O carro do qual hoje falo é o último feito pela Brabham sem ser em monocoque, e representou uma época de transição na Brabham, representativa da era em que se vivia. É o primeiro chassis que leva asas, é o último que recebe os motores Repco, e depois adere aos motores Cosworth, que implica imediatamente melhores resultados desportivos, e acolhe dois dos melhores pilotos de então, Jochen Rindt e Jacky Ickx, bem como dá a Piers Courage e a Frank Williams os seus lampejos de glória. Hoje é dia de falar do Brabham BT26.
No final de 1967, a Brabham é a melhor equipa de uma era que tinha entrado em força: a dos motres de 3 litros. Jack Brabham vence o seu segundo título de construtores, mas no caso dos pilotos, o seu companheiro Dennis Hulme leva a melhor sobre ele, dando à Nova Zelândia o seu unico título de pilotos. Contudo, sabia-se que o motor Cosworth V8, que tinham os Lotus, tinha muito maior potêncial do que os Repco V8, preparados na Austrália, a partir de uma base Chevrolet V8. Mesmo assim, Ron Tauranac, o seu fiel projectista, decidiu projectar uma evolução do BT24, o carro da equipa na temporada de 1967.
O Brabham BT26 era uma evolução natural do BT24, mais leve e aproveitando o que de bom tinha desse chassis. Contudo, Tauranac não quis construir este chassis em monocoque, pois assim arriscaria tornar o carro mais pesado, já que o motor Repco V8 era mais pesado do que os Cosworth V8, apesar de no inicio de 1968, esse motor ter sido redesenhado por um jovem técnico inglês, de seu nome John Judd, que os fez emagrecer em 50 quilos, e lhes aumentou a potência até perto dos 450 cavalos.
Entretanto, na equipa, Dennis Hulme recebeu um convite tentador do seu compatriota Bruce McLaren para correr com ele. Quando ele disse que iria ter os motores Cosworth, Hulme decidiu aceitar o convite, e Brabham decidiu substitui-lo por um jovem que corria com os seus carros na Formula 2, enquanto corria com os Cooper na Formula 1. Era Jochen Rindt.
Foram construidos cinco chassis BT26. O primeiro ficou pronto para estrear no GP de Espanha de 1968, às mãos de Jack Brabham, mas este não começou a corrida. Aliás, a temporada de 1968 foi um desastre para a Brabham, pois o carro era rápido, com Rindt a conseguir duas "pole-positions", mas somente terminou uma vez com o BT26, no tempestuoso GP da Alemanha, no terceiro lugar, à frente de Jack Brabham, que foi quinto. No final do ano, um terceiro chassis tinha sido montado, e Brabham decidiu trocar os Repco V8 pelos Cosworth V8.
Enquanto isso, Rindt saiu da equipa e foi para a Lotus, correr ao lado de Graham Hill. Brabham foi buscar outro jovem, o belga Jacky Ickx, para correr a seu lado. Entretanto, Brabham vendeu um chassis a um herdeiro escocês das cervejas chamado Piers Courage, que tinha como director de equipa um jovem e determinado britânico chamado Frank Williams. A equipa foi montada e também conseguiram motores Cosworth, ajudando a conseguir mais pontos e melhores resultados de conjunto.
Ickx venceu duas corridas pela equipa, uma delas no famoso Nurburgring, um dos circuitos de eleição do belga ao longo da sua carreira, em claro contraste com Jack Brabham, que viu parte dessa temporada condicionada com um acidente durante uma sessão de testes, onde tinha fraturado o tornozelo e ficado afastado por três corridas. No final desse ano dominado pelo Matra de Jackie Stewart, Ickx foi vice-campeão, conseguindo mais duas pole-positions, os mesmos que conseguiu Jack Brabham. E Piers Courage ainda deu nas vistas, conseguindo mais dois pódios.
No final do ano, Brabham e Tauranac decidiram fazer pela primeira vez um chassis monocoque, enquanto que ele próprio, já no alto dos seus 43 anos, pensava reformar-se. Queria Rindt de volta, mas Colin Chapman não o deixava, e este aumentou o salário do austriaco e lhe deu estatuto de primeiro piloto para que este ficasse na equipa. Rindt hesitou, devido aos receios que tinha acerca da periculosidade dos seus chassis, mas decidiu ficar. Quanto a "Black Jack", depois de ver Jacky Ickx voltar para a Ferrari, decidiu correr por mais um ano, tentando por uma última vez chegar ao quarto título mundial.
