(continuação do episódio anterior)
Depois de várias voltas por Beverly Hills, Pete Aaron finalmente chegou à casa de Michael Delaney no seu Shelby Mustang GT500 verde escuro. Apesar de ser uma casa rica, não se destacava entre os outros, embora era frequentemente nomeado pelo autocarro que fazia o "tour", mostrando aos turistas vindos de todos os cantos da América e do mundo como viviam as estrelas. Numa era em que o "star system" dos grandes estudios estava a esboroar-se, transformando-se de fazedores de estrelas a meros produtores e distribuidosres, dando liberdade a actores, produtores independentes e realizadores para fazderem produções mais ousadas, muitas das vezes com forma de sobrevivência contra outro meio em ascensão: a televisão.
Michael Delaney não era um actor qualquer, na medida que sabia pensar pela própria cabeça. Podia ser um menino bonito: loiro, de olhos azuis, vindo de um meio pobre que cresceu na Grande Depressão e que socorreu da representação para evitar uma vida de crime e prisão. Começou em Nova Iorque e acabou em Hollywood, para acabar como um dos actores mais bem pagos da altura: meio milhão de dólares por filme. E dava-se ao luxo de fazer um por ano, com clausulas especificas para se dedicar à sua segunda paixão: as corridas.
Ele era contemporâneo de James Dean e chegou a correr algumas provas do SCCA, Sports Car Club of America, mas a morte dele e a coincidência de bons papéis, deixou a sua carreira automobilistica em suspenso. Mas não deixou de ser amigo de pilotos e frequentador do "paddock" quer das 500 Milhas de Indianápolis, quer das 24 Horas de Le Mans, quer da Formula 1. Pete conhecia-o bem e tornaram-se bons amigos, mas nunca tinha tido a oportunidade de entrar na casa de Mike, em Hollywood, pois nem sempre calhava com os seus compromissos automobilisticos. Agora que estava retirado, eis uma boa chance de o conhecer melhor.
Quer um, quer o outro, seriam excelentes financiadores para a sua aventura como construtor. Embora quisesse essencialmente o John O'Hara pelas suas habilidades, a noticia da permissão de patrocionadores abria todo um novo leque de possibilidades. Se ele corresse na sua equipa, já teria metade do trabalho feito. Mas com Mike, as coisas poderiam ser melhores.
Pete parou o seu Ford à porta de casa. Saiu do carro, subiu o passeio e dirigiu-se à porta. no preciso momento em que ia a tocar a campainha, ela abre-se e aparecia Michael Delaney de sorriso aberto, estendendo a mão em sinal de amizade:
- Oi Pete! estava mesmo á tua espera. Entra.
- Estou a ver que sim. Estavas á porta?
- Desde que ouvi o teu ronco. É um Shelby?
- Claro. Com a cor que tu celebrizaste...
- Ahahah! Vejo que tens bom gosto, afirmou. Tenho de falar com o Carrol para arranjar um igualzinho ao teu.
- Excelente, excelente... concluiu Pete ao entrar casa adentro.
A mansão era de estilo Tudor inglês, com as paredes essencialmente de tijolo vermelho, com um salão que tinha uma enorme lareira ao centro, como se fosse a alma da casa. A decoração era tipicamente inglesa, cheia de quadros, alguns escudos e outra parafernália, uma decoração extremamente pesada, algo inadequado a um jovem americano, amante de automóveis. Pete ficara um pouco desiludido, pois julgava que a casa dele fosse um pouco mais moderna.
- Pete, queres alguma coisa para beber?
- Posso começar por um café, respondeu.
- Então tens de provar uma coisa que o John trouxe.
- Eu não bebo whiskey a esta hora, Mike.
- Não é whiskey - respondeu Mike, a entrar por uma divisão adentro - é uma treta que a casa dele anda a inventar. E anda a mostrar a toda a gente antes de o lançar no mercado, ouvia-se numa voz de fundo quase impreceptível.
