Os rumores de que a União Europeia pode estar a pensar em apelar ao boicote desportivo à Rússia estão a fazer agitar os corredores da FIA, pois irá este ano a Formula 1 irá pela primeira vez à Rússia. E esta quinta-feira, o finlandês Ari Vatanen tornou-se na primeira personalidade desportiva de relevo a apelar ao boicote. Antigo candidato às eleições na FIA, em 2009, e agora membro de uma comissão da FIA, comentou hoje ao jornal britânico Daily Telegraph, dando as razões pelos quais é valido o boicote europeu ao GP russo e do qual a FIA deveria seguir.
"Iremos apoiar um regime que está por trás deste derramamento de sangue? Ou vamos dizer que isso não é correto? [Se não fizermos nada] seria enviar uma mensagem de aceitação para a Rússia. Diria que toleramos, talvez não de forma explícita, mas pelas nossas ações que nós toleramos o que está acontecendo, porque ele é usado em propaganda."
"Costuma-se dizer que na Fórmula 1 não deve misturar política e desporto, mas o regime russo já está a misturar política e o desporto de uma forma descarada, por isso temos de responder. É por isso que Bernie e os proprietários deviam cancelar a corrida.", comentou.
"É uma situação sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial, e nós temos que nos perguntar como a história vai se lembrar de nós e aquilo que fez ou deixou de fazer.", concluiu.
Contudo, não vai ser fácil: Bernie Ecclestone quer a corrida e o acordo é bem "gordo": 120 milhões de libras por cinco anos, acordados diretamente entre os "anõezinhos" Bernie e Putin, e faltam cinco semanas para que tal aconteça, já que a corrida está marcada para o dia 12 de outubro. E quanto à posição de Jean Todt, ele afirma que as suas declarações são parcialmente suportadas pelo presidente da FIA.
“O Jean sabe dos meus comentários, falamos disso. Penso que partilha parcialmente a minha visão. Estamos de mãos atadas. Não posso dizer coisas mais aberta e livremente do que ele. Não estou a dizer que ele concorda com tudo o que eu digo, mas ele tem uma margem de manobra muito mais reduzida, não pode fazer grandes mudanças de um dia para o outro”, comentou.
A interpretação destas declarações está a ser vista por alguns meios desportivos como um teste, afirmando que Vatanen é uma espécie de "Cavalo de Troia" no sentido de testar as águas sobre tal hipótese, para ver qual será a reação das pessoas acerca desta hipótese. É certo e sabido desde há algum tempo que há uma guerra surda entre Todt e Ecclestone, mas o francês não quer entrar em guerra aberta com o britânico, sob o risco de cindir a Formula 1 em duas entidades.
O tempo irá mostrar as reações a este apelo não só na Formula 1, mas fora dessa bolha no qual eles vivem. Faltam cinco semanas para Sochi.
“O Jean sabe dos meus comentários, falamos disso. Penso que partilha parcialmente a minha visão. Estamos de mãos atadas. Não posso dizer coisas mais aberta e livremente do que ele. Não estou a dizer que ele concorda com tudo o que eu digo, mas ele tem uma margem de manobra muito mais reduzida, não pode fazer grandes mudanças de um dia para o outro”, comentou.
A interpretação destas declarações está a ser vista por alguns meios desportivos como um teste, afirmando que Vatanen é uma espécie de "Cavalo de Troia" no sentido de testar as águas sobre tal hipótese, para ver qual será a reação das pessoas acerca desta hipótese. É certo e sabido desde há algum tempo que há uma guerra surda entre Todt e Ecclestone, mas o francês não quer entrar em guerra aberta com o britânico, sob o risco de cindir a Formula 1 em duas entidades.
O tempo irá mostrar as reações a este apelo não só na Formula 1, mas fora dessa bolha no qual eles vivem. Faltam cinco semanas para Sochi.
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