Era uma vez... um apaixonado pelo automobilismo. Como todos nós somos. Só que há uns com mais dinheiro do que outros, e em 1987, Didier Calmels tinha muito. Aliou-se a Gerard Larrousse, ex-piloto de automóveis e diretor da Renault, para fazer a sua própria equipa, mandando fazer um chassis Lola, com alguns resultados interessantes, graças aos pilotos franceses Philippe Alliot e Yannick Dalmas.
Contudo, no inicio de 1989, o mundo para Calmels desmoronava-se, quando matou a sua mulher devido ao facto de ela o ter trocado por outro homem, enquanto que ele estava entretido entre a Formula 1 e outros negócios na finança. Os tribunais condenaram-no a oito anos de prisão pelo homicídio simples. A vida continuou, a Larrousse continuou até ao final de 1994, e quando ele saiu da cadeira, mais cedo devido a bom comportamento, ele voltou a dedicar-se aos negócios, mas sem perder de vista o automobilismo.
Pois bem, Calmels está de volta. Na realidade, o automobilismo nunca esteve longe da vista dele. Ajudou no projeto de Philippe Sinault na LMP2, a Signatech Alpine, e esta semana, anunciou que vai levar um carro para a IndyCar, mais concretamente às 500 Milhas de Indianápolis de 2018, a bordo de um carro apoiado pela Schmidt Peterson Motorsports, com o piloto a ser Tristian Gommendy. Quem conta isso tudo é a francesa AutoHebdo, a edição desta semana.
Calmels, agora com quase 68 anos, quer tentar algo que raras vezes é visto nos Estados Unidos, que é um estrangeiro a montar uma equipa para correr por ali, e quase nunca é bem sucedida. Um bom exemplo é a Euromotorsport, em meados dos anos 90, que recorreu a muitos ex-pilotos de Formula 1, mas sem sucesso.
É, por agora, um "one-off", mas ver-se-á até que ponto é que isto pode ser bem sucedido.
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