quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Youtube Electric Presentation: O Mercedes-Benz EQC


Para quem (ainda) não sabe o que se passa neste momento no mundo da industria automóvel, eu digo desde já: vêm aí uma revolução. Jaguar, BMW, Audi, Porsche e Mercedes, para além da Nissan e Renault, estão a lançar carros elétricos. Desde o mais básico até ao mais luxuoso, estão a construir carros com autonomias médias de 300 a 450 quilómetros... por agora. E a Smart já decidiu ser totalmente elétrica, bem como o Grupo FCA, que antes de morrer, Sergio Marchionne deixou para os seus sucessores um plano para construir ou converter mais de uma dezena de modelos para elétricos. Isto, anos depois de dizer que o Fiat 500e ser "um desperdício de dinheiro". As coisas mudam...

E é verdade. As coisas mudam, e quem ainda não entendeu isso, é porque ou está agarrado a um passado que não mais voltará, ou não entende que a maioria das pessoas deseja isso. 

Mas o que pretendo falar hoje é do novo Mercedes, o EQC, o SUV da marca, que foi apresentado ao mundo na terça-feira e será lançado no ano que vêm e foi. Não é o primeiro modelo elétrico da marca - tiveram o B Elecrric e não poderemos esquecer da Smart - e eles andam a investir cerca de 12 mil milhões de euros para converter fábricas para fabricar baterias e transmissões para carros elétricos. E provavelmente, vão fazer mais modelos de carros elétricos para os próximos quatro anos (dez ao todo), para converter totalmente a sua marca, como andam a fazer todos, quer na Alemanha, quer no mundo. A Audi tem o e-tron, a Jaguar tem o I-Pace, a BMW tem por agora o i3 - mas outros virão a caminho - e a Porsche terá o Taycan, que deverá ser apresentado no final da década. Tudo isto para combater a Tesla, que já está muito adiantada nesse campo... e ainda não lançou o Model 3 na Europa. 

O EQC 400 Fourmatic significa umas coisas simples: tem quatro motores e cerca de 400 cavalos. A bateria terá cerca de 80 Kw/hora e poderá demorar 40 minutos para carregar até 80 por cento da sua capacidade, se não pretende desgastar precocemente as baterias. A aceleração dos zero aos 100 km/hora é de cinco segundos, num carro pesado, quase duas toneladas.  A autonomia? Eles falam de 450 quilómetros, mas na realidade, por agora, é só 320 quilómetros. O que não é grande coisa, quando se sabe que alguns modelos estão a comercializar baterias com maior autonomia. A Renault, por exemplo, está a dar baterias de 400 quilómetros nos seus Zoes... mas o carro é mais pequeno, logo, mais leve, diga-se.

Daquilo que se vê, é um carro interessante. Mas temos de esperar mais uns tempos para saber se as marcas convencionais conseguirão reagir à Tesla. É que, por exemplo, na América, o único modelo que está a tentar combatê-los, o Chevrolet Bolt, está a ser esmagado em termos de vendas, não pelo Tesla Model 3, mas... pelo Nissan Leaf. Muitos dos que compram esse carro estão a abandoná-lo quando conseguem ter a oportunidade de ter o Model 3, mesmo que custe 50 mil, em vez dos 35 mil dólares anunciados.

Agora, deixo-vos aqui um modelo com as características do primeiro modelo elétrico de raíz da Mercedes.  

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