Uma semana depois da sua estreia absoluta na Hungria e da fabulosa ultrapassagem de Nelson Piquet sobre Ayrton Senna, o pelotão da Formula 1 atravessava a Cortina de Ferro e estava em Zeltweg, na vizinha Austria, para correr naquele veloz circuito situado no vale de Spielberg.
Sem modificações no pelotão, a grande surpresa na qualificação vinha dos BMW, que estreavam uma nova versão dos seus motores turbo que transformava os seus carros em autênticos foguetões. E quem aproveitou bem isso foram os Benetton, que conseguiram monopolizar a primeira fila da grelha de partida... mas com Teo Fabi na frente de Gerhard Berger. Keke Rosberg era o terceiro, no seu McLaren, seguido pelo Brabham-BMW de Riccardo Patrese. Alain Prost, no segundo McLaren, era o quinto e o melhor dos pilotos que estavam na frente do campeonato, seguido pelos Williams de Nigel Mansell e Nelson Piquet. Ayrton Senna era apenas oitavo no seu Lotus, e a fechar o "top ten" estavam o Ferrari de Michele Alboreto e o segundo Brabham-BMW de Derek Warwick.
Instantes antes da partida, o potente motor BMW já dava os seus problemas. O carro de Riccardo Patrese não arrancava, e Bernie Ecclestone ordenou a Derek Warwick para que cedesse o seu carro a favor do piloto italiano. Warwick cedeu - há quem diga que Ecclestone o obrigou a arrancar do seu lugar - mas foi pouco mais do que inutil: o seu carro somente durou duias voltas.
Na frente, Berger tomava o comando de Fabi, enquanto que atrás deles estavam o McLaren de Prost, os Williams de Mansell e Piquet, Keke Rosberg, no segundo McLaren, e o Lotus de Ayrton Senna. Com o passar das voltas, os Benetton escapavam-se do resto do pelotão, enquanto que Senna tinha problemas elétricos e desistia na volta 12. Cinco voltas mais tarde, Fabi passa o seu companheiro, mas a aventura durou duas curvas: o seu motor explodiu e o comando voltou para as mãos do piloto austriaco.
Pouco depois, Prost vai às boxes e Mansell herda o segundo lugar. Mas poucos minutos depois, Berger ia inesperadamente para as boxes, batalhando um problema elétrico, o que fez com que Mansell ficasse com a liderança, seguido por Piquet e Prost. Tudo parecia que as coisas iriam ficar nas mãos dos carros do Tio Frank, mas em duas voltas, tudo se esfuma: primeiro, o motor de Piquet explode, e depois, a coluna de direção do carro de Mansell se quebra, e Prost herda o comando.
Quando isso aconteceu, a liderança de Prost era de tal forma enorme que tinha dado pelo menos uma volta de avanço a todos os carros. Assim sendo, o piloto francês levou calmamente o seu carro até à meta, conseguindo a sua terceira vitória do ano. Michele Alboreto fora o segundo, enquanto que o sueco Stefan Johansson completava o pódio... a duas voltas do vencedor! O australiano Alan Jones fora o quarto, seguido por Patrick Tambay, ambos pela Lola-Haas, conseguindo aqui os seus primeiros pontos do ano. O Arrows do alemão Christian Danner ficou com o último lugar pontuável, conseguindo também o primeiro ponto da sua carreira e a da Arrows naquela temporada.
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Gerhard Berger liderou pela primeira vez na carreira. Numa grande exibição diante do seu público na pista de Österreichring, um problema na bateria acabou com as pretensões dele e da equipe Benetton de obter a primeira vitória.
Notas:
- 1ª pole da Benetton na Fórmula 1 e única vez que os dois carros ocuparam a primeira fila no grid de largada;
- Alain Prost obtém a 24ª vitória (até então). O piloto francês igualava com o argentino Juan Manuel Fangio e
- pela última vez que Patrick Tambay pontuou na Fórmula 1. O piloto francês do Lola-Ford número 16 marcou 2 pontos com o 5º lugar.
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