domingo, 13 de janeiro de 2008

O piloto do dia - Gianni Morbidelli

Hoje este homem chegou à casa dos 40. Mas no inicio da década de 90, ainda jovem, foi considerado como uma das promessas italianas para a Formula 1. Tanto que a Ferrari o contratou para piloto de testes, no inicio da sua carreira de piloto. De 1990 a 1997, percorreu várias equipas de Formula 1, como a Dallara, a Minardi, a Arrows, a Sauber, mas também deu uma perninha à Ferrari, como piloto substituto de... Alain Prost!



Pois é: hoje falo de Gianni Morbidelli, que faz hoje 40 anos.



Nascido a 13 de Janeiro de 1968 em Pesaro, no centro de Itália, era filho de Gianclarlo Morbidelli, fundador da marca de motocicletas que levam o seu apelido. Em vez de abraçar uma carreira nas duas rodas, perferiu as quatro. Começou a carreira em 1980, no karting, onde alcançou bons resultados até 1986. No ano seguinte, dá o salto para os monolugares, onde ele correrá na Formula 3 italiana. No primeiro ano é sexto e torna-se no "Rookie do Ano", no ano seguinte ganha uma corrida e fica na quinta posição. Mas em 1989 é a sua coroa de glória: vence o campeonato nacional e o Europeu da categoria.



Isso faz com que seja visto pela Ferrari e seja contratado para piloto de testes, para 1990, enquanto corre na Formula 3000 europeia. Contudo, ainda antres disso, Morbidelli estreia-se na Formula 1, substituindo Emmanuelle Pirro, que estava adoentado, na Scuderia Dallara. Correu nas duas primeiras provas, em Phoenix e em Interlagos, onde consegue como melhor resultado um 14º lugar. ainda irá correr nas duas provas finais desse ano, pela Minardi, mas nada consegue.



Nesse ano, acaba em quinto lugar no campeonato europeu de Formula 3000, com uma vitória bno circuito de Enna-Pergusa, no sul de Itália. E em 1991, começa a tempo inteiro na Formula 1, ao volante de uma Minardi, que estava equipado com motores Ferrari (era o acordo que Maranello e Faenza tinham feito: motores de graça em troca por um piloto nosso...). O acordo até foi razoável, mas Morbidelli não conseguiu melhor do que um sétimo lugar no México. Contudo, no final da época, teve que ser chamado às pressas a Maranello para pilotar o Ferrari numero 27, para substituir... Alain Prost!



Num Grande Prémio marcado pela imensa chuva, Morbidelli teve oportunidade de fazer o seu melhor em apenas 14 voltas, onde estava, por alturas em que a prova foi interrompida, na sexta posição. Resultado: como os regulamentos da Formula 1 apenas permitem metade dos pontos, casdo a prova seja interrompida antes que se alcance os 90 por cento da duração prevista, Morbidelli apenas conseguiu 0,5 pontos. Esse meio ponto, ao serviço da Ferrari, fez com que terminasse a temporada na 24ª posição do campeonato.



Em 1992, regressa à Minardi para alinhar nessa temporada, mas em 16 tentativas, o melhor que consegue é um sétimo lugar no GP do Brasil, ficando à porta dos pontos. Sem pontuar, abandona temporariamente a Formula 1 em 1993, aproveitando para correr no Superturismo italiano, ao serviço da Alfa Romeo. Pelo meio, aproveitou para cortar laços com a Ferrari, cansado de se ver preterido a favor de outros compatriotas, como Ivan Capelli e Nicola Larini. Apesar de tudo, no final desse ano tentou um regresso à Formula 1, através da Arrows, algo que conseguiu.



Em 1994, torna-se companheiro de equipa do brasileiro Christian Fittipaldi, e consegue algus resultados de relevo, quer na grelha de partida (foi sexto no Brasil), que no resultado final (o melhor que conseguiu foi ser quinto no GP da Alemanha. no final da temporada, Morbidelli consegue três pontos, ficando na 22ª posição na tabela de pilotos. Uma optima temporada para ele, no "Annus Horribilis" da Formula 1.



Assim sendo, continua na Arrows em 1995, mas numa equipa pequena, lutando por recursos para sobreviver, Morbidelli por vezes teve que se sacrificar em nome da sobrevivência da equipa. E foi o que aconteceu quando foi substituido pelo seu compatriota Max Papis após o GP da França, isto após ter sido sexto clasificado no GP do Canadá. Regressou para as três últimas corridas do ano, no Extremo Oriente e na Australia. Bem a tempo da sua melhor façanha na Formula 1.



Numa altura em que a Formula 1 se despedia do circuito de Adelaide, e numa corrida que foi devastadora para os pilotos da frente, Gianni Morbidelli aproveitou os erros e os probelmas ods outros para alcançar algo inédito para ele e algo que a sua equipa não conseguia desde 1989: chegar ao pódio. Numa corrida em que o vencedor, Damon Hill, deu duas voltas ao segundo classificado, o francês Olivier Panis, Morbidelli completou o pódio, proporcionando um momento de alegria à equipa. No final, esses cinco pontos fizeram com que o piloto italiano fosse 14º classificado no Mundial de pilotos.



Contudo, isso não o impediu de conseguir um lugar como piloto titular na Formula 1 para 1996. O melhor que conseguiu foi ser piloto de testes na Jordan. Em 1997, a Sauber tinha motores Ferrari, e tinha que alinhar com um piloto italiano, como parte do acordo. Sendo assim, de inicio, Nicola Larini é chamado para fazer esse papel, mas sem "tarimba", e para piorar as coisas, ganha fama de piloto conflituoso dentro da equipa, é substituido por Morbidelli a meio do ano. Primeiro, corre apenas duas corridas, em Espanha e no Canadá, onde é substituido pelo argentino Norberto Fontana, mas regressa para fazer seis provas ao serviço da equipa de Peter Sauber. O melhor que consegue são três nonos lugares. No final dessa temporada, abandona de vez a Formula 1.



A sua carreira na Formula 1: 70 Grandes Prémios, em seis temporadas (1990-92, 1994-95, 1997), um pódio, 8,5 pontos.



Após a sua passagem pela Formula 1, dedica-se aos Superturismos: primeiro no BTCC, ao volante da Volvo, onde não alcança grande sucesso. Mais tarde, em 2001, vai para o ETCC (European Touring Car Championship), onde ao voltante de um BMW, alcança a terceira posição do campeonato. No ano seguinte, vai para a Le Mans Series, onde corre com um Dodge Viper, e dois anos mais tarde, volta para a WTCC, onde é contratado pela Alfa Romeo para dar um ar da sua graça pelas pistas, sem resultados de relevo. Actualmente, está no Superturismo italiano,onde ao volante de um Audi, mostra que as suas qualidades de piloto ainda se mantêm intactas. Auguri, Gianni!


Fontes:


1 comentário:

João Carlos Viana disse...

Obrigado pela citação!
Abraços!