"Foi um dia exigente - aconteceu tanto e [tivemos] tantos problemas. Estou ansioso para descansar um pouco antes de começarmos de novo amanhã.", disse o piloto estónio no final do dia, em Lousada.
Um dos que não está nesta luta é Thierry Neuville, que sofreu um acidente na sétima especial e os estragos foram tais que a equipa decidiu por um regresso amanhã através do Rally2. Armindo Araújo é o melhor português, na 19ª posição, a quase seis minutos do primeiro.
Com um controle na chegada de público nas classificativas, o Rali de Portugal tinha pela frente, depois de uma partida simbólica na noite de quinta-feira em Coimbra, o dia de hoje tinha passagem duplas por Lousã, Gois e Arganil, com o final do dia a ser em Lousada. Na primeira passagem por Lousã, Tanak partiu ao ataque, vencendo a especial com 0,4 segundos sobre Dani Sordo e 0,5 sobre Thierry Neuville, mesmo com o estónio a queixar-se de alguns problemas com o seu motor.
Sordo atacou na especial seguinte, vencendo e conseguindo um aanço de 3,6 segundos sobre Tanak e 5,5 sobre Neuville, passando a liderar a prova. O espanhol estava feliz no final da especial: "Foi muito bom - o carro está a funcionar bem e agora com o co-piloto está muito melhor do que na primeira etapa. Tentei não forçar tanto, porque não sei que pneus temos de usar de novo.", contou. O espanhol aproveitou bem Arganil, voltando a triunfar, ganhando mais 3,5 segundos sobre Tanak e 4,4 sobre Neuville. Kalle Rovanpera perdeu tempo, cerca de 17 segundos, e caiu para a sétima posição.
Mas o finlandês aproveitou a segunda passagem por Lousã para triunfar, 1,4 segundos na frente do Ford de Gus Greensmith, recuperando o sexto lugar a Adrien Formaux. "Alteramos algo nas configurações do carro e isso ajudou com certeza. Só precisamos encontrar a configuração para o primeiro loop.", contou no final da especial.
Sordo voltou a vencer na segunda passagem por Gois, a 0,6 de Neuville e 0,9 sobre Rovanpera. Katsuta Takamoto surpreendia pela sua consistência, e depois de ter chegado a quarto nesta especial, era agora o quarto na geral, a meros 21,7 segundos da liderança... e o melhor dos Toyotas!
Mas foi na sexta especial, a segunda passagem por Arganil, que Tanak ataca. Apesar de ter vencido com 0,3 segundos de vantagem sobre Neuville, foi a Sordo que ganhou mais 2,7 segundos, aproximando-se da liderança. É que o espanhol tinha de gerir os pneus que tinha até ao final do dia, e gerir era mais complicado que esperava. “Eu só preciso andar devagar, porque tive um problema com dois pneus na frente na primeira especial. Saiu algo muito estranho do topo dos pneus e eu não posso mais usá-los. Eu preciso tomar cuidado e tentar terminar [o dia]."
No final, ele explicou o que aconteceu: "Eu tinha uma pacenote que era realmente muito rápida. Quando vi a curva, não consegui [segurar o carro]. Tentei corrigir, mas havia algo como um toco de árvore que nos puxou para o lado. Vamos ver se pudermos consertá-lo."
Contudo, o vencedor por ali foi Sebastien Ogier, enquanto Tanak foi apenas quinto, a nove segundos do melhor. Mas Sordo perdeu ainda mais tempo, 21,3 segundos, e a liderança passou para as mãos dele, agora com Elfyn Evans a 2,7 e Katsuta Takamoto a 12 segundos. Para o final do dia, na Super-Especial de Lousada, Tanak triunfou outra vez, na frente de Ogier e do Ford de Gus Greensmith.
Depois dos quatro primeiros, Sebastiem Ogier é o quinto, a 24 segundos, mas Kalle Rovanpera, sextoa a 28,9, não está nada atrás. Mas de Gus Greensmith, o sétimo, a distância é maior: 1.02,3 no seu Ford. Adrien Formaux é o oitavo, a 1.33,5, e a fechar o "top ten" estão os Volkswagens de Esapekka Lappi e Nikolai Gryazin, os melhores no Rally2.
Amanhã, o Rali de Portugal continua, com a realização de mais sete especiais de classificação.
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