Mesmo que hoje em dia o risco nas corridas de automóveis esteja num mínimo aceitável para todos, ela não está, e nunca estará, extinta. E o melhor exemplo foi o que aconteceu neste fim de semana, com dois acidentes mortais em dois eventos diferentes. E um deles foi no Nurburgring Nordschleife.
No primeiro caso, aconteceu ao piloto alemão Leo Löwenstein, de 42 anos, que guiava um Aston Martin Vantage nas 4 Horas de Nurburgring. Na volta 22, quando tentava uma ultrapassagem, perdeu o controle e bateu nele com violência, para depois bater nos rails de protecção, pegando fogo. Apesar das equipas de socorro terem conseguido chegar rapidamente, o piloto ficou preso no carro e acabou por morrer devido ao fumo inalado. Por causa disso, a corrida foi concluida antes de tempo.
A corrida em questão fazia parte do VLN, que no seu original alemão significa "Veranstaltergemeinschaft Langstreckenpokal Nürburgring", mas numa tradução aproximada, significa uma competição de clubes à volta do mitico circuito. São eles que também organizam as 24 Horas do mesmo circuito.
Acho que todos sabem como é que o Nordschleife funciona: por 30 euros, tem direito a dar umas voltas no circuito de 22 quilómetros. E vocês já viram filmes no Youtube e noutros suportes o pessoal a acelerar os seus carros, muitos deles simples modelos de estrada, guiando que nem Schumachers. Mas se no passado, quando havia a Formula 1 e Jackie Stewart o chamou de "Inferno Verde", esses pilotos experimentados temiam as curvas e contracurvas, acho que estes mais "amadores" deveriam ter o mesmo respeito.
O acidente acontece um dia depois de um outro, no circuito do Dubai, em que o belga Christophe Hissete, de 29 anos, morreu após ser vitima de um grave acidente numa sessão de treinos de um evento semelhante, onde bateu forte no muro e o seu carro pegou fogo. Ambos estes acodentes aconteceram uma semana depois de ver Sebastien Buemi a perder as rodas da frente nos treinos livres do GP da China, e da sua prima, Natascha Ganchang, a partir a perna direita num acidente na qualificação para a prova de GT1 em Abu Dhabi.
Fico com a impressão que esse respeito que as pessoas devem ter com os perigos do automobilismo já se tenha perdido. Numa era de "Gran Turismos" na Plystations, o pessoal testa os seus limites, ganhando uma agressividade cada vez maior nas manobras de ultrapassagem aos outros pilotos. O respeito que os pilotos devem ter pelos perigos que o automobilismo acarreta, deveria ser o suficiente para que se comportem na pista de forma responsável, e não fazer tudo a qualquer preço.
Espero que esse meu temor seja um simples disparate e que estes eventos não sejam mais do que uma sequência de acidentes infelizes, com maus resultados em termos humanos. Mas isto vem dizer-nos, mais uma vez, que o automobilismo, sendo agora um desporto que é praticado por muita gente, não deixa de ter os seus perigos. Não se esqueçam disto: há menos de um ano o Felipe Massa apanhou o maior susto da sua vida por causa de uma simples mola...
No primeiro caso, aconteceu ao piloto alemão Leo Löwenstein, de 42 anos, que guiava um Aston Martin Vantage nas 4 Horas de Nurburgring. Na volta 22, quando tentava uma ultrapassagem, perdeu o controle e bateu nele com violência, para depois bater nos rails de protecção, pegando fogo. Apesar das equipas de socorro terem conseguido chegar rapidamente, o piloto ficou preso no carro e acabou por morrer devido ao fumo inalado. Por causa disso, a corrida foi concluida antes de tempo.
A corrida em questão fazia parte do VLN, que no seu original alemão significa "Veranstaltergemeinschaft Langstreckenpokal Nürburgring", mas numa tradução aproximada, significa uma competição de clubes à volta do mitico circuito. São eles que também organizam as 24 Horas do mesmo circuito.
Acho que todos sabem como é que o Nordschleife funciona: por 30 euros, tem direito a dar umas voltas no circuito de 22 quilómetros. E vocês já viram filmes no Youtube e noutros suportes o pessoal a acelerar os seus carros, muitos deles simples modelos de estrada, guiando que nem Schumachers. Mas se no passado, quando havia a Formula 1 e Jackie Stewart o chamou de "Inferno Verde", esses pilotos experimentados temiam as curvas e contracurvas, acho que estes mais "amadores" deveriam ter o mesmo respeito.
O acidente acontece um dia depois de um outro, no circuito do Dubai, em que o belga Christophe Hissete, de 29 anos, morreu após ser vitima de um grave acidente numa sessão de treinos de um evento semelhante, onde bateu forte no muro e o seu carro pegou fogo. Ambos estes acodentes aconteceram uma semana depois de ver Sebastien Buemi a perder as rodas da frente nos treinos livres do GP da China, e da sua prima, Natascha Ganchang, a partir a perna direita num acidente na qualificação para a prova de GT1 em Abu Dhabi.
Fico com a impressão que esse respeito que as pessoas devem ter com os perigos do automobilismo já se tenha perdido. Numa era de "Gran Turismos" na Plystations, o pessoal testa os seus limites, ganhando uma agressividade cada vez maior nas manobras de ultrapassagem aos outros pilotos. O respeito que os pilotos devem ter pelos perigos que o automobilismo acarreta, deveria ser o suficiente para que se comportem na pista de forma responsável, e não fazer tudo a qualquer preço.
Espero que esse meu temor seja um simples disparate e que estes eventos não sejam mais do que uma sequência de acidentes infelizes, com maus resultados em termos humanos. Mas isto vem dizer-nos, mais uma vez, que o automobilismo, sendo agora um desporto que é praticado por muita gente, não deixa de ter os seus perigos. Não se esqueçam disto: há menos de um ano o Felipe Massa apanhou o maior susto da sua vida por causa de uma simples mola...
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