Toda a gente sabe que a razão porque tivemos uma abertura no Extremo Oriente foi por causa das obrigações religiosas da Península Arábica, que teve o Ramadão no inicio de março, e por isso, pediu para trocar com a Austrália, China e Japão, do qual eles agradeceram. Mas tirando a modorra de Suzuka - a culpa não é da pista, são dos carros - até que este campeonato está a ser bem interessante, com os McLaren a ganhar boa parte das corridas, mas Max já respondeu e conseguiu a sua primeira vitória na temporada.
Contudo, o que se espera em Sakhir, depois do pôr do sol, será uma de duas coisas: ou agitação, ou uma procissão. Pelo menos, é isso que quase todos têm em mente. E tudo isso com duas paragens previstas, e as primeiras paragens aconteceriam por alturas da 17ª volta, se começassem com médios - calçados pelos Ferrari de Carles Leclerc e Lewis Hamilton - por exemplo. Se fossem com moles, seriam pouco menos voltas, a partir da décima passagem pela meta.
Nas voltas seguintes, a luta era entre Andrea Kimi Antonelli e Pierre Gasly pelo quinto posto, com lutas entre curvas, e o piloto francês da Alpine era o melhor perante o "rookie" da Mercedes. Na frente, Piastri alargava a sua liderança para três segundos e na volta 11, com as primeiras paragens de pneus, Max, que era sétimo, meteu duros, esperando que ficasse mais tempo na pista, se calhar, evitando uma segunda paragem. E logo que foi para a pista, tornou-se no piloto mais rápido da pista, fazendo tempos cada vez mais baixos.
Russell foi às boxes na volta 14, metendo médios, e na volta seguinte, foi a vez de Piastri. A liderança foi entregue aos Ferrari, ao mesmo tempo que Max já estava nos pontos, na décima posição. Albon só foi às boxes na volta 17 e trocou para duros, talvez com a ideia de fazer a corrida numa só paragem. Ao mesmo tempo, os Ferrari foram às boxes, um atrás do outro, e mantiveram os médios, apesar dos protestos de Leclerc, que queria sair com duros. Mas eles tinha ouvido as mensagens que Max, que apesar de ter subido para sétimo, se queixava dos pneus, que escorregavam e colocavam-mo em dificuldades. Na volta 20, foi assediado por Kimi Antonelli e o piloto da Mercedes conseguiu passar, apesar da defesa do neerlandês.
Na volta 22, Hamilton estava colado a traseira de Max, tentando o oitavo posto, e o conseguiu com a ajuda do DRS. Mas na frente, havia uma luta pelo terceiro lugar, entre Norris e Leclerc, com o piloto da Ferrari a tentar passá-lo na volta 24, sem sucesso. Tentou de novo na volta seguinte, agora a ser bem sucedido. Tudo porque trocaram mais tarde e a conseguirem conservar melhor os pneus médios que calçaram desta vez. Atrás, Hamilton era o piloto mais rápido na pista e passou Antonelli e Ocon para ser sexto.
Max regressa às boxes na volta 27, colocando médios, com ele a regressar a última posição, esperando que esse carro, com esse jogo de pneus, possa funcionar melhor. Era o inicio de uma série de paragens nas boxes, com Ocon e Antonelli a virem logo depois do neerlandês, na volta 28. O italiano meteu moles, ou seja... três paragens, pelo menos! Gasly apareceu na volta seguinte.
A corrida regressou ao normal na volta 36, com Piastri a ser pressionado por Russell, mas o australiano aguentou. Norris foi passado por Hamilton, para ser sexto, mas o britânico reagiu, voltando a passar, mas como o fez fora dos limites da pista, acabou por devolver a posição. Poucas voltas depois, o piloto da McLaren voltou a apanhar o da Ferrari e o passou para ser quarto.
As coisas regressaram a uma normalidade nas voltas seguintes, mas a 10 voltas do final, Carlos Sainz Jr. tornou-se na primeira desistência da corrida, vitima de danos num dos "sidepods" do seu Williams. Tudo isto depois de um toque com o Red Bull de Yuki Tsunoda. Na frente, Norris aproximava-se de Lecelrc para assaltar o terceiro lugar que parecia estar ao alcance. Houve ataques entre as voltas 50 e 52, e foi ali que o britânico da McLaren levou a melhor. E a duas voltas do final, Norris encostou á traseira de Russell, tentando apanhar o piloto da Mercedes e conseguir uma dobradinha para a McLaren. Russell aguentava com os moles, e era assim que iam para a meta, com Piastri como vencedor. Foi audacioso, George.
Atrás, na última volta, Max conseguiu passar o Alpine de Pierre Gasly, que conseguiu fazer uma corrida honesta, ficando na frente de boa parte do pelotão. O sexto posto parece ser um controlo de danos, ainda por cima, com Tsunoda a obter um nono posto, entalado entre os Haas de Esteban Ocon, oitavo e vindo do fundo do pelotão, e Oliver Bearman, que conseguiu mais um ponto na sua primeira temporada completa.




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