sexta-feira, 27 de outubro de 2023

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No fim de semana do GP mexicano, o calendário mostra que há precisamente 60 anos, a Formula 1 estreava-se no seu país no Autódromo Magdalena Mixuca, o nome antigo de Hermanos Rodriguez. 

E em 1963, como é agora, o campeonato já estava há muito decidido. 

Jim Clark tinha sido campeão na Itália, depois de ter ganho cinco dos sete primeiros Grandes Prémios dessa temporada, conseguindo mais pontos que os permitidos. Com os sete melhores resultados em 10 possíveis, o escocês da Lotus já tinha 51 pontos legais, quando na realidade já tinha "deitado fora" os quatro pontos do terceiro lugar do GP americano, em Watkins Glen. Ou seja, quando chegou ao México, ele já tinha 55 pontos. Richie Ginther, o segundo classificado, tinha... 30.

Os pilotos locais apareceram lá. Um ano antes, a sua maior esperança, Ricardo Rodriguez, sofreu um acidente fatal quando guiava um Lotus da Rob Walker Racing, mas agora estava o seu irmão, Pedro, num dos Lotus oficiais - ao lado de Clark e de Trevor Taylor - na sua segunda corrida da sua carreira. Outro local que se estreava na categoria era Moisés Solana, que estava inscrito com o singelo número 13.

Não foi uma corrida emocionante. Clark dominou do principio até ao fim, ainda por cima num chassis 25, o primeiro monocoque da história da Formula 1, e conseguiu deixando apenas Jack Brabham a um minuto e 41 segundos, e Richie Ginther a 1.45 minutos, os únicos na mesma volta de Clark, o dominador da corrida. Ou seja, esta corrida foi o espelho do que foi essa temporada: o espetáculo de um homem só, no seu primeiro título mundial, num dos chassis que entrou na história como um dos mais marcantes da Formula 1.

Nenhum dos mexicanos chegou ao fim, mas isso não impediu da organização considerar a corrida um sucesso, e continuar nos anos seguintes, até 1970, aproveitando o sucesso de Pedro Rodriguez na Europa. E sobre a edição desse ano... merece outra história à parte, que também merece ser contada. 

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