A marca de Estugarda, antes de ganhar a sua reputação nas corridas de Endurance, nomeadamente nas 24 Horas de Le Mans, através de modelos míticos como o 908, o 917, o 935, o 956 ou o 962, entre outros, teve uma passagem relativamente discreta pela Formula 1, como construtor. O auge aconteceu em 1962, quando venceu a sua única corrida (até à data), às mãos do americano Dan Gurney. Essa vitória aconteceu graças ao modelo 804, que é hoje o Bólide do dia.
A Porsche envolveu-se nos monolugares em 1958, através do modelo 718, que tinha um motor de quatro cilindros arrefecido a ar, que servia para a Formula 2. Pilotos como os alemães Wolfgang Von Trips e Gerhard Mitter, o sueco Jo Bonnier, e o holandês Carel Godin de Beaufort, guiaram o modelo 718, que fora modificado para as características da Formula 1, mas que muitas vezes ficavam nas últimas filas da grelha.
Em 1961, mudaram para o modelo 787, e contrataram o americano Dan Gurney e o sueco Jo Bonnier para serem os pilotos oficiais da marca. Gurney deu quatro pódios (todos segundos lugares) à marca, conseguindo 21 dos 24 pontos que a Porsche iria alcançar naquele ano, conseguindo o terceiro lugar no campeonato de Construtores, numa temporada dominada pelo Ferrari Tipo 156 “Nariz de Tubarão”.
Em 1962, a marca de Estugarda decide construir um modelo mais consentâneo com a então regulamentação dos motores de 1.5 Litros, e também no sentido de tentarem ganhar a sua primeira prova na formula 1. É assim que nasce o modelo 804. Equipado com um motor de oito cilindros em linha, refrigerado a ar, tem uma potência estimada em 180 cavalos, às 9200 rotações por minuto, alcançando a velocidade máxima de 270 km/hora. O chassis era simples, de alumínio, sem ser em monocoque, algo que tinha sido revelado nesse ano pelo Lotus 25. e tinha uma entrada de ar pequena.
Nesse ano, a Porsche manteve a dupla Dan Gurney e Jo Bonnier, esperançada que poderiam alcançar aquilo que aspiravam: a vitória. Estreado no GP da Holanda, em Zandvoort, nenhum dos dois carros chega ao fim. No Mónaco, somente Gurney usou o 804, e não chegou também ao fim. Isso significou que o carro voltasse à fabrica de Estugarda para fazer melhorias, falhando o GP seguinte, do da Bélgica, em Spa-Francochamps.
Quando o carro voltou, no circuito francês de Rouen, as melhorias tinham sido grandes. Gurney classifica-se no sexto lugar nos treinos, e Bonnier no nono posto. Na corrida, salta para o terceiro posto, atrás do seu compatriota Richie Ginther, mas pouco depois, ultrapassa-o e vence categoricamente a corrida, com um avanço de uma volta(!) sobre o segundo classificado, o Cooper-Climax do sul-africano Tony Maggs.
Cerca de um mês depois, Gurney leva o carro para o GP de Solitude, perto de Estugarda. Chamado de “mini-Nurburgring” pelos locais, era o local ideal para os modelos se exibirem. Na corrida, Gurney repetiu o feito, e deu à marca uma grande vitória em sua casa, solidificando a reputação da Porsche nas pistas. Algumas semanas depois, Dan Gurney repete outro feito, no verdadeiro Nurbrurgring, quando consegue a “pole-position”. Na corrida, batalha com o BRM de Graham Hill e com o Lola de John Surtees pela vitória, mas no final, tem que se contentar com o terceiro posto.
Contudo, apesar dos bons resultados, os tempos naquela casa não eram muito bons para apostar na competição. Os custos eram algo elevados, com pouco retorno, e os interesses na Formula 1 nunca tinham sido muito grandes. Para além disso, preparavam o sucessor do muito bem sucedido modelo 356, o 911, e estavam cada vez mais atraídos pelas corridas de Endurance, como as 24 Horas de Le Mans. No final de 1962, a Porsche retirou-se como equipa de fábrica, para não mais voltar, e a partir dali, os sucessos desportivos fizeram-se nas provas de longa distância.
Chassis: Porsche 804
Motor: Porsche de 1.5 Litros, oito cilindros em linha.
Pilotos: Dan Gurney e Jo Bonnier
Corridas: 7
Vitórias: 1 (Gurney 1)
Pole-Positions: 1 (Gurney 1)
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 18 (Gurney 15, Bonnier 3)
Fontes:
http://www.f1technical.net/f1db/cars/164
http://www.ultimatecarpage.com/car/704/Porsche-804.html
http://www.geocities.com/iamsic666/Special_Autos.html?1113869559228
A Porsche envolveu-se nos monolugares em 1958, através do modelo 718, que tinha um motor de quatro cilindros arrefecido a ar, que servia para a Formula 2. Pilotos como os alemães Wolfgang Von Trips e Gerhard Mitter, o sueco Jo Bonnier, e o holandês Carel Godin de Beaufort, guiaram o modelo 718, que fora modificado para as características da Formula 1, mas que muitas vezes ficavam nas últimas filas da grelha.
