Soube ontem via Twitter, através do Alexandre Carvalho, do blogue Almanaque da F-1, que o anuário do Francisco Santos, que o publica desde 1972, com algumas interrupções, irá ser este ano publicado somente online. A razão é a "crise", e o consequente corte de custos, que fará com que o anuário seja publicado somente desta forma, em vez do papel ao qual estamos habituados.
Eis parte do press-release da editora:
"Cara(o) Amiga(o),
Nesta fase da economia mundial e de sustentabilidade ambiental temos de nos adaptar. Nos nossos hábitos e costumes. Na nossa postura.
Temos, sobretudo, de nos adaptar às realidades que mantivemos esquecidas durante tempo demais, mantendo formas de estar por vezes demasiado cómodas, até por seguirem uma habituação que moldou até os nossos hobbies.
Por estes dois motivos – principalmente o económico, com repercussões nas prioridades da publicidade das empresas, que nos causou enormes dificuldades na obtenção de apoios – cheguei mesmo a pensar em dar por terminada a publicação – depois de 34 anos – do nosso já tradicional anuário FÓRMULA 1.
No entanto, tendo em atenção os inúmeros seguidores deste anuário que de novo começaram a enviar-me emails desde Setembro sobre a data de saída da edição 2009/10 entendi que, para corresponder às vossas expectativas, devo continuar a publicar o FÓRMULA 1.
Mas, em face dos condicionalismos económicos – que levaram à recente falência de duas das distribuidoras que colocavam os nossos livros nos mercados português e espanhol, causando-nos enorme prejuízo – sou forçado a mudar a forma de publicação do livro.
Pelo menos este ano não o poderei publicar na sua forma tradicional, em papel.
Publicaremos o livro para vocês, caso sinta haver suficiente adesão, em forma de e-book, numa versão semelhante à que optámos este ano em transformar várias publicações nossas. Para terem ideia do que será o FÓRMULA 1 dêem uma olhada na demonstração da versão digital do anuário FÓRMULA 1 08/09: http://anuariof1-demo.talento.pt/" (...)
O resto do press-release podem ler no blog do Pedro Silva, o Peducassi.
É certo que se compreendem as razões pelos quais o livro não será publicado na versão mais "palpável", principalmente para mim, que sou um comprador deste anuário desde 1989, com uma ou outra falha. E sei perfeitamente que outros autores fizeram a mesma coisa, como o José Miguel Barros, durante uns anos, e muitos dizem que tinha uma qualidade superior ao do Francisco Santos, mas ele é unico, no sentido de não há mais ninguém a fazer isto, pelo menos em Portugal. No Brasil, provavelmente, a história é diferente.
Provavelmente, vou arranjar o livro, via PDF. Vai ser diferente, é certo, mas ao menos contiuo a seguir comprando o seu anuário. E apesar de acreditar na tecnologia, e aogra que parece que os fabricantes "acertaram" com o e-book, algo que já oiço falar há quase dez anos, muitos como eu ainda querem sentir, cheirar e ler a versão em papel, palpável. E muitos também querem entrar e ver uma biblioteca, apesar de termos nos nossos arquivos centenas, milhares de textos, manuscritos e fotografias digitiais.
Abençoada revolução digital, é certo. Mas também quero sentir o livro e legar isso aos meus netos, um dia, daqui a muitos anos.
"Cara(o) Amiga(o),
Nesta fase da economia mundial e de sustentabilidade ambiental temos de nos adaptar. Nos nossos hábitos e costumes. Na nossa postura.
Temos, sobretudo, de nos adaptar às realidades que mantivemos esquecidas durante tempo demais, mantendo formas de estar por vezes demasiado cómodas, até por seguirem uma habituação que moldou até os nossos hobbies.
Por estes dois motivos – principalmente o económico, com repercussões nas prioridades da publicidade das empresas, que nos causou enormes dificuldades na obtenção de apoios – cheguei mesmo a pensar em dar por terminada a publicação – depois de 34 anos – do nosso já tradicional anuário FÓRMULA 1.
No entanto, tendo em atenção os inúmeros seguidores deste anuário que de novo começaram a enviar-me emails desde Setembro sobre a data de saída da edição 2009/10 entendi que, para corresponder às vossas expectativas, devo continuar a publicar o FÓRMULA 1.
Mas, em face dos condicionalismos económicos – que levaram à recente falência de duas das distribuidoras que colocavam os nossos livros nos mercados português e espanhol, causando-nos enorme prejuízo – sou forçado a mudar a forma de publicação do livro.
Pelo menos este ano não o poderei publicar na sua forma tradicional, em papel.
Publicaremos o livro para vocês, caso sinta haver suficiente adesão, em forma de e-book, numa versão semelhante à que optámos este ano em transformar várias publicações nossas. Para terem ideia do que será o FÓRMULA 1 dêem uma olhada na demonstração da versão digital do anuário FÓRMULA 1 08/09: http://anuariof1-demo.talento.pt/" (...)
O resto do press-release podem ler no blog do Pedro Silva, o Peducassi.
É certo que se compreendem as razões pelos quais o livro não será publicado na versão mais "palpável", principalmente para mim, que sou um comprador deste anuário desde 1989, com uma ou outra falha. E sei perfeitamente que outros autores fizeram a mesma coisa, como o José Miguel Barros, durante uns anos, e muitos dizem que tinha uma qualidade superior ao do Francisco Santos, mas ele é unico, no sentido de não há mais ninguém a fazer isto, pelo menos em Portugal. No Brasil, provavelmente, a história é diferente.
Provavelmente, vou arranjar o livro, via PDF. Vai ser diferente, é certo, mas ao menos contiuo a seguir comprando o seu anuário. E apesar de acreditar na tecnologia, e aogra que parece que os fabricantes "acertaram" com o e-book, algo que já oiço falar há quase dez anos, muitos como eu ainda querem sentir, cheirar e ler a versão em papel, palpável. E muitos também querem entrar e ver uma biblioteca, apesar de termos nos nossos arquivos centenas, milhares de textos, manuscritos e fotografias digitiais.
Abençoada revolução digital, é certo. Mas também quero sentir o livro e legar isso aos meus netos, um dia, daqui a muitos anos.
4 comentários:
Puxa, se pudesse conciliar as duas publicações seria ótimo. Tenho vários anuários a começar de 1972 (era meu livro de cabeceira junto com o "From Brands Hatch to Indianapolis" que trata dos 8 mais circuitos de então - 1973 - qdo. criança). Ah, sim, os outros 8 circuitos eram Spa (antigo),Nurburgring (antigo), Watkins Glen, Buenos Aires, LeMans(com a Hynnaudieres sem chincane) e Monza. Pra mim, sem nacionalismo só faltou Interlagos (o antigo naturalmente).
ainda bem que existe internet. Seria uma porcaria ser privado de um anuário como esse...
Eu até cogitaria comprar essa versão em PDF, mas desde que já tivesse um Kindle na minha mão. Ler um anuário no computador é extremamente desconfortável.
Enviar um comentário