguido de Massa e Mortara, com tempos que poderiam pensar em ir à SuperPole desde que o quarto grupo fizesse pior.
E as expectativas estavam nesse grupo, que tinha René Rast, Neel Jani, Oliver Turvey, Nico Müller, Sergio Sette Câmara e Tom Blomqvist, que fazia esta jornada dupla no lugar de James Calado na Jaguar. Por esta altura, a pista começava a ficar com mais borracha, logo, poderiam melhorar os seus tempos.
Jani fez um tempo que forçou os outros a fazerem melhor, senão ficariam de fora. Essa pressão fez Rast e Blomqvist a fazerem tempos que os colocavam na SuperPole, e Sette Câmara não ficou longe, fazendo o nono tempo.
Para a SuperPole entraram Rast, Lynn, Frijns, Rowland, Blomqvist, Jani. Um sexteto invulgar.Jani foi o primeiro a sair, com 1.16,052, um pouco como tinha feito pouco antes, deixando os outros a terem de dar o seu máximo para terem chances na primeira fila da grelha. E foi o que fez Rowland, ao fazer 1.15,955. Frijns apareceu a seguir, mas deu uma volta 49 centésimos mais lenta. Lynn e Resta tiveram a sua chance, mas a parte final das suas voltas não foi grande coisa e deram a pole ao piloto da Nissan, a sua primeira na temporada.
A corrida acontecerá pelas 18 horas de Lisboa e dará na Eurosport.
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