domingo, 22 de outubro de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 18, Estados Unidos (Corrida)


E depois de duas semanas de pausa, vindo do Médio Oriente, a Formula 1 começava em Austin a primeira de três semanas seguidas na América do Norte, a primeira de quatro corridas neste mesmo continente, acabando com uma corrida noturna em Las Vegas. E depois de ver o que Max fizera ontem, na corrida Sprint, onde chegou a andar com um ritmo um segundo superior ao do resto do pelotão, parece que será uma questão de tempo até apanhar os pilotos que estão na sua frente e ganhar com... 10, 15 segundos de avanço? Era essa a aposta deste domingo.

Autódromo cheio, um calor outonal no Texas, mostrando que naquelas paragens ser estranho é ser... normal, a Formula 1, na realidade, estava ali pela segunda vez na temporada, e a terceira ocasião em que correria em paragens norte americanas. Ainda ficariam ali nas próximas duas semanas, uma no México e outra no Brasil, antes de regressarem... a Las Vegas, para a primeira corrida noturna nessa parte do mundo. 

E antes de começar a prova de Austin, soube-se que os carros da Aston Martin e da Haas iriam arrancar das boxes, tendo tudo a funcionar em pleno, e esperando que os duros funcionem plenamente o mais longo tempo possível, quem sabe, subindo muitas posições... ou não. 


Assassinados os hinos... perdão, cantados os hinos, vistos as cheerleaders e todo o espetáculo "made in America", era a hora dos semáforos apagarem e começar a corrida, o maior espetáculo de todos. E quando isso aconteceu, Norris conseguiu superar Leclerc para ser o lider da corrida. Os Ferrari ficaram logo a seguir, aguentando Hamilton e Max, que conseguiu largar bem. Quem largou melhor foi Piastri, que chegou a sexto e ameaçou o neerlandês.

Norris abria para o pelotão nas voltas seguintes, enquanto Max, depois de ter esperado como as coisas parariam, começou a recuperar posições, acabando na quarta posição no final da sexta volta, numa altura em que Hamilton era segundo, passando o Ferrari de Charles Leclerc. Atrás, Esteban Ocon parava nas boxes, danificado por causa da colisão com Piastri e tornava-se na primeira retirada da corrida. Pouco depois, o australiano tornava-se a segunda retirada, também por causa dos danos que sofreu na colisão com o Alpine do francês. Ao mesmo tempo, Logan Sargent foi o primeiro a parar, na volta 12, caindo para o fundo do pelotão.


Max surpreendeu muita gente ao parar na volta 17, e voltou a usar médios, saindo na sétima posição. Foi o primeiro, na frente de Norris, que trocou de pneus na volta seguinte, ainda antes de Sainz Jr e Pérez. Hamilton estava na frente, e parecia que queria ficar por mais algumas voltas, se calhar a pensar em fazer mais uma paragem nas boxes. Contudo, o britânico queimou uma travagem e perdeu tempo, indo para as boxes no inicio da volta 21, caindo para quinto e usando duros. Na frente, Norris passou Russell para ser segundo antes deste último parar, com o britânico a olhar para Max se ele está a aproximar-se ou não. 

Max aproximou-se e no final da volta 28, o neerlandês acabou por o passar, graças a uma estratégias paulatina de aproximação. Parecia que tudo estava resolvido... mais ou menos. Porque ele não se afstawa muito de Norris. 

Tanto que na volta 35, os pilotos pararam uma segunda ocasião. Primeiro, Norris, com duros, depois Max e Sainz Jr, com o piloto neerlandês a ter uma paragem mais lenta que o habitual. Max continuava na frente, mas tinha pouco mais de 1,7 segundos de vantagem, continuando de duros. Com Leclerc na frente, o neerlandês demorou três voltas até apanhá-lo e ficar com a liderança. Pouco depois, Norris era segundo, passando o Ferrari do monegasco. 


A partir daqui, parecia que o duelo iria ser à distância, mas na realidade, Max foi-se embora e nunca mais existiram ameaças sérias da parte do britânico. Entretanto, Leclerc era ameaçado, e depois na volta 43, era passado por Hamilton, para o terceiro posto. A partir dali, o britânico tentou apanhar o piloto da McLaren e ele aproximava-se do segundo lugar. O vencedor já era conhecido, faltava saber se a ordem seria esta. O britânico da Mercedes, com os médios, conseguiu apanhá-lo e ficou com o segundo lugar, mas não sem luta da parte do piloto da McLaren. Atrás, Sainz Jr apanhava Leclerc e era quarto.  

Ao mesmo tempo, Fernando Alonso, que tinha feito uma boa corrida de recuperação para chegar a oitavo e nos pontos, tinha problemas no fundo do seu carro e tinha de se retirar.  

Na parte final, Leclerc ia perder mais um lugar, desta vez para Sérgio Pérez, enquanto na frente, Max reinava, sem ser incomodado, apesar de se queixar dos travões, mas isso não o impediu de vencer mais uma corrida no campeonato, numa temporada dominante para a Red Bull. Não foram os 10 ou 15 segundos de avanço, mas mesmo assim, ganhar os mesmos, ainda que fosse por meio carro, significa que não há mudanças. 

E pronto, acaba uma corrida sem história. Agora, atravessarão a fronteira para correr em altitude, na Cidade do México. 

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