sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A preparação da Toyota para o WRC

A Toyota vai ter duas temporadas inteiras para se preparar para o seu regresso ao Mundial de Ralis, quinze anos após a sua última presença no WRC. Por estes dias, andou a testar em Monte Carlo, com o francês Stephane Sarrazin ao volante. Vê-se que a equipa japonesa vai fazer a mesma coisa que fizeram no passado equipas como a Volkswagen e a Hyundai: testes exaustivos, com infinitos recursos vindos da fábrica para montar aquele que vai ser o carro que vão usar no WRC: o modelo Auris.

Eles já andam em testes desde meados do ano passado, e é mais do que óbvio que o objetivo é de vencer logo nessa temporada, contra as quatro equipas que estão lá neste momento: Citroen, Ford, Volkswagen e Hyundai. É certo que mais concorrência será bem-vinda, mas apenas os dez primeiros pontuam no Mundial, e algumas equipas têm já três carros, o que vai fazer com que as coias possam ser mais complicadas. 

Mas pergunto-me: será que irá ter toda esta gente? A Citroen já deu sinais de que não vai ficar no WRC por muito mais tempo, já que está dedicado a cilindrar a concorrência do WTCC, com Sebastien Löeb por lá, ao lado de "Pechito" Lopez e Yvan Muller. O patrocínio do Abu Dhabi será, em principio, até 2016, mas a partir dali, nada está decidido se continuarão. É que ainda não há ideias sobre qual vai ser o sucessor do DS3 WRC, e os R5 são muito poucos, pelo menos comparados com os Ford, que já fez mais de cem, espalhados um pouco por todo o mundo. Já em relação à Volkswagen, não precisa de fazer R5, quando têm a Skoda a preencher esse espaço, e o novo Fábia está na fase final de testes, com uma homologação por parte da FIA dentro em breve. 

Portanto, não é liquido que em 2017 hajam cinco marcas no WRC. Mas também pode-se dizer que a Toyota não seja a única equipa a estrear-se no WRC nessa altura. Há rumores do possível regresso da Mitsubishi, embora não se saiba se esse tipo de envolvimento será ao nivel principal ou fará um R5 a partir de um dos seus modelos. Mas como falta cerca de ano e meio para tal, e não se vê grandes movimentos, creio que isso seja mais rumor do que outra coisa.

Contudo, a coisa é seguir estes testes e ver no final de 2016 com que pilotos é que eles andarão. Deve ser interessante.

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