Faz hoje três anos que o Michael Schumacher que conhecemos morreu. E digo "o que conhecemos" porque acho que toda a gente sabe que, para vermos tal qual como era dantes, será preciso um milagre.
Ontem à noite, na sua página do Facebook, o fotógrafo Paul-Henri Cahier disse sobre este dia: "Num trágico momento do Destino, Michael Schumacher saiu do radar, e permanece ainda vivo, mas noutra dimensão". E é verdade: Schumacher vive, mas está em casa, isolado do mundo, provavelmente pregado a uma cama, sem se poder mexer muito. E claro, nunca mais andará como era dantes.
A familia decidiu protegê-lo dos holofotes. Eles têm as suas razões, mas acho que, se o víssemos como ele está agora, ficaríamos chocados. Estamos a falar de um dos melhores pilotos de todos os tempos, o piloto que ficou com (quase) todos os recordes que poderia ter: vitórias, poles, títulos mundiais, numa carreira com mais de vinte anos, em equipas como a Jordan, Benetton, Ferrari e Mercedes. E mesmo quando voltou a correr, em 2010, e as suas expectativas não foram cumpridas (só obteve um pódio e uma volta mais rápida), o seu prestigio não ficou muito abalado. Apesar das suas polémicas, que lhe deram o apelido de "Dick Vigarista".
Passados três anos, a vida continua. Michael Schumacher fica cada vez mais nos cantos dos nossos cérebros, mas sabemos perfeitamente o que se passa com ele. Não sabemos a evolução do estado de saúde, mas ficamos preocupados sempre que ouvimos qualquer coisa. Muitos ficam alerta quando ouvem um rumor qualquer sobre ele, e mesmo eu, que sei perfeitamente que nada que não venha da boca de Sabine Kehm não passa de uma mentira, não fica indiferente às tentativas de se tirar fotos de Schumacher por parte dos "paparazzis", que virou quase uma obsessão. Já ouvi falar de pessoas que compraram drones e os fazem voar à volta da sua mansão na Suíça, só para tirar o "exclusivo mundial" para os vender a um jornal sensacionalista qualquer...
E eles não os compram porque sabem que a seguir terão os advogados da familia a metê-los em tribunal.
Enfim, a melhor coisa que deveremos fazer é recordar os bons momentos. Os seus grandes feitos automobilísticos, a sua contribuição para a Formula 1, e também aqueles momentos polémicos, pois também fazem parte da sua carreira. É assim que Schumacher vive, é assim que a familia quer que o recordemos.
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