domingo, 24 de julho de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 12, Le Castelet (Corrida)


Estes tempos de julho são uma maravilha... isto, se não existir muito calor. Porque quando tal nos incomoda, mais do que desejar por uma sombra, é rezar para que os carros aguentem toda uma corrida no limite, sem algo que os refrigere. E Paul Ricard - ou Le Castelet - em julho é um forno, do qual todos sofrem.

E numa temporada onde a Ferrari parecia ter recuperado algum do seu fôlego nas duas últimas probas, em Silverstone e no Red Bull Ring, havia expectativas sobre o que iriam fazer, especialmente depois da grande qualificação que fizeram no dia anterior. Que teria sido excepcional, se não fosse a penalização de Carlos Sainz Jr. por causa do que tinha acontecido na corrida anterior. Um 1-2 para a Scuderia teria sido o ideal para conter os Red Bull, que já os viam ir embora nas corridas anteriores, o suficiente para que começassem a rezar para um mau dia para eles e um excelente dia para Maranello. Claro, a temporada estaba a meio, e ainda poderia acontecer, mas a Scuderia sabia que era como no ténis: já se aproximava o momento do "match point" e nesse jogo, estabam a perder.   


Na partida, Leclerc conseguiu manter o comando, seguido pelos Red Bull, enquanto Sainz Jr. começou a sua corrida de recuperação. Atrás, na curva 8, Esteban Ocon e Yuki Tsunoda discutiam posição e acabaram por colidir, deixando o japonês no fundo do pelotão. Pouco depois, os comissários de pista decidiram que o francês era o culpado da colisão, penalizando-o em cinco segundos. 

Por esta altura, KMag era P12, três posições acima de Sainz Jr, que corrida na 15ª posição. 

Nesta altura, Max estava bem perto de Leclerc e queria ter uma chance para o passar. Ambos já tinham deixado uma grande vantagem sobre aqueles que vinham atrás, com Hamilton a ser terceiro, na frente de "Checo" Perez. E bem cedo, na volta 7, KMag trocou de pneus, demonstrando que ali, os pneus moles não duram muito. Tanto que Schumacher e o Alfa de Zhou foram também.

Claro, com isso, o espanhol da Ferrari já estava nos pontos. 


As coisas pareciam que iriam ser aborrecidas... até à volta 18. Quando na curva 11, Charles Leclerc bateu no muro de pneus e ficava de fora da corrida. Aparentemente, o monegasco ficou com o acelerador preso e claro, não tinha controlo. Max perguntou por ele, ao que responderam que estava bem. E claro, ele liderava a corrida e o campeonato.  

O Safety Car ficou na pista até à volta 20, quando este regressou às boxes e a corrida prosseguiu com notícias de uma "largada insegura" da parte de Carlos Sainz Jr., acabando com cinco segundos de penalização. A Ferrari não estava a ter uma grande tarde, apesar do espanhol ter chegado ao quinto posto. Mas não estava sozinho, porque pouco depois, Zhou também era penalizado em cinco segundos por causa de um toque com Mick Schumacher.

Pouco depois, na volta 32, Sainz Jr conseguiu passar Russell para ser quarto e perseguia Checo para ver se alcançava o pódio. Bastaram-lhe quatro voltas para apanhar o mexicano, enquanto atrás, Lattifi e Mick colidiam um com outro. Eles continuaram, porque ali, o que não falta são escapatórias de asfalto. 

Contudo, na volta 40, o espanhol conseguiu passar em estio o mexicano, e ficava com a terceira posição... se conseguisse afastar dele. Russell, contudo, queria fazer a mesma coisa... mas acabaram por se tocar. Mas para "melhorar" o dia da Ferrari, Sainz parou para colocar médios e regressar em P9 para tentar apanhar Russell e Checo... que tinham voltado a tocar-se. 

Nas voltas seguintes, o espanhol subiu posições, primeiro passando os McLaren, e depois o Alpine de Alonso. Mas para a parte final, o Alfa de Zhou fica parado na pista, causando o Safety Car virtual e deixando todos à velocidade de caracol. Carro retirado, no recomeço, Russell apanhou Checo adormecido e ficou com o terceiro posto.


Mas na frente, Max não tinha contestação e cruzou a meta como triunfador do GP francês, na frente dos Mercedes, que conseguiram o segundo e o terceiro posto. Para Lewis Hamilton, este segundo lugar é ainda melhor porque tinha sido ali que alcançara o seu 300º Grande Prémio da sua carreira. 

Com esta sétima vitória no campeonato, pelos vistos, com os erros da Ferrari, o piloto neerlandês da Red Bull está bem mais tranquilo para as corridas que aí vêm. Se o carro não lhe deixar mal, o neerlandês poderá estar a caminhar calmamente para o seu bicampeonato e até lá poderá gozar algum tempo com a Kelly Piquet. E claro, entretanto, as pistas na Europa ficarão mais cheias de gente vestida de cor laranja...  

Agora, é arrumar as malas e ir para Budapeste. Porque logo depois, é a pausa de agosto. 

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