- Ah é, é o quê?
- Até prova em contrário, é um licor, afirmou.
Mike apareceu com dois copos e uma garrafa de cor escura, sem rótulo. Colocou por cima da enorme mesa de madeira maciça, cor escura, e abriu a rolha. De lá, jorrou um liquido que era parecido com chocolate, ao que Michael colocou dois cubos de gelo. Depois fez o mesmo a outro copo, e deu a Pete para o provar.
- Irish Coffe?
- Também pensava nisso, mas não. É outra coisa.
- Estou a pensar dar o nome de Irish Cream, afirmou outra voz, que descia as escadas de casa.
- John O'Hara, o que é que tu inventaste? afirmou Pete depois de provar um gole.
- Leite com whiskey, meu caro, afirmou. Há uns tempos atrás, houve um agricultor que teve a ideia e apresentou à minha mãe, que adorou. Depois deu-me a provar, mas pensei inicialmente que isto seria coisa para velhotes. Agora ando a pensar que isto seria um excelente "cocktail" para as senhoras. Tenho intenções de colocar isto no mercado dentro de um ano ou dois. Se der certo, o futuro da empresa está mais do que assegurado.
- Interessante, caro John. Estou a gostar do que estou a provar. Talvez dou a provar à minha mulher, seria um bom substituto do whiskey.
- E por enquanto, é secreto. Não vou deixar que os escoceses e os ingleses me copiem, não enquanto o lançar no mercado. Já consegui os direitos de patente na Grã-Bretanha, e agora quero preparar as coisas para a América. Quero ser a próxima onda, depois dos Beatles.
- Mas tu és irlandês...
- É verdade, mas não tenho a animosidade que o meu pai tinha, para mim são parceiros de negócio.
- Mas eu vim aqui para outro tipo de negócio, afirmou Pete.
- Pois é... pois é. Não importas que o Michael se junte a nós? Acho que vais compreender o porquê, afirmou John, depois de pegar um copo e enchê-lo do mesmo liquido, acompanhado de dois cubos de gelo.
Os três rumaram para o escritório de Michael. Aqui, o ambiente era totalmente diferente: uma mesa cheia de alguns papeis, essencialmente guiões, com as paredes cheias de fotos e cartazes seus, mas em igual proporção aos cartazes de corridas de Formula 1 do passado, especialmente o Mónaco e Nurburgring. Aqui e ali, fotos de carros de corrida e alguns pilotos, um dos quais era dele ao lado de Nino Barlini, no GP do Mónaco de 1967, na mesma corrida onde teve o seu acidente mortal. Pete recordou os eventos, e lembrou-se que ele também tirou uma foto ao lado de Michael.
- Onde está a minha foto?
- Deve estar algures entre as minhas coisas. Não está emoldurada, como as outras. Tenho de fazer isso, Pete.
Sentado na sua cadeira. Michael pousou o copo e afirmou:
- Conta-nos Pete, qual é a tua ideia.
- Quero viver na Europa, afirmou.
- Mas não a gozar a reforma, retorquiu John.
- Não. Quero construir a minha própria equipa.
- É uma tarefa difícil, Pete. Não é uma brincadeira de crianças, como sabes.
- É por isso que te quero. Tens dinheiro e capacidade para pilotar. E como queres um chassis, dar-te-ia assistência.
- Interessante, mas preciso de mais.
- O meu projecto é para 1970. E estou a pensar em grande.
- Como assim? Pergunta Michael.
- Quero construir os meus próprios chassis. Com base na fábrica do Dan, na Grã-Bratanha, construia o suficiente para a Formula 1, e fornecia para a Formula 2 e quem sabe, o Can-Am.
- E aqui?
- Não, não. Quero fazer a minha carreira somente na Europa. Acho que é o futuro. Acho que a Formula 1 vai crescer tanto que não precisará de nós para nada.
