segunda-feira, 1 de junho de 2020

As discussões sobre os tipos de corridas

Já estamos a cinco semanas do começo da temporada na Áustria, e esta segunda-feira começou a falar-se sobre  a experiência de grelha invertida, numa espécie de corrida-sprint que iria determinar a grelha de partida para a ‘Main Race’. A ideia veio da Liberty Media, e foi discutida na passada sexta-feira no intuito de experimentarem quer no Red Bull Ring, quer em Silverstone. A ideia é de fazer uma corrida "sprint" no sábado para determinar a grelha de partida da corrida de domingo, e a grelha de partida dessa "sprint race" seria estabelecida pela ordem inversa da classificação do campeonato.

Aparentemente, a FIA gostou da ideia, mas tem de haver o apoio unânime das dez equipas. E a Mercedes anda muito reticente, segundo contam os últimos rumores sobre esse assunto. Contudo, todas elas se comprometeram a analisá-la mais detalhadamente antes de voltarem a nova votação na próxima semana.

É certo que estes tempos de pandemia permitiram a que as pessoas estejam mais abertas a mudanças, radicais ou não. Se as equipas conseguiram aprovar o tecto orçamental, algo do qual muitos estavam cépticos de acontecer - um tecto de 140 milhões de euros que abaixará mais vinte milhões nos anos seguintes - talvez a ideia de mudar no formato dos Grandes Prémios, permitindo jornadas duplas nos fins de semana para atrair mais gente poderá ser uma boa ideia. Mas como sabem, os tradicionalistas podem estar a ver isto tudo com os cabelos em pé. 

Mas estes são tempos excepcionais.

Quanto ao calendário, há algumas novidades. As autoridades de Monza disseram hoje que o GP de Itália acontecerá na data prevista, mas sem espectadores, enquanto as autoridades brasileiras esperam que o seu Grande Prémio, em São Paulo, aconteça em novembro com espectadores, algo do qual muitos colocam bastante cepticismo por cima. E desde há dias que circulam rumores sobre a viabilidade do GP de Singapura, devido aos preparativos que devem começar a ser feitos na cidade-estado. Muitos afirmam que, da maneira como andam as coisas, não acreditam na ida da Formula 1 a paragens americanas, limitando-se à ida ao Médio e Extremo Oriente, e não indo a lugares como a Rússis, por exemplo.

Mas por agora, em termos oficiosos, so temos as garantias de quatro corridas na Europa. O resto é um pouco um "jogo do adivinha", mas com muitas certezas.

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