Uma coisa que gosto do jornal i é que tem um boa seção dedicada ao automobilismo. E de vez em quando nos brinda com um bom artigo sobre Formula 1 ou ralis, não ficando de lado sobre o que se passa no mundinho fechado que é a categoria máxima do automobilismo. E claro, não passou em claro, nesta sexta-feira 13, a primeira das três que vão acontecer em 2012, o acidente que Kubica teve nesta quarta-feira, em que escorregou no gelo e fraturou a parna em mais um sitio, obrigando-o a atrasar a sua recuperação.
Eis o artigo na sua íntegra, assinado pela jornalista Cátia Bruno, e onde se fala das hipóteses que Kubica tem para a temporada de 2013 na Ferrari, por exemplo, e dos vários acidentes que teve ao longo da sua carreira.
“PARTE UMA PERNA!" O DESEJO DE BOA SORTE QUE KUBICA NÃO QUER OUVIR
Por Cátia Bruno, publicado em 13 Jan 2012 - 03:10 | Actualizado há 12 horas 40 minutos
Robert Kubica estava em recuperação acelerada depois do acidente que lhe causou fracturas em várias zonas do corpo. Agora uma nova fractura numa perna pode afastá-lo de vez
Robert Kubica é provavelmente o piloto mais azarado da Fórmula 1. A 6 de Fevereiro do ano passado, Kubica, o primeiro polaco a competir na F1, teve um grave acidente. Foi logo no início do rali de Ronde di Andora que o piloto chocou contra uma parede da igreja de San Sebastiano e depois se enfaixou contra um rail. Uma hora para conseguir ser retirado do carro, uma grande perda de sangue, múltiplas fracturas na perna, no braço e na mão direitos. A mão era, aliás, o grande motivo de preocupação de todos, por poder impedir o piloto de voltar a conduzir.
Dois meses e muitas operações depois, Kubica saía do hospital. Seguiram-se vários meses de recuperação, mas em Novembro já se falava no regresso às pistas. O contrato com a sua equipa, a Lotus Renault, terminava em Dezembro. Os rumores de que tanto a Ferrari como a Red Bull estavam de olho no piloto, bem como o facto de ainda precisar de mais meio ano para recuperar de vez, ajudaram-no a optar por terminar o seu vínculo com a Renault. “Foi uma decisão muito difícil de tomar, mas é a mais razoável”, declarou Kubica. “Mesmo tendo trabalhado muito, muito a fundo nas últimas semanas, cheguei à conclusão que não sei se estarei preparado para a temporada de 2012.” E assim acabou a relação de dois anos com a equipa.
Mas os ventos pareciam estar mesmo a mudar. As recentes declarações do piloto da Ferrari Fernando Alonso, afirmando que Kubica é o melhor piloto de toda a F1, e a má temporada de Felipe Massa (o outro piloto da Ferrari) faziam crer que Robert Kubica podia estar mesmo na mira da equipa italiana. Um bocadinho de sorte para compensar o azar fazia acreditar que o universo começava a equilibrar as coisas para Kubica e havia rumores a circular de que o polaco já tinha assinado contrato para 2013.
Mas havia outros prenúncios, e nem todos eram bons. E as declarações de Stefano Domenicali, director desportivo da Ferrari, a semana passada, pareciam precisamente um prenúncio de que talvez o destino do polaco não fosse a Ferrari. “O Robert é um grande piloto, mas teve lesões muito graves e ainda está a trabalhar para voltar à vida normal. Precisamos de esperar para ver”, declarou o dirigente. “Este tipo de lesões exige muito tempo de recuperação.”
E eis que, uma semana depois destas afirmações, Kubica parte de novo a perna direita, deixando ainda mais afastada a possibilidade de voltar às pistas em 2012. Coincidência? Azar? Chamem-lhe o que quiserem. Certo é que o piloto ia a caminhar numa rua perto da sua casa em Pietrasanta, Itália, quando escorregou no gelo que se formava no pavimento. Levado para um hospital em Versilia, as radiografias revelaram pouco depois que Robert tinha fracturado de novo a tíbia da perna direita, exactamente no mesmo sítio que no acidente de Fevereiro. Um azar dos grandes. O piloto pediu de seguida para ser transferido para o centro hospitalar de Pietra Legure, onde esteve internado depois do acidente. A BBC já adiantou que Kubica terá de ser novamente operado, para introduzir um parafuso um pouco acima da anca e depois ficar com a perna engessada durante um mês.
Com ou sem superstição, parece difícil não considerar Robert Kubica um dos pilotos mais azarados que a Fórmula 1 já viu.
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