segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Historieta da Formula 1: Fluvio Ballabio na Spirit

Há uns tempos atrás, o Rianov perguntou-me se tinha algum elemento sobre um tal de Fluvio Maria Ballabio. Disse-lhe que infelizmente não o podeira ajudar nesse aspecto, mas ele deixou-me com a pulga atrás da orelha. Depois de pesquisar, fui ao site do Pandini, e soube que esse Ballabio era o outro piloto que testara o Spirit-Hart em Dezembro de 1983, ao lado de Emerson Fittipaldi.



E mais: era Ballabio que trouxe naquele teste os patrocinios do... Pateta e do Rato Mickey. A razão pela qual isso aconteceu, foi que o pai de Ballabio era o presidente do Grupo Mondadori, uma editora de Milão que detinha os direitos de algumas das personagens de Walt Disney em Itália.






Nessa altura, ele já tinha quase 30 anos, e tinha corrido na Formula 2 na temporada de 1983 com um chassis AGS, contra adversários como Jo Gartner, Philippe Alliot ou Christian Danner, entre outros. Curiosamente, todos eles conseguiram um lugar na Formula 1 nesse ano...






E nesse Dezembro de 1983, a Formula 1 fazia os primeiros testes colectivos para temporada que aí vinha, no circuito brasileiro de Jacarépaguá. Nesse teste colectivo iriam perticipar cinco pilotos brasileiros: Nelson Piquet, no seu Brabham como recém-campeão do Mundo, Emerson Fittipaldi, dando umas voltas no Spirit, Roberto Moreno, como piloto de testes da Lotus, e um jovem Ayrton Senna, já contratado como piloto da Toleman.




Nesses testes colectivos, onde o melhor foi , Fittipaldi tirou o tempo de 1.37,20, com o 17º tempo entre os demais, enquanto que Fluvio Ballabio foi apenas três segundos mais lento que Fittipaldi, e ficou com o 21º e penultimo tempo.



Fittipaldi ficou desmotivado, e virou-se meses depois para a CART, onde conheceu uma segunda vida, vencendo as 500 Milhas de Indianápolis por duas vezes, e Ballabio continuou a testar pela Spirit em Brands Hatch e Monza. Segundo ele, "o chassis era terrível, mas o motor até tinha alguma potência". O motor era o Hart Turbo, de quatro cilindros em linha, mas eram piores que os existentes na Toleman...

Depois desses testes, tudo indicava que Ballabio iria estrear-se na formula 1, mas a CSAI, a Comissão Desportiva Italiana, resolvou vetar a Super-Licença a Ballabio. Segundo ele, foi por razões politicas, pois perferiam que aquele lugar fosse ocupado por Mauro Baldi, então sem lugar depois de ter saido da Alfa Romeo. No final de 1984, Ballabio foi para a IMSA e depois para a CART, onde ficou por três anos, sem grandes resultados.


Esta "historieta", e muitas outras, claro, podem encontrá-la no blog do Rianov Albinov, o F1 Nostalgia.

Sem comentários: