segunda-feira, 5 de março de 2012

Os 35 anos do acidente mortal de Tom Pryce


(...) Estamos a 5 de Março de 1977. A terceira corrida da temporada, depois de paragens na Argentina e no Brasil, no inicio do ano, é em paragens sul-africanas, ainda a aproveitar o verão austral, pois o frio ainda se instalava na Europa. O pelotão ainda vivia os ecos da temporada anterior, com o duelo entre a Ferrari e a McLaren, com a Lotus, Brabham e Tyrrell a espreitar. Mas também tinha observado com espanto a vitória de Jody Scheckter na corrida inaugural da temporada, a bordo de um Wolf-Ford, desenhado por Harvey Postlethwaithe, antigo projetista da Hesketh.

(...) para Tom Pryce, o piloto britânico da Shadow, este estava a ser um inicio de temporada frustrante. Tinha desistido em ambas a corridas, e a última em particular tinha sido frustrante porque rolava em segundo quando o seu motor rebentou. Nesta qualificação, tinha tido dificuldades com o seu carro e iria partir apenas da 15ª posição da grelha.

No momento da largada, as coisas pioraram quando Pryce tem uma má partida, caindo para a 23ª e última posição, mas após isso, começou a efetuar uma recuperação de trás para a frente, chegando à 13ª posição no final da volta 18. Na frente, James Hunt segura Niki Lauda até á sétima volta, altura em que passa o britânico e fica no comando. Pryce continuava a subir na grelha de partida até que na volta 21, o seu companheiro de equipa, o italiano Renzo Zorzi, fica parado devido a uma rutura do tubo de combustível, fazendo com que se vertesse e começasse a pegar fogo ao carro, tudo observado por ele, que já estava fora do bólido.

Do outro lado da pista, dois comissários, um mecênico de 25 anos chamado Bill, e um jovem rapaz de 19 anos chamado Jensen Van Vuuren, que trabalhava como bagageiro no Aeroporto de Joanesburgo, correm para junto dele em modo de prevenção, caso o carro pegue fogo. Atravessar a pista em plena corrida era extremamente perigoso, mas algo corriqueiro por esses dias, ainda mais quando se sabia que linha de partida se situava no alto de uma colina, bloqueando a vista de quem fazia o The Kink, a rápida curva antes da meta. (...)

Esta é a descrição do dia e dos os momentos antes do acidente fatal no circuito de Kyalami, que matou o piloto galês Tom Pryce e do comissário de pista local Jensen Van Vuuren. Ele e mais outro comissário de pista decidiram atravessar a pista para ver se apagavam o fogo que vinha do carro de Zorzi, numa altura em que não deviam e num local onde os pilotos não os viam atravessar. 

Pryce, que vinha na aspiração do carro em frente, o March de Hans-Joachim Stuck, não teve hipótese de se desviar do comissário que atravessava a pista e levou em cheio com o extintor que ele levava consigo, decepando parcialmente a sua cabeça, ao mesmo tempo que o seu carro destruia Van Vuuren, espalhando restos humanos pela pista, para horror de milhões a ver a corrida em direto na TV. O resto da história e um pouco da vida e carreira de Tom Pryce, pode ser lido hoje no portalf1.com

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