- Mas as 500 Milhas dá prémios chorudos...
- E Watkins Glen também. Apesar de dar metade da Indy, é suficiente para toda uma época. Mas as coisas estão a mudar. A FIA decidiu a entrada de patrocinadores comerciais, e a Jordan já aproveitou disso.
- Eu vi a nova decoração. Confesso que ainda estou a absorvê-la...
- Quanto é que precisas?
- O Dan está a pedir á volta de 50 mil dólares. É quase toda a minha fortuna, logo, preciso de parceiros.
- Estou a entender Pete, disse John.
- Posso entrar? afirmou Michael Delaney.
- Como assim?
- Gostaria de entrar na tua equipa.
- Estás a referir uma parceira a três?
- Claro.
- Com que dinheiro?
- Ora, o meu.
- Meu, teu e do John... acho que seria mais do que suficiente para comprar a fábrica do Dan. Aliás, dava para comprar tudo! Mas não quero a parte americana, afirmou Pete. É do Dan e ele merece.
- Não digo isso. Pete, tu queres ser construtor, ser campeão do mundo, e eventualmente até fazer pequenos "Aarons", destinados à estrada...
- Não seria mau de todo, mas acho que seria ir longe por agora...
- Nada! Até podias ajudar o teu amigo Yomura a vender verdadeiros carros japoneses aos americanos, afirmou Michael, soltando uma gargalhada.
Pete calou-se, pensativo. Após um momento, virou-se para John e perguntou:
- Quanto é que darias para patrocinar a equipa?
- Para além de comprar a tua parte?
- Ah... não te disse. O chassis é à parte. A proposta do Dan não contempla isso.
John hesitou por um momento, enquanto murmurava algo como "esse bastardo quer ganhar dois dois lados". Depois perguntou de novo:
- Que motor?
- Cosworth. O Westlake está datado.
- Acho bem. É muito bom, muito fiável.
- Quanto é que pede por ele?
- Uns oito mil, creio.
- Se entendi bem, imaginando que te darei 25 mil pela oficina, mais oito mil pelo carro, e se calhar outros 25 mil para um contrato comercial para pintar o carro com as minhas cores, estou a ver que assinar um pacto com o Diabo sairia mais barato... Mas por St. Patrick, estou disposto a isso. Basta convencer a minha mãezinha que isto serve os nossos propósitos que tens negócio.
- Faz 12 e meio. Também entro.
- Tu também, Michael?
- Claro. Mas com uma pequena condição.
- O quê?
- Quero que sejas a minha equipa para o meu proximo projecto cinematográfico.
Pete hesitou um pouco e afirmou:
- O que ganho com isso?
- Projecção mundial, meu amigo.
- Hmm... diz uma coisa: se aceitar o teu dinheiro, só servirás para isso?
Depois de várias voltas por Beverly Hills, Pete Aaron finalmente chegou à casa de Michael Delaney no seu Shelby Mustang GT500 verde escuro. Apesar de ser uma casa rica, não se destacava entre os outros, embora era frequentemente nomeado pelo autocarro que fazia o "tour", mostrando aos turistas vindos de todos os cantos da América e do mundo como viviam as estrelas. Numa era em que o "star system" dos grandes estudios estava a esboroar-se, transformando-se de fazedores de estrelas a meros produtores e distribuidosres, dando liberdade a actores, produtores independentes e realizadores para fazderem produções mais ousadas, muitas das vezes com forma de sobrevivência contra outro meio em ascensão: a televisão.
Michael Delaney não era um actor qualquer, na medida que sabia pensar pela própria cabeça. Podia ser um menino bonito: loiro, de olhos azuis, vindo de um meio pobre que cresceu na Grande Depressão e que socorreu da representação para evitar uma vida de crime e prisão. Começou em Nova Iorque e acabou em Hollywood, para acabar como um dos actores mais bem pagos da altura: meio milhão de dólares por filme. E dava-se ao luxo de fazer um por ano, com clausulas especificas para se dedicar à sua segunda paixão: as corridas.
