Há cerca de duas semanas falei de uma matéria na Autosport portuguesa onde se falava que as autoridades locais estavam a colocar muitos obstáculos financeiros para que a construção do Circuito das Américas, em Austin, não estivesse completo à altura prevista e não acontecer o Grande Prémio dos Estados Unidos. Pois bem, ontem à noite, enquanto passeava pelo Twitter, dei de caras com uma matéria no Formula 1 blog, onde se fala nos conflitos entre a entidade que está a construir o circuito, e a entidade que detêm os direitos para albergar ali o Grande Prémio dos Estados Unidos, em novembro do ano que vêm.
Algo que o próprio Bernie Ecclestone sumariza da seguinte forma: "Existem duas partes. Uma está a construir o circuito, e outra que detêm os direitos. E ambas esqueceram de combinar em falar uma com a outra." E tudo tem a ver com uma luta de poder, sobre quem é que manda no circuito de Austin, um conflito entre Tavo Hellmund, o homem da Full Throttle Productions, e que tem os direitos para organizar o GP americano, e a COTA, que está a construir o Circuito das Américas. E fala-se que, caso Hellmund saia de cena, a construção do circuito de Austin pode não servir de nada, pois Ecclestone automaticamente cancelará para 2012 o Grande Prémio dos Estados Unidos.
Hellmund afirmou no final da semana passada o seguinte: "O sr. Ecclestone tem sido incrivelmente paciente com os problemas que tem acontecido aqui em Austin. A Ful Throttle Productions tem estado incansavelmente a trabalhar no sentido de trazer a Formula 1 para Austin. E agora da responsabilidade do Circuito das Américas para fazer com que este projeto aconteça antes que a paciência do sr. Ecclestone se esgote". Ele pode ter Ecclestone a seu lado, pois trabalhou para ele na Brabham no final dos anos 80, e foi o seu pai que negociou o regresso do México à Formula 1 há 25 anos, logo, em muitos aspectos, pode estar em alta junto do "anãozinho tenebroso".
Steve Sexton, o presidente do Circuito das Américas (COTA) respondeu: "Os nossos fundos estão mais do que assegurados e a construção está dentro dos prazos, logo, não entendemos os comentários do senhor Ecclestone. Ele expressou um grande interesse na corrida de Austin e em expandir a Formula 1 para os Estados Unidos. Não existe qualquer dúvida em que, se quuiser que o GP dos Estados Unidos aconteça em 2012, ele irá ter isso.
Um projeto desta magnitude tem os seus desafios - e nós tivemos os nossos - mas a cidade, os nossos diretores, empregados e trabalhadores, bem como os nossos apoiantes dentro da comunidade estão a fazer tudo para que tudo fique pronto a tempo", concluiu.
Em suma, é um problema de dinheiro e poder, como afirmam os "insiders" que conhecem melhor o problema. Contudo, caso isto se arraste por mais algumas semanas ou meses, Ecclestone poderá perder a paciência e pura e simplesmente esprar por mais um ano para ver a Formula 1 a rolar nas Terras do Tio Sam. E com Manhattan como pano de fundo...
P.S: Como se fosse uma curiosa coincidência, soube-se hoje que as obras do Circuito das Américas vão parar, e os construtores sõ irão retomar "quando for assinado um contrato que assegure a realização do Grande Prémio dos Estados Unidos", segundo diz num comunicado oficial. Parece que esta briga passou para um outro nível, e se nenhum dos lados ceder, acho que a Formula 1 regressará aos estados Unidos via Nova Jersia...
1 comentário:
Bom....o Ecclestone na f-1 tá iguazinho ao Kaddafi na Líbia..fez boas coisas mas já passou da hora de sair....
Se não tiver f-1 terá WEC, ALMS, e talvez uma Sprint Cup Nascar...já pensou??? E já ouvi conversa sobre a V8 Supercars Australian...então...
Olha vale a pena conferir os primeiros 4m54seg deste vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=CxxSlJqNJKk
É de arrepiar...pela musica, pelo tom da voz, das imagens....vá e assista não arrependerás...adoro esta categoria.
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