segunda-feira, 11 de setembro de 2017

O piloto que a Williams quer

A Williams é uma equipa interessante, apesar dos seus dias de glória estarem um pouco longe. Tem um grande patrocinador, dinheiro, motores cliente e uma boa equipa de técnicos e engenheiros. Contudo, em termos de resultados, em 2017, está além daquilo que deveria fazer, sobretudo quando a Force India, que faz as mesmas coisas por menos dinheiro, tem melhores resultados do que a equipa de Grove. Mesmo assim, para 2018, é um lugar apetecível, ainda mais do que a Renault por exemplo.

Como sabem, no fim de semana surgiu o rumor - quase plausível - de que Carlos Sainz vai para a Renault, em troca de motores seus para a McLaren e a Toro Rosso ficar com os Honda, provavelmente para mais tarde - quem sabe - poder ir para a Red Bull. Contudo, outra equipa está nas bocas do mundo por estes dias, e é a Williams. E é por causa de um lugar que poderá vagar nos próximos tempos.

Como é sabido, Felipe Massa deveria ter abandonado a Formula 1 no final de 2016, mas voltou atrás na decisão a pedido da... Williams, que viu o seu piloto, Valtteri Bottas, ir para a Mercedes após o inesperado abandono de Nico Rosberg, assim que ficou com o título mundial. Havia duas grandes razões para ter Massa em Grove por mais uma temporada: um piloto experimentado para que o jovem Lance Stroll pudesse aprender a andar na Formula 1, e segundo, porque o patrocinador quer um piloto experiente ao volante. Aliás, há uma clausula em que diz que um dis pilotos tem de ter mais de 25 anos, logo, não pode ser qualquer um a guiar aquele carro. Daí que por alguns dias se flutuou a ideia de ter Fernando Alonso em Grove, uma medida que era apoiada - aparentemente - por Lawrence Stroll, o pai de Lance, e homem de muito dinheiro.

Agora que Alonso poderá ficar na McLaren por mais algum tempo, com motores Renault, outras chances flutuam por aí. E uma delas é plausível, dadas as circunstâncias. É que o regresso de Robert Kubica à Formula 1 poderia acontecer... via Williams. Estão a ver a Renault treinar um piloto para que outra equipa o poder aproveitar? Isso pode acontecer em 2018.

Quem conta estas coisas é o Joe Saward, e ele hoje disse algumas coisas interessantes sobre o marcado de pilotos no seu blog. Uma delas é que provavelmente, Pascal Wehrlein poderá estar encurralado. Piloto da Mercedes, até fez uma temporada razoável na Sauber, mas com o segundo piloto ancorado de pedra e cal na equipa - os seus patrocinadores são os proprietários da equipa - a Ferrari quer colocar Charles Leclerc por lá em 2018 e um dos seus pilotos tem de ir para outras paragens. 

Contudo, Wehrlein não pode ir a lado algum por vários motivos: na Force India, fica tudo "trancado" (Sergio Perez e Esteban Ocon vão se aturar por mais uma temporada) a Renault fica com Sainz e Nico Hulkenberg, e a Williams prefere meter um piloto que está fora da Formula 1 desde o final de 2010 por causa de uma clausula que obriga a que um dos pilotos tenha pelo menos 25 anos de idade, porque o Stroll ainda bebia leite no ano passado... e Wehrlein nasceu a 18 de outubro de 1994, logo, façam as contas. Portanto, é bem provável que ele seja o terceiro piloto da Mercedes em 2018, ao lado de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, esperando que um deles torça o pé num desses fins de semana para que ele tenha um chance de andar num carro de Formula 1. Ou que algum destes pilotos siga o caminho de Rosberg e se reforme antecipadamente.

Ainda há uma terceira chance, pequena mas também plausível, que é... Joylon Palmer. O piloto que todos querem ver fora da Renault poderá andar pela Formula 1 por mais tempo que muitos gostariam de ver. E por três boas razões: é inglês, tem patrocinadores e bons contactos através do seu pai, que historicamente, foi piloto de testes da Williams e fez a sua estreia na Formula 1 no GP da Europa de 1983, a bordo de um Williams FW08.

Portanto, de uma certa forma, eis como anda este mercado de pilotos. E para a Williams, a veterania é importante, resta saber que piloto irão ter. Se Massa continua ou se dá ao polaco o regresso que merece, para mostrar ao mundo que está recuperado ae adaptado aos novos carros. Veremos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu gostaria muito de ver Kubica novamente na F1, ele realmente merece, e muito! Mas Massa também merece!
Sobre o desejo do pai de Stroll de colocar Alonso na Williams acho isso muito ingrato isso, ele deveria ficar calado, é Massa que está ajudando seu filho.