A corrida eleitoral para a presidência da FIA arrisca a ser polémica. David Ward, o candidato que concorre contra Jean Todt, lançou esta terça-feira um comunicado onde alerta para uma possível farsa no ato eleitoral que acontecerá dentro de dois meses. O dirigente britânico afirmou que quando Todt recebeu no passado mês de março o apoio de onze das doze federações automobilísticas da América Central, numa reunião em Montevideo - com a excepção a ser El Salvador - isto pode ter inviabilizado a campanha da oposição, logo, correr o risco de ser uma farsa.
“Em março deste ano, num encontro da FIA em Montevideo, Jean Todt obteve apoio para as futuras eleições presidenciais”, começou por afirmar Ward, no seu comunicado. “Entre os signatários estavam 11 das 12 associações desportivas nacionais e automóveis clubes da América do Norte. Para ser elegível para as eleições presidenciais da FIA em 2013, um candidato precisa propor um vice-presidente para cada uma das sete regiões, incluindo a América do Norte”, disse. “A carta de apoio que Jean Todt recebeu antes do começo do processo eleitoral deixa apenas um clube na América do Norte ainda não tendo formalizado um compromisso. Esse clube é El Salvador”, acrescentou.
Ward aponta que o pequeno país sem tradição no automobilismo é o responsável pelo futuro da entidade, e que por causa dessa distorção, o britânico disse que as eleições podem ser uma autentica farsa. “O absurdo desta situação, em que apenas um clube da América do Norte pode determinar se vai haver ou não uma oposição a Jean Todt, faz a FIA correr o risco de as eleições se tornarem uma farsa. Isso mostra claramente o efeito que o acordo de Montevideo está tendo nas eleições de 2013”, declarou.
Assim sendo, Ward decidiu entrar com um pedido para o Comitê de Ética para que anule a carta de apoio, afirmando que foi redigido seis meses antes do prazo permitido. “Se algum dos signatários decidir nomear um vice-presidente de um candidato rival, ele não terá alternativa, além de encarar a quebra do compromisso de apoio a Todt feito em Montevideo. Um acordo que teve uma foto comemorativa e anúncio para a imprensa. É por isso que estou pedindo para que essas cartas de apoio sejam reconhecidas como quebra de regras das eleições no Comitê de Ética”.
“A solução é que todos os vice-presidentes sejam eleitos em suas próprias áreas. Eles poderiam ser completamente removidos de qualquer lista presidencial e aproveitar a independência do mandato na região que o elegeu”, concluiu.
“A solução é que todos os vice-presidentes sejam eleitos em suas próprias áreas. Eles poderiam ser completamente removidos de qualquer lista presidencial e aproveitar a independência do mandato na região que o elegeu”, concluiu.
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