Eis Nico Rosberg e Lewis Hamilton, os dois candidatos ao titulo, cumprimentando-se um ao outro respeitosamente, diante das câmaras, após a conferência de imprensa do GP de Abu Dhabi. Aparentemente, estão tranquilos e esperando que consigam superar o companheiro de equipa.
Já tivemos muitos anos de domínio na Formula 1, temporadas onde os candidatos ao título estavam na mesma equipa. Juan Manuel Fangio contra Nino Farina, e depois contra Stirling Moss; Phil Hill contra Wolfgang von Trips; Jim Clark contra Graham Hill; Mário Andretti contra Ronnie Peterson, Jody Scheckter contra Gilles Villeneuve; Ayrton Senna contra Alain Prost; Nigel Mansell contra Ricciardo Patrese; Rubens Barrichello contra Michael Schumacher; Lewis Hamilton contra Fernando Alonso; Mark Webber contra Sebastian Vettel.
Os exemplos são muitos, e se em alguns casos, a hierarquia foi respeitada, noutros, a luta foi mais fratricida. O exemplo da McLaren em 1989 foi o mais sintomático, com matéria mais do que suficiente para fazer livros e filmes. Mas não creio que este sirva para isso. Um dia, alguém comparou as vitórias de Jacky Ickx e de Tom Kristensen em Le Mans: "Das vitórias de Ickx, fizeram-se livros. Das vitórias do dinamarquês, fazem-se comunicados de imprensa".
Até ver, esta é uma daquelas vitórias dignas de comunicado de imprensa. A História, claro, encarregar-se-á de saber se isto têm ou não algum fundamento, mas parece que as coisas num passado distante têm mais brilho do que as de um tempo mais recente. Mas há elementos de tensão suficientes para entender que poderá haver matéria para livro. Só que o politicamente correto dos nossos dias estraga um pouco a intriga. Parece que adoramos ver o circo a arder... e é por isso que por estes dias estamos mais interessados pela revolta dos pequenos, e as discussões sobre dinheiro do que estes pilotos, candidatos ao título numa corrida onde os pontos são a dobrar.
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