Dos pilotos que correram na Formula 1 nos anos 80 do século passado, principalmente dos quatro maiores desse tempo, só Alain Prost montou a sua equipa, com sucesso limitado. Nelson Piquet acabou por fazer, mas na GP2 e para o seu filho Nelsinho. Ayrton Senna não teve tempo, e do pelotão de então, um que montou equipa depois de pendurar o capacete foi Keke Rosberg, quando montou o seu Team Rosberg para ao DTM alemão.
Mas um que montou uma equipa e do qual pouco se fala foi Nigel Mansell. Que há 35 anos, em 1990, por incrível que pareça, decidiu aliar-se uma parceria e participar na Formula 3000. Com excelentes resultados, mas também, um desfecho trágico. E é essa história que conto hoje.
Em meados de 1989, Nigel Mansell era piloto da Ferrari, e ia a caminho dos 36 anos, já tinha quase uma década de temporadas em cima, divididas entre Lotus e Williams. Tinha negócios no Algarve - o clube de golfe Pine Cliffs, em Albufeira - e já pensava no pós-carreira quando Jeremy Payne, o seu sócio no clube de golfe e respectivo empreendimento hoteleiro, lhe falou de Robert Synge. Ele era o dono da equipa Madgwick Motorsport, que corria na Formula 3000 International com o sueco Tomas Danielsson, mas tinha "pedigree" anterior, quando tinha ganho a Formula Ford britânica em 1986, com Andy Wallace.
Em meados de 1989, Nigel Mansell era piloto da Ferrari, e ia a caminho dos 36 anos, já tinha quase uma década de temporadas em cima, divididas entre Lotus e Williams. Tinha negócios no Algarve - o clube de golfe Pine Cliffs, em Albufeira - e já pensava no pós-carreira quando Jeremy Payne, o seu sócio no clube de golfe e respectivo empreendimento hoteleiro, lhe falou de Robert Synge. Ele era o dono da equipa Madgwick Motorsport, que corria na Formula 3000 International com o sueco Tomas Danielsson, mas tinha "pedigree" anterior, quando tinha ganho a Formula Ford britânica em 1986, com Andy Wallace.
Apresentados, ambos começaram a delinear uma parceria que daria em casamento, no final de 1989, nascia a Mansell Madgwick Motorspot, que correria com chassis Reynard. Eles teriam carros inscritos em ambas as categorias da Formula 3000, na britânica e na Internacional. Na mais importante, estaria o italiano Andrea Montermini e o francês Jean-Marc Gounon, enquanto na britânica, teriam um carro pilotado pelo português Pedro Matos Chaves, que tinha estado na temporada anterior pela Cobra Motorsport, sem resultados.
Os resultados em 1990 foram interessantes: Chaves ganhou cinco das 10 corridas e foi campeão - ainda participou em quatro corridas da Internacional e conseguiu um quarto lugar na corrida de Birmingham - enquanto na internacional, conseguiram três pódios - o melhor foi um segundo lugar em Nogaro, através de Montermini - e 27 pontos.
Dentro da equipa, cedo surgiram duas visões. Synge, que construíra a sua equipa a pulso, pensava na ideia da Formula 1 com calma, e com os pés assentes na terra. Falava com a Reynard no sentido de construir um projeto nesse sentido - e ele aconteceu, acabando por ser o Benetton B193 - mas Mansell queria ir o mais depressa possível, e se o piloto tiver muito dinheiro, melhor. Por exemplo, ele exigia que os pilotos pagantes tivessem, no minimo, 750 mil libras, algo que Synge via como irrealista.
Cedo ou tarde, ambos iriam colidir em termos de direção da equipa. Em 1991, porém, apostaram mais na Formula 3000 britânica, porque tinham um piloto prometedor: Paul Warwick.
Ele era o irmão mais novo de Derek Warwick - tinham 15 anos de diferença - e em 1991, ele serias acompanhado pelo brasileiro Marco Greco e pelo norueguês Harald Huysman, num carro que iria servir para atrair pilotos pagantes - e foi o que aconteceu.
Warwick arrasou. Nas primeiras quatro corridas, ganhou-as, deixando a concorrência a mais de 20 pontos. Era o franco favorito à vitória quando a competição chegou á ronda cinco, em Oulton Park. Fez a pole, e liderava com folga quando um braço da suspensão se quebrou a mais de 220 km/hora quando abordava a veloz curva Kickerbrook. Embateu com força na barreira de pneus, ele foi cuspido para fora do carro, devido à violência do embate. Socorrido de imediato, foi levado para o hospital em estado critico, acabando por morrer horas depois, aos 22 anos.
Warwick arrasou. Nas primeiras quatro corridas, ganhou-as, deixando a concorrência a mais de 20 pontos. Era o franco favorito à vitória quando a competição chegou á ronda cinco, em Oulton Park. Fez a pole, e liderava com folga quando um braço da suspensão se quebrou a mais de 220 km/hora quando abordava a veloz curva Kickerbrook. Embateu com força na barreira de pneus, ele foi cuspido para fora do carro, devido à violência do embate. Socorrido de imediato, foi levado para o hospital em estado critico, acabando por morrer horas depois, aos 22 anos.
Todos ficaram arrasados com o acontecido, mas Mansell... nem por isso. Em 1991, tinha ido para a Williams, estava a lutar pelo título contra Ayrton Senna e ser co-proprietário de uma equipa tinha ficado para trás. Nunca colocou dinheiro nela, e como afirmou Synge, anos depois, numa entrevista à Autosport britânica: “O Mansell, de fato, nos trouxe bastante atenção num primeiro momento. O problema é que, normalmente, a atenção se resumia ao CEO da empresa querer jantar com ele e depois não dar mais noticias”.
No final de 1991, apesar de Warwick ter sido consagrado como campeão a título póstumo, Synge e Mansell desfizeram a sociedade. Robert Synge venceu todos os títulos da Fórmula 3000 Britânica até 1994, para depois ser consultor na Reynard e ir trabalhar para a BAR na primeira década do século, quando estavam na Formula 1. Quanto a Mansell, o resto é conhecido: campeão na Formula 1, depois na CART, e o regresso na Williams para o final melancólico na McLaren, em 1995.




Sem comentários:
Enviar um comentário