sábado, 1 de novembro de 2014

A ameaça de boicote paira sobre Austin

O rumor veio forte, vindo da Twittersfera. Aparentemente, Lotus, Sauber e Force India ameaçaram boicotar a corrida de domingo caso as suas vozes fossem realmente ouvidas no agora famoso "Grupo de Estratégia". Todas estas equipas vieram logo desmentir o boato, vindo principalmente dos jornais ingleses, mas parece que a ideia ficou no ar: com a Marussia e a Caterham ausentes de Austin, com a grelha reduzida a 18 carros, algumas das equipas do meio do pelotão começaram a "bater o pé" para dizer que ou se mudam as coisas - nomeadamente os pagamentos que a FOM dá às equipas, por exemplo - ou iriam fazer algo que espantaria o mundo.

E o sitio onde iriam fazer não é virgem. Não, não é Austin, mas sim Indianápolis, onde nove anos antes, apenas seis carros alinharam na corrida, depois de que as equipas que tinham pneus Michelin decidiram não alinhar na corrida devido às suas preocupações com os seus pneus na oval americana, depois do forte acidente de Ralf Schumacher durante os treinos livres de sexta-feira.

Ver algo parecido nove anos depois seria algo para envergonhar de novo a Formula 1, precisamente no mercado onde querem conquistar o público. Ou se preferirem, onde Bernie Ecclestone adoraria colocar metade do campeonato, se pudesse.

Entre os que não acreditam nisto e os que secretamente adorariam ver o circo a arder, francamente estou no lado das bancadas, esperando para ver o que vai acontecer. Espero sempre o inesperado, e a acontecer, seria mais um episódio dos tempos conturbados que esta Formula 1 vive. E provavelmente, cada vez mais, vejo que a FIA poderá ter de intrevir, para tomar conta deste desporto. Eles podem, se quiserem. E tenho a sensação de que Jean Todt está a ver comigo, na bancada, esperando pelo momento em que o incêndio alcance o seu auge. Para depois pegar nas cinzas e fazer as coisas à sua maneira. Pode não ser em Austin, Interlagos ou Abu Dhabi, mas vai acontecer. É inevitável.

E a solução do terceiro carro apenas poderá adiar o fim, digo eu.

1 comentário:

André Candreva disse...

diante da iminente crise os dirigentes da F1 devem resolver rapidamente a questão ou a categoria poderá sofrer um revés muito grande...