Ele era contemporâneo de James Dean e chegou a correr algumas provas do SCCA, Sports Car Club of America, mas a morte dele e a coincidência de bons papéis, deixou a sua carreira automobilistica em suspenso. Mas não deixou de ser amigo de pilotos e frequentador do "paddock" quer das 500 Milhas de Indianápolis, quer das 24 Horas de Le Mans, quer da Formula 1. Pete conhecia-o bem e tornaram-se bons amigos, mas nunca tinha tido a oportunidade de entrar na casa de Mike, em Hollywood, pois nem sempre calhava com os seus compromissos automobilisticos. Agora que estava retirado, eis uma boa chance de o conhecer melhor.
Quer um, quer o outro, seriam excelentes financiadores para a sua aventura como construtor. Embora quisesse essencialmente o John O'Hara pelas suas habilidades, a noticia da permissão de patrocionadores abria todo um novo leque de possibilidades. Se ele corresse na sua equipa, já teria metade do trabalho feito. Mas com Mike, as coisas poderiam ser melhores.
Pete parou o seu Ford à porta de casa. Saiu do carro, subiu o passeio e dirigiu-se à porta. no preciso momento em que ia a tocar a campainha, ela abre-se e aparecia Michael Delaney de sorriso aberto, estendendo a mão em sinal de amizade:
- Oi Pete! estava mesmo á tua espera. Entra.
- Estou a ver que sim. Estavas á porta?
- Desde que ouvi o teu ronco. É um Shelby?
- Claro. Com a cor que tu celebrizaste...
- Ahahah! Vejo que tens bom gosto, afirmou. Tenho de falar com o Carrol para arranjar um igualzinho ao teu.
- Excelente, excelente... concluiu Pete ao entrar casa adentro.
A mansão era de estilo Tudor inglês, com as paredes essencialmente de tijolo vermelho, com um salão que tinha uma enorme lareira ao centro, como se fosse a alma da casa. A decoração era tipicamente inglesa, cheia de quadros, alguns escudos e outra parafernália, uma decoração extremamente pesada, algo inadequado a um jovem americano, amante de automóveis. Pete ficara um pouco desiludido, pois julgava que a casa dele fosse um pouco mais moderna.
- Pete, queres alguma coisa para beber?
- Posso começar por um café, respondeu.
- Então tens de provar uma coisa que o John trouxe.
- Eu não bebo whiskey a esta hora, Mike.
- Não é whiskey - respondeu Mike, a entrar por uma divisão adentro - é uma treta que a casa dele anda a inventar. E anda a mostrar a toda a gente antes de o lançar no mercado, ouvia-se numa voz de fundo quase impreceptível.
- Ah é, é o quê?
- Até prova em contrário, é um licor, afirmou.
Mike apareceu com dois copos e uma garrafa de cor escura, sem rótulo. Colocou por cima da enorme mesa de madeira maciça, cor escura, e abriu a rolha. De lá, jorrou um liquido que era parecido com chocolate, ao que Michael colocou dois cubos de gelo. Depois fez o mesmo a outro copo, e deu a Pete para o provar.
- Irish Coffe?
- Também pensava nisso, mas não. É outra coisa.
- Estou a pensar dar o nome de Irish Cream, afirmou outra voz, que descia as escadas de casa.
- John O'Hara, o que é que tu inventaste? afirmou Pete depois de provar um gole.
- Leite com whiskey, meu caro, afirmou. Há uns tempos atrás, houve um agricultor que teve a ideia e apresentou à minha mãe, que adorou. Depois deu-me a provar, mas pensei inicialmente que isto seria coisa para velhotes. Agora ando a pensar que isto seria um excelente "cocktail" para as senhoras. Tenho intenções de colocar isto no mercado dentro de um ano ou dois. Se der certo, o futuro da empresa está mais do que assegurado.
