Esta foi uma corrida sem chuva, logo sem história. Kimi Raikonnen fez o seu trabalho em levar o seu Ferrari ao fim, ganhando a corrida, de um modo tranquilo, como é do seu apanágio. Afinal, foi aqui que ganhou pela primeira vez na sua carreira, já lá vão cinco anos.
Depois das asneiras de fim de treino dos McLaren, que os prejudicaram, e de que maneira, esta era uma corrida para ir atrás do prejuízo. Lewis Hamilton esteve optimo à partida, saltando quatro lugares na primeira volta, mas um mau primeiro "pitstop" deitou muito a perder. O unico prémio de consolação que ele pode ter, para além do quinto lugar conquistado, é o facto de sair de Kuala Lumpur como o líder do campeonato...
Já agora... aplaudam Robert Kubica! O seu segundo lugar é não só o seu melhor lugar de sempre (e o seu segundo pódio da carreira), mas também a reparação de uma injustiça que houve em Melbourne, quando a sua excelente corrida foi prejudicada pelo toque do "kamikaze junior", Kazuki Nakajima... Para além disso, o sexto lugar de Nick Heidfeld mostra que a BMW está a definir-se como a verdadeira "terceira força" do pelotão da Formula 1.
Outro a quem se deve curvar em sinal de admiração e respeito é Jarno Trulli. Aquele quarto lugar é sinal do renascimento da marca japonesa, e também da persistência do veterano italiano em desenvolver aquele carro. É sinal de que estão no bom caminho, e espera-se que isto continue, quando entrarem na temporada europeia. Estes cinco pontos são uma boa recompensa.
Heiki Kovalainen amenizou os estragos da McLaren ao terminar no terceiro lugar. Apesar de desta vez se superiorizar a Hamilton, foi apenas pelas circunstâncias extrernas do que propriamente a sua competência profissional. Mas ajudou a manter a sua equipa na frente do campeonato.
Por fim, Fernando Alonso e Mark Webber. Ambos mantiveram um duelo apaixonante pelo sétimo posto, e o australiano levou a melhor sobre o espanhol. O facto do asturiano terminar na oitava posição, apesar de morder os calcanhares do piloto da Red Bull, demonstra mais verdadeiramente onde é que a equipa está, em relação ao resto do pelotão: depois dos BMW e dos Toyota, no mesmo nível que os Red Bull. Têm muito para recuperar...
No final, há um grande derrotado: Felipe Massa. O brasileiro mostrou ser bom de inicio, mas depois da primeira paragem, viu-se onde é que ele está situado: segundo pilot atrás de Kimi Raikonnen. Não conseguiu distanciar-se o suficiente para permitir manter a liderança após essa paragem, e quando tentava aproximar-se, perde o controlo do seu carro e acaba na gravilha. Duas corridas, zero pontos. Um futuro negro pela frente, se não reagir...
5 comentários:
Corrida sem história... discordo em parte. Não há história sem herói, e ver algum herói nesse GP foi difícil.
Por isso eu vi um herói em Massa. Imperfeito, é verdade, mas a corrida funcionou muito bem - como história - quando eu o coloquei como protagonista.
O resultado está lá no meu blog. Interessante como nossos textos têm tantos pontos de contato!
O Massa tá cavando sua própria sepultura na Ferrari e o fato de culpar o carro após cometer um erro visível depôs contra ele. Só resta saber se McLaren e até mesmo BMW irão dar a volta por cima, pôs o ritmo da Ferrari deu medo!
Foi uma corrida chata... Muito chata, a gente teve sono e não foi por conta do horário. A melhor coisa do gp inteiro aconteceu na quarta volta... de resto...
Tenho que aplaudir mesmo o Kubica; se eu não fosse fã dele, talvez tivesse dormido, porque foi uma corrida beeem chatinha...
Raikkonen esteve como esperava, Kubica excelente corrida, Massa segundo erro consecutivo a Ferrari vai pressionar.
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