sábado, 3 de maio de 2025

CPR 2025 - Rali Terras D'Aboboreira (Final)


O britânico Kris Meeke ganhou o duelo com Dani Sordo no rali Terras D'Aboboreira, que aconteceu este sábado. No final das dez especiais que aconteceram nas classificativas à volta de Amarante, Marco de Canaveses e Baião, o piloto da Toyota foi o melhor que o espanhol da Hyundai por 27,3 segundos. E ambos deram uma grande distância à concorrência, nomeadamente o terceiro classificado, Armindo Araújo, no seu Skoda Fabia RS Rally2, a 1.59,5. Ele ficou na frente do finlandês Roope Korhonen, quarto a 2.13,5.

Três vitórias consecutivas com a Toyota é algo de especial e três vezes aqui em Aboboreira é realmente muito bom. Adoro este sítio, adoro o rali e, sim, que trabalho.", começou por falar o piloto britânico, no final do rali.

"Mas um grande obrigado à minha equipa. Ao Grupo Caetano por apoiarem o programa da Hyundai e o programa da Toyota, porque com o Dani aqui agora, a luta é incrível… Eu e o Dani lutamos nos troços há 20 anos e o facto de ainda estarmos a lutar agora é algo muito especial para nós. Por isso, um grande obrigado a todos os envolvidos, Sports & You e a todos vocês e, sim, estou feliz por estar aqui e por conquistar o primeiro lugar”, concluiu.


Foi uma bela e emocionante batalha, num rali com alguns momentos difíceis, devido às condições climatéricas.", começou por falar Dani Sordo, quando comentou sobre o rali que efetuou. "Foi pena o furo na 'power stage', quando estava na posse do melhor tempo e poderia vencer, mas são imprevistos que fazem parte dos ralis. O resultado final é positivo e agora vamos centrar-nos no Rali de Portugal. Como se viu pelo andamento, estamos próximos da nossa primeira vitória no campeonato com o Hyundai i20 N Rally2…”, concluiu.

Depois das três primeiras especiais do dia, na sexta-feira, onde Meeke tentou controlar os avanços de Sordo e da concorrência dos WRC2, o dia de sábado ficou marcado pelo duelo entre os pilotos da Toyota e da Hyundai, com o inglês a levar a melhor, mas sempre por muito pouco. E enquanto isso acontecia, sob tempo difícil, de chuva constante. 

Com sete especiais neste sábado, passagens duplas por Marco, Marão e Amarante, mais uma passagem individual por Marão, o dia começou com Meeke a ganhar na primeira especial, ganhando 4,4 segundos sobre Sordo, 6,2 sobe Marco Bulacia e 6,5 sobre Martins Sesks. Sordo respondeu em Baião, ganhando a especial, mas recuperou... 0,6 segundos sobre Meeke, com Armindo Araújo a ser terceiro, a... 16,6, empatado com Roope Korhonen. 

Aqui, Martins Sesks teve problemas técnicos no seu Ford e acabou ali o seu rali, enquanto Diego Ruiloba batera e ficara por ali, e causou a interrupção da especial. Gonçalo Henriques, muito rápido, também acabava ali o seu rali, depois de um despiste ter dado cabo do seu carro. No final da manhã, Meeke ganhou na primeira passagem por Marão, conseguindo 1,4 segundos sobre Sordo e 15,5 sobre Pedro Almeida. 

A tarde começava com a segunda passagem por Amarante, onde Meeke apenas ganhava meio segundos sobre Sordo, com Jan Solans a ser o terceiro, a 4,1 e Roope Korhonen quarto, a 6,6. Meeke voltou a triunfar, 2,5 sobre Sordo e 19,4 sobre Pedro Almeida e 23,3 sobre Korhonen. Sordo acabou por ganhar na segunda passagem por Marão, ganhando 2,7 segundos sobre Meeke, com Bulacia a parar de vez na especial.

Com 9,2 segundos separados entre os dois primeiros para a Power Stage, a coisa acabou com... Armindo Araújo a ganhar, com o piloto da Skoda a ser melhor que Kris Meeke em 3,6 segundos. Sordo foi quinto na especial, a 22 segundos, tudo por causa de um furo. 


No final, Meeke comentou:

Foi um fim de semana incrível, mas no último troço, que história, que troço louco! A chuva torrencial que caiu antes do troço, que estava cheio de lama. Arrancámos. Estava tudo a correr bem, mas cerca de cinco quilómetros depois, fiz um pião. Fiquei virado ao contrário numa estrada muito estreita, era impossível fazer inversão de marcha, tive de fazer marcha-atrás 150 metros às cegas até um cruzamento. Eu sabia que havia ali. Virámos e seguimos.", começou por afirmar.

"Eu sabia que estava a perder, sabia que tinha perdido uma mão cheia de segundos. E a diferença era apenas de nove segundos à entrada para o troço e não sabia o que fazer nessa altura. Atacar ou não? Estava tão escorregadio, tão difícil. Mantive um bom ritmo, mas infelizmente para o Dani (Sordo) ele furou a meio do troço, por isso, que forma de terminar um rali, mas sim, os troços aqui são lindos, mas têm de fazer alguma coisa em relação ao tempo…”, concluiu.

Depois dos quatro primeiros, Ruben Rodrigues foi o quinto, a 3.20,2, no seu Toyota Yaris Rally2, na frente do outro Toyota de Ricardo Teodósio, a 3.26,1. Sétimo ficou José Pedro Fontes, a 3.37,6, no seu Citroen C3 Rally2, longe de Ernesto Cunha, oitavo a 5.20,6 no seu Skoda Fabia Rally Evo2. E a fechar o "top ten", dois Ford Fiesta Rally3, o do irlandês Eammon Kelly, a 6.10,0 e do turco Kerem Kazaz, a 7.31,3. 

Agora, prepara-se para o rali de Portugal, que acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio. 

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