- Interessante, caro John. Estou a gostar do que estou a provar. Talvez dou a provar à minha mulher, seria um bom substituto do whiskey.
- E por enquanto, é secreto. Não vou deixar que os escoceses e os ingleses me copiem, não enquanto o lançar no mercado. Já consegui os direitos de patente na Grã-Bretanha, e agora quero preparar as coisas para a América. Quero ser a próxima onda, depois dos Beatles.
- Mas tu és irlandês...
- É verdade, mas não tenho a animosidade que o meu pai tinha, para mim são parceiros de negócio.
- Mas eu vim aqui para outro tipo de negócio, afirmou Pete.
- Pois é... pois é. Não importas que o Michael se junte a nós? Acho que vais compreender o porquê, afirmou John, depois de pegar um copo e enchê-lo do mesmo liquido, acompanhado de dois cubos de gelo.
Os três rumaram para o escritório de Michael. Aqui, o ambiente era totalmente diferente: uma mesa cheia de alguns papeis, essencialmente guiões, com as paredes cheias de fotos e cartazes seus, mas em igual proporção aos cartazes de corridas de Formula 1 do passado, especialmente o Mónaco e Nurburgring. Aqui e ali, fotos de carros de corrida e alguns pilotos, um dos quais era dele ao lado de Nino Barlini, no GP do Mónaco de 1967, na mesma corrida onde teve o seu acidente mortal. Pete recordou os eventos, e lembrou-se que ele também tirou uma foto ao lado de Michael.
- Onde está a minha foto?
- Deve estar algures entre as minhas coisas. Não está emoldurada, como as outras. Tenho de fazer isso, Pete.
Sentado na sua cadeira. Michael pousou o copo e afirmou:
- Conta-nos Pete, qual é a tua ideia.
- Quero viver na Europa, afirmou.
- Mas não a gozar a reforma, retorquiu John.
- Não. Quero construir a minha própria equipa.
- É uma tarefa difícil, Pete. Não é uma brincadeira de crianças, como sabes.
- É por isso que te quero. Tens dinheiro e capacidade para pilotar. E como queres um chassis, dar-te-ia assistência.
- Interessante, mas preciso de mais.
- O meu projecto é para 1970. E estou a pensar em grande.
- Como assim? Pergunta Michael.
- Quero construir os meus próprios chassis. Com base na fábrica do Dan, na Grã-Bratanha, construia o suficiente para a Formula 1, e fornecia para a Formula 2 e quem sabe, o Can-Am.
- E aqui?
- Não, não. Quero fazer a minha carreira somente na Europa. Acho que é o futuro. Acho que a Formula 1 vai crescer tanto que não precisará de nós para nada.
- Mas as 500 Milhas dá prémios chorudos...
- E Watkins Glen também. Apesar de dar metade da Indy, é suficiente para toda uma época. Mas as coisas estão a mudar. A FIA decidiu a entrada de patrocinadores comerciais, e a Jordan já aproveitou disso.
- Eu vi a nova decoração. Confesso que ainda estou a absorvê-la...
- Quanto é que precisas?
- O Dan está a pedir á volta de 50 mil dólares. É quase toda a minha fortuna, logo, preciso de parceiros.
- Estou a entender Pete, disse John.
- Posso entrar? afirmou Michael Delaney.
- Como assim?
- Gostaria de entrar na tua equipa.
- Estás a referir uma parceira a três?
- Claro.
- Com que dinheiro?
- Ora, o meu.
- Meu, teu e do John... acho que seria mais do que suficiente para comprar a fábrica do Dan. Aliás, dava para comprar tudo! Mas não quero a parte americana, afirmou Pete. É do Dan e ele merece.
- Não digo isso. Pete, tu queres ser construtor, ser campeão do mundo, e eventualmente até fazer pequenos "Aarons", destinados à estrada...
