Depois de uma temporada onde
Michael Schumacher praticamente garantiu a conquista do seu quarto título
mundial muito antes do final do ano, esperava-se que a concorrência desse mais
alguma luta no campeonato do mundo de 2002. Com Schumacher e Rubens Barrichello
firmes na Scuderia, e a Williams a manter Ralf Schumacher e o colombiano Juan
Pablo Montoya, os principais contendores do título daquele ano, havia muitas
novidades no pelotão, e a maior de todas era a chegada de um novo construtor: a
Toyota.
A construtora japonesa tinha-se
preparado durante um ano, com um chassis desenhado por Gustav Brunner, e com
pilotos de meio do pelotão, mas muito bons a desenvolver carros como o
finlandês Mika Salo e o escocês Alan McNish. Os objetivos não eram ambiciosos,
mas esperavam pontuar algumas vezes durante a temporada, para assim depois
poderem pensar em pódios e vitórias a partir da temporada seguinte. (...)
(...) A partida foi caótica, e houve
carambola logo na primeira curva, quando o Williams de Ralf Schumacher não
trava a salta para cima do carro de Barrichello, que tinha feito uma boa
partida. O vôo do Williams acabou com a corrida de ambos, mas Ralf safa-se sem
ferimentos. Atrás, era o salve-se-quem-puder: Schumacher e Raikkonen foram à
relva, mas voltaram à pista, e vários carros ficaram destruídos, com Fisichella
a bater nos dois Sauber e estes a baterem no BAR de Panis, no Toyota de McNish
e no Renault de Button.
Em vez dos comissários pararem a
corrida com bandeira vermelha, pois isso daria que alguns pilotos pudessem ir
às boxes e buscar os carros de reserva, decidiram colocar o Safety Car em
pista, inviabilizando isso, pois a pista estava livre. Assim, de uma só
assentada, oito pilotos estavam fora de combate. Mas os Arrows, também
envolvidos nesta carambola, foram para a pista com os carros de reserva, mas
estes foram logo depois desclassificados. Frentzen porque passou um sinal
vermelho, e Bernoldi porque o seu carro de reserva estava abaixo do peso. (...)
Há precisamente dez anos, a Formula 1 começava em Melbourne com uma carambola provocada pelo irmão do campeão do mundo, Ralf Schumacher, que foi apanhado desprevenido pela travagem de Rubens Barrichello e bateu na traseira do piloto da Ferrari, dando um espectacular vôo. Pode tudo ter acabado em bem, e Michael Schumacher ter vencido a corrida, começando o que viria a ser mais uma caminhada para mais um título mundial, que viria a ser o seu quinto na carreira, mas a corrida australiana ficou na memória por várias coisas.
Desde a estreia da Toyota na Formula 1 ao regresso da Renault, ao facto de Mark Webber, Takuma Sato e Felipe Massa terem feito as suas estreias na categoria máxima do automobilismo, com o piloto australiano a conseguir o feito de marcar dois pontos na sua estreia na Formula 1, vale a pena recordar nas páginas do site portalf1.com, o eventos de há dez anos.
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