É mais do que sabido que no final de 2010, a Bridgestone sairá da Formula 1 como fornecedora de pneus. A partir desse anuncio, feito no final do ano passado, a procura por um forncedor foi grande. A principio, ninguém avançou sériamente, mas nas últimas semanas, as coisas aqueceram, com as intenções de Michelin, Pirelli e Cooper/Avon.
As conversações não tem sido muito públicas, mas as suas intenções o são. A Michelin e Pirelli impuseram algumas condições às equipas e ao seu representante oficial, a FOTA, e à FIA, e no caso francês, pretende que as rodas sejam de aro 18 em vez dos actuais rodas de aro 13, o que implica que as suspensões tenham de ser redesenhadas, e os pilotos tenham de se readaptar-se a este tipo de pneu. Alguns peritos afirmam que não existem muitas vantagens, mas para as marcas, esse tipo de rodado é o usado para os carros do dia-a-dia.
Para além disso, a marca francesa quer que haja competição entre marcas, e que as equipas sustentem os custos de testes e desenvolvimento dos seus pneus. Algo que a Pirelli, que também alinha no jogo do aro 18, mas não se importa. Aliás, até ficaria contente se isso acontecesse em forma de monopólio. Mas não se importaria de entrar em competição com a marca francesa.
Em contraste, a inglesa Cooper/Avon seria um simples fornecedor, sem exigir qualquer condição. Ou seja: monopólio e pneus de aro 13. Essa oferta quase irrecusável tem um senão importante. É que um dos seus proprietários é Bernie Ecclestone. E aqui a FIA poderá ter de lidar um dilema: continua tudo na mesma e se torna cada vez mais numa "Formula Ecclestone", ou então quebram o monopólio, implicando novas rodas, novas susprensões, e o consequente aumento de custos nas equipas, numa altura em que a crise económica, mesmo numa altura em que as coisas parecem estar a amainar-se, ainda não acabou. E também contraria as ideias de contenção de despesas.
Confesso que estou indeciso. Por principio, não sou a favor do monopólio do fornecedor de pneus, mas sei que mudar as regras nesse caso corresponde a um aumento inevitável das despesas, mesmo sabendo que ter dois ou três marcas implicaria um notório aumento de competitividade na Formula 1. Uma "guerra dos pneus" seria excelente numa altua em que se discute as ultrapassagens na categoria máxima do automobilismo.
Mas as condições que as duas marcas colocam fazem pensar que eles nem estão muito interessados em regressar. As condições que eles impôem para o seu regresso parece mais coisa de alguém que não está muito interessado. Já em contraste, a Cooper/Avon quase fornece os pneus de graça. Até nem colocará o seu nome nos flancos da borracha, fazendo passar por uma "marca branca" e assumindo as despesas do desenvolvimento, em rodas que só são usadas na Formula 1. Uma oferta irrecusável...
No final, será a FIA a decidir, em acordo com a FOTA. Tal decisão tem de ser tomada nas próximas semanas, pois é a partir de agora que os chassis de 2011 serão desenhados, e será importante saber com que pneus irão calçar a partir do ano que vêm. Que tipo de aros e com que marca. Será em monopólio ou será uma competição em aberto? Em breve saberemos.
As conversações não tem sido muito públicas, mas as suas intenções o são. A Michelin e Pirelli impuseram algumas condições às equipas e ao seu representante oficial, a FOTA, e à FIA, e no caso francês, pretende que as rodas sejam de aro 18 em vez dos actuais rodas de aro 13, o que implica que as suspensões tenham de ser redesenhadas, e os pilotos tenham de se readaptar-se a este tipo de pneu. Alguns peritos afirmam que não existem muitas vantagens, mas para as marcas, esse tipo de rodado é o usado para os carros do dia-a-dia.
Para além disso, a marca francesa quer que haja competição entre marcas, e que as equipas sustentem os custos de testes e desenvolvimento dos seus pneus. Algo que a Pirelli, que também alinha no jogo do aro 18, mas não se importa. Aliás, até ficaria contente se isso acontecesse em forma de monopólio. Mas não se importaria de entrar em competição com a marca francesa.
Em contraste, a inglesa Cooper/Avon seria um simples fornecedor, sem exigir qualquer condição. Ou seja: monopólio e pneus de aro 13. Essa oferta quase irrecusável tem um senão importante. É que um dos seus proprietários é Bernie Ecclestone. E aqui a FIA poderá ter de lidar um dilema: continua tudo na mesma e se torna cada vez mais numa "Formula Ecclestone", ou então quebram o monopólio, implicando novas rodas, novas susprensões, e o consequente aumento de custos nas equipas, numa altura em que a crise económica, mesmo numa altura em que as coisas parecem estar a amainar-se, ainda não acabou. E também contraria as ideias de contenção de despesas.
Confesso que estou indeciso. Por principio, não sou a favor do monopólio do fornecedor de pneus, mas sei que mudar as regras nesse caso corresponde a um aumento inevitável das despesas, mesmo sabendo que ter dois ou três marcas implicaria um notório aumento de competitividade na Formula 1. Uma "guerra dos pneus" seria excelente numa altua em que se discute as ultrapassagens na categoria máxima do automobilismo.
Mas as condições que as duas marcas colocam fazem pensar que eles nem estão muito interessados em regressar. As condições que eles impôem para o seu regresso parece mais coisa de alguém que não está muito interessado. Já em contraste, a Cooper/Avon quase fornece os pneus de graça. Até nem colocará o seu nome nos flancos da borracha, fazendo passar por uma "marca branca" e assumindo as despesas do desenvolvimento, em rodas que só são usadas na Formula 1. Uma oferta irrecusável...
No final, será a FIA a decidir, em acordo com a FOTA. Tal decisão tem de ser tomada nas próximas semanas, pois é a partir de agora que os chassis de 2011 serão desenhados, e será importante saber com que pneus irão calçar a partir do ano que vêm. Que tipo de aros e com que marca. Será em monopólio ou será uma competição em aberto? Em breve saberemos.
1 comentário:
Depois do GP gos EUA de 2005, tomei birra da Michelin! Já q a Goodyear não volta, vou ficar com a "humilde" Avojn!
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