- Não seria mau de todo, mas acho que seria ir longe por agora...
- Nada! Até podias ajudar o teu amigo Yomura a vender verdadeiros carros japoneses aos americanos, afirmou Michael, soltando uma gargalhada.
Pete calou-se, pensativo. Após um momento, virou-se para John e perguntou:
- Quanto é que darias para patrocinar a equipa?
- Para além de comprar a tua parte?
- Ah... não te disse. O chassis é à parte. A proposta do Dan não contempla isso.
John hesitou por um momento, enquanto murmurava algo como "esse bastardo quer ganhar dois dois lados". Depois perguntou de novo:
- Que motor?
- Cosworth. O Westlake está datado.
- Acho bem. É muito bom, muito fiável.
- Quanto é que pede por ele?
- Uns oito mil, creio.
- Se entendi bem, imaginando que te darei 25 mil pela oficina, mais oito mil pelo carro, e se calhar outros 25 mil para um contrato comercial para pintar o carro com as minhas cores, estou a ver que assinar um pacto com o Diabo sairia mais barato... Mas por St. Patrick, estou disposto a isso. Basta convencer a minha mãezinha que isto serve os nossos propósitos que tens negócio.
- Faz 12 e meio. Também entro.
- Tu também, Michael?
- Claro. Mas com uma pequena condição.
- O quê?
- Quero que sejas a minha equipa para o meu proximo projecto cinematográfico.
Pete hesitou um pouco e afirmou:
- O que ganho com isso?
- Projecção mundial, meu amigo.
- Hmm... diz uma coisa: se aceitar o teu dinheiro, só servirás para isso?
- Exacto. Eu seria apenas o Relações Públicas. Tu serias o "manager" e o john seria o piloto e principal patrocinador. Creio que todos estariam de acordo com essa ideia.
- OK, então... temos negócio.
Os três levantaram-se, estenderam as mãos e selaram o acordo. Sorridente, John O'Hara pegou na garrafa, voltou a encher os copos e ergueu o seu, afirmando:
- Tens um nome para a equipa? afirmou John.
- Oficialmente, pretendia AIRC: American-Irish Racing Competition.
- Mas isso não é um nome que soe bem, retorquiu Michael.
- Eu sei. Estou aberto a sugestões, meus senhores.
- Sem ser Eagle? perguntou John
- Sem ser Eagle. Esse nome já tem dono, amigos.
- Sugiro o nome da moda, meus amigos, afirmou Michael com um sorriso.
- Apollo?
- Apollo.
- Seja, afirmou Pete, erguendo o copo. Os outros dois brindaram à escolha.
E assim, com esse brinde, nascia na mente de três pessoas, uma nova equipa de Formula 1. Feita para a década que aí vinha, e tal como todas elas, cheia de esperanças e perspectivas fantásticas para o futuro.
(continua)
Os três levantaram-se, estenderam as mãos e selaram o acordo. Sorridente, John O'Hara pegou na garrafa, voltou a encher os copos e ergueu o seu, afirmando:
- Tens um nome para a equipa? afirmou John.
- Oficialmente, pretendia AIRC: American-Irish Racing Competition.
- Mas isso não é um nome que soe bem, retorquiu Michael.
- Eu sei. Estou aberto a sugestões, meus senhores.
- Sem ser Eagle? perguntou John
- Sem ser Eagle. Esse nome já tem dono, amigos.
- Sugiro o nome da moda, meus amigos, afirmou Michael com um sorriso.
- Apollo?
- Apollo.
- Seja, afirmou Pete, erguendo o copo. Os outros dois brindaram à escolha.
E assim, com esse brinde, nascia na mente de três pessoas, uma nova equipa de Formula 1. Feita para a década que aí vinha, e tal como todas elas, cheia de esperanças e perspectivas fantásticas para o futuro.
(continua)
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