Hoje, os rumores confirmaram-se. A McLaren e a Honda separaram-se, depois de três temporadas de péssimos resultados, e até 2020, andarão com motores Renault nos seus costados. A Honda irá para a Toro Rosso em 2018, com a possibilidade de ir para a Red Bull em 2019, quando o contrato com a Renault acabar. Quanto a pilotos, por agora, Carlos Sainz Jr. será piloto da Renault em 2018, apesar das tentativas de o colocar já em Sepang, algo do qual a marca do losango não queria, pois teria de pagar a Joylon Palmer uma indemnização pela sua saída prematura.
De acordo com as noticias, a McLaren irá pagar 78 milhões de euros pela rescisão do contrato, valor a que se junta o que deixará de receber da Honda, que se estima em cerca de 100 milhões de euros. Logicamente, estes valores poderão ser de certa forma compensados com o que poderão receber da FOM (Formula One Management) como prémio pela classificação em 2018, mas isso é algo que neste momento é totalmente incerto.
E claro, a McLaren terá de novo motores franceses na sua longa história. A primeira foi em 1994, com a Peugeot, onde ficaram por apenas um ano, até que à chegada da Mercedes, no ano seguinte.
“Nunca houve dúvidas sobre o comprometimento e a energia da Honda para ter sucesso na Formula 1. Eles são vencedores e inovadores comprovados. Por uma série de motivos, nossa parceria não brilhou como desejamos”, disse Zak Brown, diretor executivo da McLaren, comentando sobre o fim da parceria.
“Assim sendo, chegou a hora de irmos para direções distintas. Como competidores, esperamos ver o nome da Honda de volta ao topo – nosso automobilismo é melhor com seu envolvimento.”
Depois, prosseguiu acerca do anuncio da chegada da Renault à equipa de Woking: “O anúncio nos dá a estabilidade que precisamos para seguir em frente com nosso programa de desenvolvimento de chassis para 2018 sem maiores hesitações. Estamos convencidos de que podemos trazer real valor à Renault Sport Racing, já que trabalharemos juntos para desenvolver a atual unidade de potência em uma constante vencedora”, concluiu.
Takahiro Hachigo, presidente da Honda, considera que final da parceria foi o melhor caminho para ambas as partes. “É uma pena que tenhamos de nos separar da McLaren antes de atingirmos nossas ambições. Contudo, Tomamos essa decisão com a crença de que é a melhor atitude para o futuro de cada um”, comentou. “A Honda irá continuar a lutar junto da McLaren até o fim de 2017, e, depois, continuaremos nossas atividades na Formula 1 em 2018 em diante.”
No lado da Renault, Cyril Abiteboul, diretor da Renault, celebrou a nova parceria: “O acordo está perfeitamente alinhado com nossa estratégia em meio prazo de estarmos em uma posição de vencer em 2020. Estamos ansiosos para ver a marca Renault nos carros da McLaren e para correr com nossos novos parceiros na pista.”
Nisto, direi que nada disto não foi segredo nenhum. Falava-se na quarta-feira à noite que os anúncios seriam feitos na sexta-feira, entre os dois treinos livres em Singapura. Só que no meio disto tudo, ainda houve uma surpresa final. Aliás, duas: primeiro, que a Renault queria Daniel Ricciardo e não filho de Carlos Sainz, e que este estará na Renault... por empréstimo. Logo, se tiver bons resultados, e com a possibilidade do mercado de pilotos ser "vulcânico" no final de 2018, a possibilidade de ele regressar à Red Bull pela porta grande em 2019 pode ser bem real. Aliás, até uma Red Bull-Honda pode ser uma possibilidade real, se o motor nipónico melhorar a olhos vistos na próxima temporada, ou então, ambas as equipas taurinas serem equipas com o mesmo motor, como desejam os nipónicos, para ver o que podem melhorar nos seus propulsores.
“Ser um piloto de Formula 1 para uma equipe oficial é uma honra e espero retribuir à confiança da Renault com minhas melhores performances na pista. A trajetória da Renault na Formula 1 é empolgante e estou orgulhoso por me juntar a eles em um momento tão importante em sua história”, afirmou o filho de Carlos Sainz.
“Carlos Sainz é um piloto muito promissor, que está em nosso radar há algum tempo, especialmente após seu sucesso nas categorias de base da Renault. É uma notícia positiva poder confirmar Carlos para 2018”, começou por afirmar Cyril Abiteboul.
“Sentimos que Nico [Hulkenberg] e Carlos irão complementar um ao outro dentro e fora da pista, e a combinação deverá nos ajudar a avançar na grelha", continuou.
“Gostaria de agradecer a Helmut Marko por nos emprestar o Carlos neste período. Devemos agradecer a Jolyon [Palmer] por seu trabalho duro com a equipe e seu esforço nas últimas duas temporadas. Ele é um piloto dedicado e desejamos tudo de melhor para seus próximos passos na carreira”, concluiu.
Falta ainda uma grande peça do puzzle, e chama-se Fernando Alonso. Ele afirma que precisa de tempo para pensar e que qualquer decisão, iria tomar no final deste mês. Com o anuncio desta sexta-feira, em Singapura, é provável que boa parte das suas dúvidas já tenham sido esclarecidas. Mas sobre isso... só ouvindo da boca do próprio. Contudo, ontem à noite circulou esta foto dele ao pé de membros da Renault, significando que - mais do que matar saudades - que até gosta dos propulsores franceses.
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