quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Falando de Musica: ainda se lembram dos INXS? (2ª parte)

A 19 de Outubro de 1987, os INXS lançam para o mundo o seu novo álbum: "Kick". As expectativas eram altas, mas o resultado fora maior do que imaginado. O álbum alcançou sucesso mundial, com canções como "New Sensation", "Devil Inside", "Mistify" "Mediate", e a balada "Never Tear Us Apart", cujo video foi rodado na então Checoslováquia, ainda sob sob regime comunista.


Todas estas canções chegaram alto nas tabelas mundiais, e o álbum em si conseguiu vendas mundiais da ordem das 10 milhões de cópias. Mais tarde, ganhou cinco prémios MTV, entre os quais o de melhor video do ano, com "Need You Tonight". Durante boa parte de 1987 e 1988, a banda embarcou num "tour" mundial que os levou à Europa e aos Estados Unidos.


Michael Hutchence era o homem do momento: belo, com carisma, o vocalista (e co-criador das canções, com Andy Farliss) era disputado pelas mulheres do momento. Kyle Minougue, Belinda Carlisle e Helena Christiensen foram três das mulheres que cairam nos braços de Hutchence.


Depois de acabar a digressão de "Kick", A banda preparou-se para o álbum seguinte, que viria a ser outro sucesso: "X". Lançado em 1990, o álbum, que comemorava os 10 anos da banda, teve mais algumas canções que alcançaram sucesso mundial, como "Suicide Blonde" (com um inesquecível solo de harmónica feito por Charley Musselwhite), "Dissapear", e "By My Side". De novo um sucesso mundial, a banda entrou numa nova digressão um pouco pelo mundo. A 13 de Julho de 1991, a banda actuou no Estádio de Wembley, em Londres, perante 72 mil fãs. O concerto resultou mais tarde no lançamento de um álbum ao vivo: "Live Baby Live". Era o apogeu da banda.


Se a década de 90 começava bem, logo a seguir, as coisas começavam a descer. Tentando mudar de rumo, lançaram em 1992, o álbum "Welcome to Wherever You Are". Essa mudança foi bem recebida pela crítica, e foi bem vendido em Inglaterra, mas devido essencialmente à pouca promoção do álbum, falhou nos Estados Unidos. Só para terem uma ideia: eles não fizeram uma digressão, ao contrário do que o habitual. "Heaven Sent", "Baby Don't Cry" e "Taste It" (como video é altamente recomendável...) são algumas das musicas mais famosas desse álbum. Tentaram corrigir o erro, lançando no ano seguinte "Full Moon, Dirty Hearts", mas foi um fracasso total em termos de vendas, apesar de ter "The Gift" como musica e convidados como Ray Charles e Chrissie Hinde, dos The Pretenders.


Após isto, os membros da banda decidiram parar um pouco. Michael Hutchence, entretanto, conheceu e começou a namorar com Paula Yates, então mulher de Bob Geldof. Uma relação tempestuosa em todos os aspectos, e do qual resultou no nascimento da filha Tiger Lily em 1996. Além disso, Hutchence dedicava-se a projectos paralelos. Desde os anos 80 que participava em pequenos papéis em filmes de baixo orçamento na sua Austrália natal, bem como um álbum a solo, que só será lançado em 1999, após a sua morte.


Em Abril de 1997, celebrando os 20 anos da banda, lançam "Elegantly Wasted", que dá o nome à musica de lançamento. Não foi um grande álbum, e em Novembro, a banda estava de regresso à Australia para preparar uma digressão nacional para comemorar o aniversário. Eram ainda uma banda de sucesso na sua terra natal, apesar de no resto do mundo, a sua popularidade tenha desvanecido.


Só um exemplo, contado na versão inglesa da Wikipédia: em 1996, durante os BRIT Awards, Michael Hutchence entregou um dos prémios à banda Oasis, ao que Noel Galagher, na sua típica arrogância, afirmou: "Os que já foram não deviam entregar prémios aos que vão ser". Hoje em dia, perdeu-se o paradeiro quer à banda, quer ao seu vocalista...


A 22 de Novembro de 1997, uma Austrália estupefacta acorda com a noticia da morte de Michael Hutchence, num quarto de hotel em Sydney. A maneira como foi encontrado indicava para um aparente suicídio, mas mais tarde, os detalhes que a policia contou, indicavam que a maneira como o cantor foi encontrado (nu, com um cinto à volta do pescoço) poderiam indicar "asfixia autoerótica". Apesar do relatório da autópsia não clarifique esse aspecto, hoje em dia é a teoria mais aceite.


Os INXS, como banda, terminavam aqui um periodo da sua existência. Nos anos seguintes, continuavam a actuar, com outros vocalistas, como Terence Trent D'Arby e Jon Stevens (foi com esse vocalista que actuaram na cerimónia de encerramento dos Jogos Olimpicos de Sydney, em 2000), mas não lançavam mais álbuns. Só álbuns de "Greatest Hits", como o "Definitive INXS/The Best of INXS", com a que lançaram em 2002, para comemorar os 25 anos da banda.



Em 2004 voltaram à ribalta, desta vez por outras razões: decidiram lançar um "reality-show" nos Estados Unidos para encontrar... um novo vocalista. A 11 de Julho de 2005, a CBS, em conjunto com a VH1 no Reino Unido e a FOX 8 na Austrália, lançaram o "Rock Star: INXS". Após várias eliminatórias, o vencedor foi o canadiano J.D. Fortune.

Sendo assim, a banda foi para estúdio e gravou "Switch", lançado em 2006. Recebendo boas críticas, e com a musica "Pretty Vegas" como single de lançamento, vendeu-se bem no Canadá e Austrália, as vendas nos Estados Unidos não foram boas. Contudo,uma coisa é certa: começavam os INXS 2.0. Será que manterão a herança do anterior?

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu me lembro do Inxs, e achava um banda muito meia boca. Tudo muito ensaiadinho...nos shows tudo parecia perfeito... Sei lá...
Mas... muita gente gostava. Então...
Tomara que a nova formação tenha boa sorte.

Doce Arte disse...

Eu sempre gostei bastante, mas sempre achei a banda meio injustiçada. Depois que Michael morreu, a banda perdeu 90% da graça.

Unknown disse...

Infelizmente a banda morreu com Michael.... triste fim.... de uma das vozes mais belas e espontânea do mundo.... esse J.D Fortune foi um fanfarrão .....achei isso um insulto a memoria do Michael

Unknown disse...

🙄🙄