Em 1961, mudaram para o modelo 787, e contrataram o americano Dan Gurney e o sueco Jo Bonnier para serem os pilotos oficiais da marca. Gurney deu quatro pódios (todos segundos lugares) à marca, conseguindo 21 dos 24 pontos que a Porsche iria alcançar naquele ano, conseguindo o terceiro lugar no campeonato de Construtores, numa temporada dominada pelo Ferrari Tipo 156 “Nariz de Tubarão”.
Em 1962, a marca de Estugarda decide construir um modelo mais consentâneo com a então regulamentação dos motores de 1.5 Litros, e também no sentido de tentarem ganhar a sua primeira prova na formula 1. É assim que nasce o modelo 804. Equipado com um motor de oito cilindros em linha, refrigerado a ar, tem uma potência estimada em 180 cavalos, às 9200 rotações por minuto, alcançando a velocidade máxima de 270 km/hora. O chassis era simples, de alumínio, sem ser em monocoque, algo que tinha sido revelado nesse ano pelo Lotus 25. e tinha uma entrada de ar pequena.
Nesse ano, a Porsche manteve a dupla Dan Gurney e Jo Bonnier, esperançada que poderiam alcançar aquilo que aspiravam: a vitória. Estreado no GP da Holanda, em Zandvoort, nenhum dos dois carros chega ao fim. No Mónaco, somente Gurney usou o 804, e não chegou também ao fim. Isso significou que o carro voltasse à fabrica de Estugarda para fazer melhorias, falhando o GP seguinte, do da Bélgica, em Spa-Francochamps.
Quando o carro voltou, no circuito francês de Rouen, as melhorias tinham sido grandes. Gurney classifica-se no sexto lugar nos treinos, e Bonnier no nono posto. Na corrida, salta para o terceiro posto, atrás do seu compatriota Richie Ginther, mas pouco depois, ultrapassa-o e vence categoricamente a corrida, com um avanço de uma volta(!) sobre o segundo classificado, o Cooper-Climax do sul-africano Tony Maggs.
Cerca de um mês depois, Gurney leva o carro para o GP de Solitude, perto de Estugarda. Chamado de “mini-Nurburgring” pelos locais, era o local ideal para os modelos se exibirem. Na corrida, Gurney repetiu o feito, e deu à marca uma grande vitória em sua casa, solidificando a reputação da Porsche nas pistas. Algumas semanas depois, Dan Gurney repete outro feito, no verdadeiro Nurbrurgring, quando consegue a “pole-position”. Na corrida, batalha com o BRM de Graham Hill e com o Lola de John Surtees pela vitória, mas no final, tem que se contentar com o terceiro posto.
Contudo, apesar dos bons resultados, os tempos naquela casa não eram muito bons para apostar na competição. Os custos eram algo elevados, com pouco retorno, e os interesses na Formula 1 nunca tinham sido muito grandes. Para além disso, preparavam o sucessor do muito bem sucedido modelo 356, o 911, e estavam cada vez mais atraídos pelas corridas de Endurance, como as 24 Horas de Le Mans. No final de 1962, a Porsche retirou-se como equipa de fábrica, para não mais voltar, e a partir dali, os sucessos desportivos fizeram-se nas provas de longa distância.
Chassis: Porsche 804
Motor: Porsche de 1.5 Litros, oito cilindros em linha.
Pilotos: Dan Gurney e Jo Bonnier
Corridas: 7
Vitórias: 1 (Gurney 1)
Pole-Positions: 1 (Gurney 1)
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 18 (Gurney 15, Bonnier 3)
Fontes:
http://www.f1technical.net/f1db/cars/164
http://www.ultimatecarpage.com/car/704/Porsche-804.html
http://www.geocities.com/iamsic666/Special_Autos.html?1113869559228
4 comentários:
aquellos coches eran lujosos no para correr pero daban la talla
Um dos meus F1 favoritos...
Carros de verdade!!!
Tinha que ter um bem grande pra domar e mandar num desses aí!!!
- Muito Provavel que se a Porsche continuasse a investir na F1 teria resultados ainda melhores. Pequena que nessa época a F1 já era um cara e não dava muito retorno.
A fábrica de Stuttgart tinha que direcionar seus investimentos em uma direção, e o fez priorizando as provas de longa duração Tornando o Sobrenome Porsche um mitico nas pistas de todo mundo.
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