Este Domingo foi dia de feriado aqui em Portugal, mas todos os jornais decidiram oferecer de graça aos seus leitores, em mais um serviço de "jornalismo cafetaria", o álbum de cromos da Panini sobre o Mundial de Futebol na Africa do Sul, que como todos sabem, acontecerá dentro de mês e meio.
Sei que muitos dos meus amigos brasileiros já começaram (se calhar até já completaram!) o seu álbum de cromos. Já agora, se não sabem o que fazer com eles, é simples: em vez de os deitarem fora, mandem para mim... LOL!
Mas este acontecimento a cada quatro anos desperta por esta altura as minhas histórias que tenho guardadas no meu subconsciente. E acho que vale a pena partilhá-las. Desde 1990, tirando o de 1998 (foi um ano dificil em termos pessoais e colecionar cromos do Mundial estava um dos últimos lugares nos meus pensamentos), arranjei sempre o meu "Album da Copa", como isto é chamado nas Terras de Vera Cruz.
Uma das minhas historietas passou-se há quatro anos. Estava eu na RTP N, no Porto, no meu estágio curricular quando apareceu o álbum. Como de costume, não estava para aí virado no primeiro ou primeiros dias, mas quando comecei a vir o pessoal da secção de Desporto a comprar cromos "à caixa", gastando vinte euros de cada vez, numa competição para ver em quantos dias é que completavam a colecção, aproveitei. Não a completei, mas em cerca de uma semana, já tinha selecções completas. E o mais espantoso que ficou na minha memória foi como é que pessoas, que deveriam ser mais velhas do que eu, mas não muito, eram capazes de gastar dinheiro numa coisa daquelas. Mas acontecia.
A unica coisa que me ficava atravessado na garganta foi o completar dos álbuns. Desde 1994 que não completo um. Fico sempre a oitenta ou sessenta do fim, insuficientes para pedir os que me faltam à Pannini, demasiados para gastar dinheiro, acumulando repetidos que chega a uma certa altura que é inutil trocá-los, por falta de colecionadores perto da tua área de residência, ou então porque andamos à procura dos mesmos. E claro, o desânimo assola-nos e desistimos, pura e simplesmente.
O interessante no meu caso é que tenho uma caixa cheia de cromos do passado. Tenho as de 2006 no meu quarto, numa pequena caixa. As dos Mundiais anteriores, infelizmente os perdi, porque provavelmente agora, devem valer alguma coisa, pois sei perfeitamente que 90 por cento delas não são guardadas. E à medida que esses mundiais ficam para trás, os que guardaram esses cromos do passado se tornam valiosos. E quando digo "cromos", também falo dos álbuns.
E se agora falo de futebol, também se pode aplicar o automobilismo. Outro dia, algures no Twitter - creio que foi o Alexandre Carvalho, não tenho a certeza - dizia que se deveria convencer a Pannini a fazer algo semelhante para a Formula 1. Foi algo feito no final dos anos 80, e tenho esse álbum, completo, algures em casa (vou ver se consigo encontrar e colocar aqui). Mas pessoalmente, acho pouco provável que isso aconteça, pois estamos a falar de algo que terá de ser negociado por imensa gente. Teria de passar pela todo-poderosa FOM, do Tio Bernie, e provavelmente iria pedir um numero astronómico qualquer, que provavelmente convencesse a Pannini a não tentar mais incomodar o anãozinho tenebroso... para não falar das equipas, claro.
Em jeito de conclusão, acho que isto da caderneta de cromos é uma maneira que a Pannini tem, de quatro em quatro anos, para fazer despertar de novo a criança que temos dentro de nós, num tempo em que corriamos a escola de lés a lés, procurando por aqueles que faziam a colecção, buscando por "aquele que falta para acabar a colecção" como se fosse o Santo Graal. Tenho de tirar o chapéu a eles.
Sei que muitos dos meus amigos brasileiros já começaram (se calhar até já completaram!) o seu álbum de cromos. Já agora, se não sabem o que fazer com eles, é simples: em vez de os deitarem fora, mandem para mim... LOL!
Mas este acontecimento a cada quatro anos desperta por esta altura as minhas histórias que tenho guardadas no meu subconsciente. E acho que vale a pena partilhá-las. Desde 1990, tirando o de 1998 (foi um ano dificil em termos pessoais e colecionar cromos do Mundial estava um dos últimos lugares nos meus pensamentos), arranjei sempre o meu "Album da Copa", como isto é chamado nas Terras de Vera Cruz.
Uma das minhas historietas passou-se há quatro anos. Estava eu na RTP N, no Porto, no meu estágio curricular quando apareceu o álbum. Como de costume, não estava para aí virado no primeiro ou primeiros dias, mas quando comecei a vir o pessoal da secção de Desporto a comprar cromos "à caixa", gastando vinte euros de cada vez, numa competição para ver em quantos dias é que completavam a colecção, aproveitei. Não a completei, mas em cerca de uma semana, já tinha selecções completas. E o mais espantoso que ficou na minha memória foi como é que pessoas, que deveriam ser mais velhas do que eu, mas não muito, eram capazes de gastar dinheiro numa coisa daquelas. Mas acontecia.
A unica coisa que me ficava atravessado na garganta foi o completar dos álbuns. Desde 1994 que não completo um. Fico sempre a oitenta ou sessenta do fim, insuficientes para pedir os que me faltam à Pannini, demasiados para gastar dinheiro, acumulando repetidos que chega a uma certa altura que é inutil trocá-los, por falta de colecionadores perto da tua área de residência, ou então porque andamos à procura dos mesmos. E claro, o desânimo assola-nos e desistimos, pura e simplesmente.
O interessante no meu caso é que tenho uma caixa cheia de cromos do passado. Tenho as de 2006 no meu quarto, numa pequena caixa. As dos Mundiais anteriores, infelizmente os perdi, porque provavelmente agora, devem valer alguma coisa, pois sei perfeitamente que 90 por cento delas não são guardadas. E à medida que esses mundiais ficam para trás, os que guardaram esses cromos do passado se tornam valiosos. E quando digo "cromos", também falo dos álbuns.
E se agora falo de futebol, também se pode aplicar o automobilismo. Outro dia, algures no Twitter - creio que foi o Alexandre Carvalho, não tenho a certeza - dizia que se deveria convencer a Pannini a fazer algo semelhante para a Formula 1. Foi algo feito no final dos anos 80, e tenho esse álbum, completo, algures em casa (vou ver se consigo encontrar e colocar aqui). Mas pessoalmente, acho pouco provável que isso aconteça, pois estamos a falar de algo que terá de ser negociado por imensa gente. Teria de passar pela todo-poderosa FOM, do Tio Bernie, e provavelmente iria pedir um numero astronómico qualquer, que provavelmente convencesse a Pannini a não tentar mais incomodar o anãozinho tenebroso... para não falar das equipas, claro.
Em jeito de conclusão, acho que isto da caderneta de cromos é uma maneira que a Pannini tem, de quatro em quatro anos, para fazer despertar de novo a criança que temos dentro de nós, num tempo em que corriamos a escola de lés a lés, procurando por aqueles que faziam a colecção, buscando por "aquele que falta para acabar a colecção" como se fosse o Santo Graal. Tenho de tirar o chapéu a eles.
1 comentário:
Também acho q deveriam fazer da F1! Sera bem legal! Em relação ao da copa, comprei o meu, mas falat a grana! haha
Enviar um comentário