Há exactamente trinta anos atrás, o campeonato do mundo de Formula 1 tinha a tendência de fugir do frio europeu, emigrando para o Verão austral e apanhando o calor daquelas paragens. Normalmente, a rota começava invariavelmente pela Argentina, no Autódromo Óscar Galvez, baptizado em honra de um herói local (sempre fiquei curioso porque é que não baptizaram com o nome de Juan Manuel Fângio…)
Assim sendo, apesar da Formula 1 partir para uma nova temporada, muitos dos carros eram ainda do ano anterior, pois muitos chassis estavam ainda no projecto, ou em ensaio. Até novas equipas não estavam prontas para enfrentar o resto do pelotão da Formula 1, uma falta que hoje em dia seria imperdoável… não é, Arrows?
Assim sendo, o defeso da temporada 1977/78 foi agitado. Com Niki Lauda de saída da Ferrari, e levando o numero 1 consigo, a caminho da Brabham-Alfa Romeo (cujo motor enorme e pesado era o maior pesadelo de Gordon Murray…), onde iria encontrar o irlandês John Watson como companheiro de equipa. No seu lugar, na Ferrari, o “Commendatore” tinha contratado o jovem e talentoso (e muito fogoso…) canadiano Gilles Villeneuve.
Assim sendo, apesar da Formula 1 partir para uma nova temporada, muitos dos carros eram ainda do ano anterior, pois muitos chassis estavam ainda no projecto, ou em ensaio. Até novas equipas não estavam prontas para enfrentar o resto do pelotão da Formula 1, uma falta que hoje em dia seria imperdoável… não é, Arrows?
Assim sendo, o defeso da temporada 1977/78 foi agitado. Com Niki Lauda de saída da Ferrari, e levando o numero 1 consigo, a caminho da Brabham-Alfa Romeo (cujo motor enorme e pesado era o maior pesadelo de Gordon Murray…), onde iria encontrar o irlandês John Watson como companheiro de equipa. No seu lugar, na Ferrari, o “Commendatore” tinha contratado o jovem e talentoso (e muito fogoso…) canadiano Gilles Villeneuve.
A Lotus tinha um novo sueco: de Gunnar Nilsson passaram a ter Ronnie Peterson, que tinha saído em ruptura quase dois anos antes. Colin Chapman acolheu-o de braços abertos, mas com uma condição: iria ser o segundo piloto de Mario Andretti. Ronnie aceitou, lá partiu para aquela que iria ser a sua última época na Formula 1. Mas isso este pessoal ainda não sabia… quanto ao carro, com o Lotus 79 ainda a ser construído, ficavam-se pelo Lotus 78, uma máquina que tinha provado ser um excelente carro na época anterior.
Na Tyrrell, o "tio Ken" livrava-se do P34 de seis rodas, pois a Goodyear não lhe dava os pneus que queria. Assim sendo, desenhou o Tyrrell 008, mais convencional, mas convincente para Patrick Depailler, que tinha um estreante ao seu lado: o seu compatriota Didier Pironi, meio-irmão de outro piloto francês, José Dolhem, piloto da Surtees uns anos antes.
A Williams, no início de 1978, era uma pobre equipa, quase de fundo de pelotão, com um só carro para a revelação do ano 1977: Alan Jones. Depois das suas façanhas na Shadow, no ano anterior (culminadas com uma vitória na Áustria), muito olhavam a sua passagem para a equipa de Frank Williams como “uma passagem de cavalo para burro”. Mas as coisas na Shadow não andavam muito bem…
Depois de um “Inverno quente”, onde Alan Rees, Franco Ambrósio, Jackie Oliver e outros queriam tomar posse da Shadow, sem resultados, esta ficou debilitada com a saída desta gente toda para a fundar a Arrows. Levam consigo o talentoso italiano Riccardo Patrese, e contratam em seu lugar o alemão Hans Stuck e o suíço Clay Reggazoni, esperando que os resultados do ano anterior se repitam, agora sem aquele grupo de colaboradores…
Com isto tudo e muito mais, pilotos e máquinas preparam-se para o primeiro Grande Prémio da época, em Buenos Aires. Nos treinos, Mário Andretti mostra que o Lotus 78 ainda se mostra competitivo, fazendo a “pole-position”. Mas ao seu lado mostra-se o piloto local, Carlos Reutmann, que com o seu Ferrari 312 T2, fica na segunda posição, pairando como que uma sombra sobre o Lotus do piloto ítalo-americano… Na segunda fila da grelha, estão o sueco Ronnie Peterson e o Brabham - Alfa Romeo de John Watson. Na terceira fila estão o Brabham de Niki Lauda e o McLaren de James Hunt. Emerson Fittipaldi, lutando contra um Copersucar pouco fiável, fica na 17ª posição, em 24 possíveis.
Na partida, Andretti vai logo para a frente, seguido por Reutmann e Ronnie Peterson. Logo atrás, vem Watson e o Ligier de Jacques Laffite, que dá um pulo da oitava para a quinta posição. Ao longo da corrida, Andretti praticamente não tem oposição, pois esta não tem capacidade para o alcançar: Reutmann atrasou-se e fica em sétimo, fora dos pontos; o seu companheiro Peterson cai para quinto, Lauda anda o tempo todo a defender-se dos ataques de Patrick Depailler para conseguir o segundo lugar, enquanto que o francês consola-se com o terceiro lugar. Hunt foi quarto, e a fechar os pontos fica o segundo McLaren, do francês Patrick Tambay.
E foi assim como abriu o Mundial de Formula 1, há exactamente 30 anos atrás.
2 comentários:
fico só imaginando como era antes com estas corridas começando cedo e em algumas temporadas indo até o final do ano...
Como eram feios os carros do começo da temporada de 78! Essa Brabham era horrível, com detalhes em branco. As Lotus ficariam lindas, com a vinda do novo modelo. Mas havia uma 'praga' de radiadores de óleo no bico do carro, que os tornava muito feios.
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