“A decisão de me retirar foi difícil de tomar, e passei muito tempo pensando nisso. No fim do ano, quero passar mais tempo a pensar no que farei a seguir. Está muito claro para mim que, sendo pai, quero passar mais tempo com a minha família. Mas hoje não é hora de dizer adeus. Ao invés disso, é hora de dizer obrigado — a todos — especialmente aos fãs, sem os quais o apoio apaixonado a Fórmula 1 não existiria”, começou por afirmar.
Na mensagem, agradeceu aos responsáveis da Aston Martin pela oportunidade que ofereceram nas duas últimas temporadas.
"Tive o privilégio de trabalhar com muitas pessoas fantásticas na Fórmula 1 nos últimos 15 anos – há demasiadas para mencionar e agradecer. Nos últimos dois anos fui piloto da Aston Martin e, embora os nossos resultados não tenham sido tão bons como esperávamos, é muito claro para mim que está tudo a ser feito para que uma equipa possa correr ao mais alto nível nos anos vindouros. Gostei muito de trabalhar com um grupo de pessoas tão fantástico. Todos – Lawrence [Stroll], Lance [Stroll], Martin [Whitmarsh], Mike [Krack], os gestores superiores, os engenheiros, os mecânicos e o resto da equipa – são ambiciosos, capazes, conhecedores, empenhados e amigos, e desejo-lhes felicidades", disse na sua mensagem gravada, nas vésperas do GP da Hungria.
Correndo desde 2007 em equipas como BMW Sauber, Toro Rosso, Red Bull, Ferrari e Aston Martin, conseguiu 53 vitórias - o terceiro mais vitorioso de sempre, apenas atrás de Lewis Hamilton e Michael Schumacher - 57 pole-positions, 38 voltas mais rápidas e 122 pódios em 290 Grandes Prémios, o alemão conquistou quatro títulos mundiais consecutivos, entre 2010 e 2013. Ainda é o campeão do mundo mais novo de sempre, quando alcançou o título mundial de 2010 aos 23 anos e 134 dias, em Abu Dhabi. E também é o recordista de vitórias consecutivas: nove, entre as provas da Bélgica e do Brasil, em 2013.
Nas reações ao anúncio da sua retirada, a Aston Matin agradeceu pelos seus serviços, da parte de Lawrence Stroll, o seu proprietário.
“Quero agradecer Sebastian do fundo do meu coração pelo grande trabalho que ele fez pela Aston Martin no último ano e meio. Deixamos claro para ele que gostaríamos que ele continuasse com a gente no próximo ano, mas, no fim, ele fez o que achava certo para ele e a família dele, e, claro, respeitamos isso”, começou por afirmar o pai de Lance Stroll.
“Ele guiou algumas corridas fantásticas para nós e, nos bastidores, a experiência dele e o conhecimento dos nossos engenheiros foram extremamente valiosos. Ele é um dos melhores de todos os tempos da Fórmula 1, e foi um privilégio trabalhar com ele. Ele continuará correndo connosco até o GP de Abu Dhabi de 2022, que será o 300º GP dele. Vamos dar a ele uma despedida incrível”, assegurou.
Lewis Hamilton colocou uma mensagem na sua conta no Instagram, agradecendo a rivalidade na pista e a amizade nos bastidores.
“Foi uma honra te chamar de rival e uma honra maior ainda te chamar de meu amigo”, escreveu Hamilton. “Você está deixando o automobilismo [numa situação] melhor do que encontrou, o que é sempre a meta. Não tenho dúvida de que o que quer que venha a seguir para você será empolgante, significativo e recompensador. Gosto muito de ti, amigo”, encerrou.
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