Ficha Técnica:
Chassis: Brabham BT26
Projectista: Ron Tauranac
Motor: Repco V8 de 3 litros (1968) Cosworth V8 de 3 litros (1969)
Pilotos: Jack Brabham, Jochen Rindt, Jacky Ickx, Piers Courage
Corridas: 20
Vitórias: 2 (Ickx 2)
Pole-Positions: 6 (Brabham 2, Ickx 2, Rindt 2)
Voltas Mais Rápidas: 4 (Ickx 3, Brabham 1)
Pontos: 73 (Ickx 37, Courage 16, Brabham 16, Rindt 4)
Fontes:
http://www.conceptcarz.com/vehicle/z3321/Brabham-BT29.aspx
http://www.race-cars.com/utility/addlhist/brabhm26.htm
No final de 1967, a Brabham é a melhor equipa de uma era que tinha entrado em força: a dos motres de 3 litros. Jack Brabham vence o seu segundo título de construtores, mas no caso dos pilotos, o seu companheiro Dennis Hulme leva a melhor sobre ele, dando à Nova Zelândia o seu unico título de pilotos. Contudo, sabia-se que o motor Cosworth V8, que tinham os Lotus, tinha muito maior potêncial do que os Repco V8, preparados na Austrália, a partir de uma base Chevrolet V8. Mesmo assim, Ron Tauranac, o seu fiel projectista, decidiu projectar uma evolução do BT24, o carro da equipa na temporada de 1967.
O Brabham BT26 era uma evolução natural do BT24, mais leve e aproveitando o que de bom tinha desse chassis. Contudo, Tauranac não quis construir este chassis em monocoque, pois assim arriscaria tornar o carro mais pesado, já que o motor Repco V8 era mais pesado do que os Cosworth V8, apesar de no inicio de 1968, esse motor ter sido redesenhado por um jovem técnico inglês, de seu nome John Judd, que os fez emagrecer em 50 quilos, e lhes aumentou a potência até perto dos 450 cavalos.
Entretanto, na equipa, Dennis Hulme recebeu um convite tentador do seu compatriota Bruce McLaren para correr com ele. Quando ele disse que iria ter os motores Cosworth, Hulme decidiu aceitar o convite, e Brabham decidiu substitui-lo por um jovem que corria com os seus carros na Formula 2, enquanto corria com os Cooper na Formula 1. Era Jochen Rindt.
Foram construidos cinco chassis BT26. O primeiro ficou pronto para estrear no GP de Espanha de 1968, às mãos de Jack Brabham, mas este não começou a corrida. Aliás, a temporada de 1968 foi um desastre para a Brabham, pois o carro era rápido, com Rindt a conseguir duas "pole-positions", mas somente terminou uma vez com o BT26, no tempestuoso GP da Alemanha, no terceiro lugar, à frente de Jack Brabham, que foi quinto. No final do ano, um terceiro chassis tinha sido montado, e Brabham decidiu trocar os Repco V8 pelos Cosworth V8.
Enquanto isso, Rindt saiu da equipa e foi para a Lotus, correr ao lado de Graham Hill. Brabham foi buscar outro jovem, o belga Jacky Ickx, para correr a seu lado. Entretanto, Brabham vendeu um chassis a um herdeiro escocês das cervejas chamado Piers Courage, que tinha como director de equipa um jovem e determinado britânico chamado Frank Williams. A equipa foi montada e também conseguiram motores Cosworth, ajudando a conseguir mais pontos e melhores resultados de conjunto.
Ickx venceu duas corridas pela equipa, uma delas no famoso Nurburgring, um dos circuitos de eleição do belga ao longo da sua carreira, em claro contraste com Jack Brabham, que viu parte dessa temporada condicionada com um acidente durante uma sessão de testes, onde tinha fraturado o tornozelo e ficado afastado por três corridas. No final desse ano dominado pelo Matra de Jackie Stewart, Ickx foi vice-campeão, conseguindo mais duas pole-positions, os mesmos que conseguiu Jack Brabham. E Piers Courage ainda deu nas vistas, conseguindo mais dois pódios.
No final do ano, Brabham e Tauranac decidiram fazer pela primeira vez um chassis monocoque, enquanto que ele próprio, já no alto dos seus 43 anos, pensava reformar-se. Queria Rindt de volta, mas Colin Chapman não o deixava, e este aumentou o salário do austriaco e lhe deu estatuto de primeiro piloto para que este ficasse na equipa. Rindt hesitou, devido aos receios que tinha acerca da periculosidade dos seus chassis, mas decidiu ficar. Quanto a "Black Jack", depois de ver Jacky Ickx voltar para a Ferrari, decidiu correr por mais um ano, tentando por uma última vez chegar ao quarto título mundial.
Ficha Técnica:
Chassis: Brabham BT26
Projectista: Ron Tauranac
Motor: Repco V8 de 3 litros (1968) Cosworth V8 de 3 litros (1969)
Pilotos: Jack Brabham, Jochen Rindt, Jacky Ickx, Piers Courage
Corridas: 20
Vitórias: 2 (Ickx 2)
Pole-Positions: 6 (Brabham 2, Ickx 2, Rindt 2)
Voltas Mais Rápidas: 4 (Ickx 3, Brabham 1)
Pontos: 73 (Ickx 37, Courage 16, Brabham 16, Rindt 4)
Fontes:
http://www.conceptcarz.com/vehicle/z3321/Brabham-BT29.aspx
http://www.race-cars.com/utility/addlhist/brabhm26.htm
2 comentários:
Eu adoro esse carro, é justamente um dos meus favoritos do GPL.
Matéria Sensacional !!! PArabens!!
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